Capítulo IX: Conhecendo o sogrão perfeito, ops, o médico perfeito*
Point of view, Samantha Griffin.
A chuva daquela tarde contribuiu para que o resto da semana fosse repleta de sol, como Prince Rupert jamais havia visto, e os Cullen simplesmente sumiram da cidade e isso incluía Alice (infelizmente). Minha esperança de vê-la na sexta diminuiu mais ainda quando o sol despontou cedo, e morreu totalmente quando a aula que fazíamos juntas foi cancelada. Tinha gastado toda minha sorte com o resgate dela, aparentemente.
O fim de semana se arrastou em melancolia e o sol já havia desaparecido, eu havia sido idiota de mandar mensagem para Alice, mas ela nem ao menos havia recebido, provavelmente acampando no meio do mato totalmente longe da civilização. Era uma noite de domingo quando papai nos chamou para jantar em um dos estabelecimentos em miniatura dali, não tinha muita escolha mas com certeza era melhor do que ficar em casa. Coloquei a calça jeans e um casaco por cima da camiseta de banda, apesar do sol de dia, o frio nunca abandonava a cidade.
O restaurante era pequeno, mas estava consideravelmente cheio pra população local, nossos pedidos não demoraram a chegar e tive que sorrir quando a garçonete deixou meu prato sobre a mesa soltando um "em todos esses anos, cozinhei esse negócio umas quatro vezes..." Para ser sincera não esperava que muita gente pedisse torta de batata com tofu, já que estava basicamente apagado do cardápio.
– estava fazendo umas pesquisar nos povos locais da região... – mamãe começou a dizer, e eu e papai saímos do mundo da lua (no meu caso mundo dos Cullen) para prestar atenção. – há várias tribos nativas por perto, havia na verdade... tem algumas reservas por aqui, as lendas são incríveis, o povo Tsimshian tem uma lenda muito semelhante ao povo Quileute de La Push, onde pesquisei algumas coisas antes de você nascer, Sam... – disse ela, mordendo o sanduíche enorme em sua mão antes de continuar. –os Tsimshian acreditam que seus ancestrais podiam transformar-se em lobos quando atingiam a puberdade, uma espécie de dádiva concedida pela natureza por seu imenso respeito... a lenda é imensa, não consegui ler tudo, mas parece muito interessante.
– eu adoro essas lendas, há reservas aqui perto não há? – perguntou meu pai – me lembro do doutor Cullen falando algo sobre atendê-los, mas que devia pegar permissão antes... – ele deu de ombros dando uma garfada no macarrão enquanto eu ainda tentava digerir aquele sobrenome tão instigante pra mim.
– sim, a reserva é razoavelmente próxima, há algumas crianças que freqüentam a escola da cidade, mas a maioria prefere a da reserva... – Shirley comentou, mas parei de prestar atenção quando senti olhares sobre mim, virei meu rosto lentamente para a mesa à 90 graus da nossa, havia um grupinho de quatro garotos de uns 16 anos ali, supostamente muito interessados na nossa conversa, de modo a entortarem o pescoço para olhar em nossa direção, eram os quatro bastante parecidos com Emilly em suas características principais, pele morena, olhos levemente puxados e cabelos pretos como piche. O que me intrigava, era que nem ao menos estávamos falando alto para que alguém alem de nós pudéssemos ouvir. Um deles me encarou, franzindo as sobrancelhas mais que o normal, sustentei seu olhar até que ele abaixasse a cabeça e chamasse a atenção dos outros.
Ainda desconfortável com aquilo, tentei voltar normalmente para a conversa de meus pais, agora sobre como a cidade chovia o tempo todo e como era sempre frio de noite.
A segunda começou sem sol, e eu quase fiquei feliz com a possibilidade de ver Alice e os Cullen de volta à escola. Me arrumei as pressas e tentei ficar bonita, nunca me preocupei muito com beleza, mas agora surpreender Alice parecia quase uma questão de honra. Entrei no carro e dirigi quase acima do limite, mas cheguei sem nenhum arranhão no carro, já que a cidade quase não tinha carro mesmo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Human (Alice Cullen)
VampireSamantha Griffin mantinha uma vida sobre os grossos livros e a solidão como melhor amiga, a vida que pedira aos céus, mas as coisas mudam drasticamente quando se muda para Prince Rupert, uma pequena cidade no interior nublado do Canadá. O que deveri...