A quarta-feira havia amanhecido chuvosa, o inverno estava chegando e com ele vinha o conforto que eu tanto precisava. Ficar deitada embaixo das cobertas, com uma xícara de chocolate quente na mão vendo uma série aleatória na TV era um dos meus passatempos favoritos.
Mas naquela manhã em especial eu não estava com humor para fazer nada, pois Luke ocupava todos e qualquer pensamento meu, não deixando espaço para nada além dele. Ri de mim mesma, achando hilário tudo isso. A mais de um mês eu repugnava qualquer pensamento relacionado a qualquer homem, e agora aqui estava eu, tendo pensamentos libidinosos sobre Luke, lembrando do que havia escutado na noite passada ao celular quando ligara para Simona.
Luke estava me fazendo uma pessoa diferente da que eu tinha me acostumado a ser, e isso estava me assustando, mas ao mesmo tempo, me deixando com aquele gosto de quero mais.
A tarde passou rapidamente e eu resolvi não ir ao Sweet Coffee, não arriscaria ver Luke antes do sábado, que era nosso terceiro encontro. Ele estava me cortejando, claramente, como os homens faziam nos séculos passados, e isso estava me deixando ferozmente necessitada dele. Charlie nunca tivera a preocupação de me cortejar, não me levava a lugares com ele e eu sempre desconfiara que ele estava me traindo, já que eu não aceitava sexo. Ele sempre brigava comigo, me chamava de frígida e depois ia embora, no dia seguinte me ligava pedindo desculpas e eu o perdoava.
Luke estava fazendo diferente. Nos primeiros dias ele apenas me observou, mas deixou explícito o seu interesse em mim, depois, puxou conversa comigo e muito lentamente ele começou a me intrigar, chamando a minha atenção com assuntos inteligentes e descontraídos, então deu seu penúltimo golpe quando me convidou para jantar com ele. Um encontro. E eu sabia qual era o último golpe, ele envolvia eu e ele nus, e uma cama.
E estranhamente, eu estava tentada a deixar o calor de seu toque me levar, e isso estava tão perto de acontecer.
Sábado
O carro parou em frente à minha casa as 19:00 horas em ponto.
Saí, sentindo que o meu coração estava prestes a sair pela boca, mas não me acovardei. Joguei os meus cabelos atrás das costas enquanto descia pelo gramado do quintal e saía pela cerca. O motorista — um lindo moreno, alto e de olhos escuros — veio abrir a porta para mim. Murmurei um "Obrigado" quando entrei e ajeitei o vestido verde escuro em meu corpo.
Tinha escolhido a roupa ideal para essa noite, um vestido que as alças prendiam atrás do pescoço e deixavam os meus seios, pequenos, um pouco turbinados. Sua saia descia até os joelhos, e o salto era alto o suficiente para eu andar sem tropeçar, de um bege nude.
Vestira meu conjunto de langerie mais simples, de cor da pele e rendado, meus cabelos estavam lisos, descendo até a minha cintura e eu usava quase nada de maquiagem, apenas um leve batom avermelhado e delineador fino nos olhos.
Contorci no banco inquieta, tínhamos entrado em um bairro nobre, cheios de casas enormes e prédios maiores ainda. Queimei de vergonha ao me lembrar do quão a minha casa parecia fuleira comparada a essas casas e prédios.
O carro parou na rua um pouco movimentada, em frente a um prédio espelhado. O saguão, que estava bem movimentado, era enorme de dentro do carro. O motorista saiu do carro e veio abrir a porta para mim, saí, murmurando mais um "Obrigado" e parei, esperando que ele me guiasse, pois nem de longe eu ia achar o apartamento de Luke naquele prédio imenso, que parecia ter mais de quinze andares.
— Por aqui, senhorita. — O motorista chamou e fui atrás dele.
Ele entrou no prédio e não tive como não ficar de queixo caído diante de tanto luxo. Era surreal como as paredes pareciam adornadas de desenhos antigos em cor ouro, os meus olhos começaram a doer diante de tanta demonstração de riqueza e poder.
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Vingança Fatal | Série "Donos da Máfia" | Livro 5
Romance+18|AVISO: Esse livro contém cenas de agressão, palavras de baixo calão, conteúdo sexual e situações constrangedoras que podem ativar gatilhos, assim como gatilhos de estupro. Se você é sensível e não gosta desse tipo de livro, não leia! Ela estava...