Olá meus amores! Sentiram minha falta? Eu senti a de vocês!
E é com muito prazer que eu venho aqui, lançar os últimos capítulos dessa história linda que me salvou em diversos sentidos.Apenas sintam essa música e esse capítulo.
Agora, que faço eu da vida sem você
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
- Fernando Mendes/ Lucas/ José Wilson na voz de Caetano Velozo
MICHELE
Laís.
Ela era namorada, amiga, estudante e filha de alguém.Eu não a conheci.
E nunca vou conhecer.
O luto é como o oceano. É profundo, escuro, desconhecido. E maior que todos nós.
E a dor, é como um ladrão na noite. Silencioso, persistente e injusto, sempre rouba algo de nós. As vezes alguém, as vezes nós mesmos.
Eu não conheci Laís, mas posso sentir o quão importante e amada ela era, pois sua ausência ainda é sentida. A ausência na morte é a dor persistente, ela fica quando nos resta a culpa.
A culpa resta quando esquecemos o amor. Quando esquecemos o amor em vida, quando achamos que não fomos o suficiente.
Sentimos culpa num processo de luto quando não dissemos ao outro o quanto o amávamos, quando não o visitámos tantas vezes quanto desejámos ou quando proferimos uma "má resposta" numa determinada ocasião e nos arrependemos depois, em um depois tarde demais. Sentimos culpa pelo que deixamos de fazer e ser para o outro...
Sentimos culpa por sentir falta, a nossa própria falta, pelas nossas falhas.
A culpa leva ao medo. Ele vem como defesa da realidade. Acreditamos na nossa culpa e responsabilidade por coisas que vão além de nossas capacidades. Nos protegemos da verdade, da nossa insignificância e impotência.
Lidar com a perda não é tarefa fácil, eu nunca conheci alguém que conseguisse passar por algo assim e ficar bem, luto também é cicatriz. Entretanto, o luto é um processo pelo qual todas as pessoas deverão passar em algum momento da vida.
Elisabeth Kubler-Ross teorizou sobre as cinco fases do luto.
O Primeiro estágio é a negação. A gente tenta encontrar algum jeito de não entrar em contato com a realidade, é nessa fase que não queremos falar sobre o assunto, negamos a realidade dos fatos para o outro ou a nós mesmos. Evitamos a todo custo.
O Segundo estágio é a raiva. Comumente nessa fase nós culpamos algo, alguém ou nós mesmos...
O Terceiro estágio é a de negociação ou barganha. Tenta negociar a situação, nos sentimos em dívida e tentamos compensar ou cumpri promessas para mudar o quadro.
O Quarto estágio é a depressão. Nos retiramos para um mundo interno, isolado, melancólico. Nos sentimos impotentes diante da situação.
O Quinto e último estágio é a aceitação. Não há mais dor, raiva, tristeza ou promessas, somente a realidade como realmente é. E a gente fica pronto para seguir.
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Depois da Curva
RomanceRecém formada, Michele cruza São Paulo em busca do emprego perfeito, seria um grande dia! Se não fossem todas as curvas no caminho... Agora ela precisa seguir em uma nova pista para cruzar a linha de chegada! E quem diria que no meio do circuito...