•Capítulo Três•

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Joguei a minha bolsa em cima do sofá e me sentei ao lado do mesmo no chão. Abracei os meus joelhos e me permiti chorar, não sabia porquê, apenas queria deixar aquilo sair.

Estava conseguindo, tão, tão perto.

Joguei os cabelos para trás e recostei a cabeça no assento do sofá, olhando para o teto. Por que estava sentindo aquilo? Logo naquele momento, por quê?

Sorri, percebendo só agora o quão satisfeita estava comigo mesma. Só eu sabia o quão difícil fora ficar aqueles segundos perto daquele homem, mas sentia a atração, ela estava ali. Ele me atraía para ele.

Sorrindo, me levantei do chão e peguei a minha bolsa.



Quinta-feira.

Parei na frente do Sweet Coffee, olhando para dentro  a procura do homem desconhecido. Mas ele não estava lá. Suspirei, não sabia se de alívio ou de pesar, e entrei no café. Pedi o meu Capuccino e depois de pagar, fui para a minha mesa habitual.

Estava no arco da porta quando o vi, sentado na mesa que ele estava na última vez. Parei abruptamente, apertando o copo de café na minha mão. Ninguém pareceu perceber a minha surpresa, mas ele percebeu, pois levantou o seu olhar azul da tela do Notebook, me fitando tão intensamente, como da última vez. Ele usava óculos de aro preto, o que o deixava ainda mais atraente.

Limpei a garganta e fui para a minha mesa, o jornal que comprara debaixo do meu braço. Me sentei e deixei o meu café de lado enquanto folheava o jornal. Levantei o meu olhar do jornal por um instante, o meu coração acelerou em meu peito quando encontrei o seu olhar, penetrante, avaliador. Ele sequer estava tentando disfarçar.

Voltei o olhar para o jornal, surpresa, e o levantei um pouco, afim de cobrir o meu rosto do seu olhar feroz. Suspirei, as minhas mãos começando a tremer com nervosismo.

Abaixei um pouco o jornal e espiei pela borda, ele agora tinha o notebook fechado e estava recostado na cadeira, os braços cruzados, uma mão segurando a xícara de café a centímetros da boca bem desenhada.

E então ele sorriu. 

Realmente sorriu, e para mim.

Arregalei os olhos e tampei o meu rosto com o jornal novamente. Estava sendo infantil fazendo isso, mas como eu agiria? Iria até o homem, me sentaria perto dele, e conversaria como se eu fosse uma pessoa normal?

Tomei o resto do meu café e me levantei, pronta para ir. Saí dali sem dar uma única olhada para o homem do outro lado da área externa e fui para fora do café. Sorri, vitoriosa. Um sorriso? Sim, um maldito sorriso! O que mais eu conseguiria?





Cinco dias depois...

— ALGUMA MELHORA? — PERGUNTEI A SIMONA, QUE PERMANECEU CALADO. — Eu vou ir aí vê-la.

Falei depois de alguns segundos.

— Não é bom...

— Foda-se o que é bom ou não, Maggie é a minha irmã e eu tenho todo o direito de ir vê-la. — exclamei, pronta para me opor a qualquer decisão dele.

— Se é assim que você prefere. — ele suspirou. — Espere mais um mês, então venha. Maggie não gostaria que você a visse assim.

— Ela já viu o meu pior, farei qualquer coisa por ela. — respondi, me referindo ao que aconteceu a dois anos atrás.

— Tudo bem, daqui alguns dias ligo com mais informações. — ele desliga o telefone, me fazendo amaldiçoar pela sua falta de educação.

Jogo o celular em cima do sofá e vou para a cozinha. Estava ansiosa para ver o desconhecido novamente, apenas vê-lo, me deliciar com a forma como ele me olhava. Como se eu fosse uma mulher de verdade, não um brinquedo sexual, não uma atração sexual doentia. Podia ver em seus olhos que ele estava interessado mais em mim como pessoa do que como  uma foda eventual.

Vingança Fatal | Série "Donos da Máfia" | Livro 5 Onde histórias criam vida. Descubra agora