Mais um fim de semana estava por vir. Eu sabia que nesse em especial, os pais do Allan iriam viajar para visitar a avó que morava em outra cidade e portanto, iriam deixa-lo sobre os cuidados do primo. Obviamente, o Allan me chamou para dormir lá na sexta feira visto que a casa estaria liberada e que no sábado faria um churrasco para alguns amigos.
Não me empolguei muito em ir, principalmente pela festividade no dia seguinte, mas era um momento que poderíamos aproveitar juntos e não queria desperdiça-lo. Dei as aulas daquele dia e a noite só passei em casa para pegar algumas roupas. Antes de eu sair, o Kadu me chamou:
– Biel, vai passar a noite fora?
Ele perguntou, deitado no sofá.
– Pois é, o Allan me chamou porque os pais dele viajaram.
– Hum, entendi.
Ele respondeu, voltando a atenção para a televisão.
– Ei, Kadu. Amanhã ele vai fazer um churrasquinho pra alguns amigos e eu não to afim de interagir muito com essa galera. Por que você não aparece lá? Pode ser legal.
– Será?
– Vai ué. Se não tiver legal, você vaza.
– Ta bom. Vou ver se apareço lá.
– Então valeu, brother.
Eu disse, jogando a mochila nas costas e saindo.
Chegando lá, toquei a campanha e quando ele abriu o portão, logo se jogou nos meus braços quase fazendo eu perder o equilíbrio. Entramos e eu cumprimentei rapidamente o Guto, que estava na sala jogando vídeo game.
– Amor, olha! Comprei vinho pra você. É o que você gosta?
Ele perguntou todo empolgado.
Não. De longe era o tipo que estava acostumado a beber, mas ele foi tão fofo tentando me agradar que eu abri um sorriso e falei:
– Humm. Esse mesmo, bebê.
– Ah que bom!
Disse ele, se esticando nas pontas dos pés para me beijar, mas eu me afastei.
– O que foi?
– Ah, bebê… olha o Guto ali.
– Mas ele já sabe da gente, o que que tem?
– Eu fico com vergonha… Você sabe.
Eu respondi, meio sem graça.
– Tudo bem.
Ele disse, sorrindo marotamente em seguida.
Eu dei um beijo na sua testa e fui até a cozinha abrir o vinho. Enchi uma taça e fiquei vendo eles jogarem, até que a fome apertou. Pedimos uma pizza e ficamos conversando. O Guto se serviu de uma taça, enquanto o Allan bebericava da minha. Mais tarde, ele me chamou para deitar e o primo se antecipou:
– Olha, não precisam se preocupar que eu vou ficar aqui na sala quietinho.
Ele disse rindo, me deixando vermelho.
Fomos até seu quarto e quando eu abri a porta, ele estava cheio de velas aromáticas acesas, formando um ambiente acolhedor e sensual.
– Nossa Allan, o que é tudo isso?
Eu perguntei, surpreso.
– Eu sempre quis fazer isso.
Ele respondeu sorrindo.
Eu sorri também e pus a minha mochila no canto, sentando-me na cama em seguida. Ele olhou para mim e sorriu, balançando o resto da garrafa de vinho na mão.
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Diary Of a Hetero( Romance Gay )
Romance"Diários de um hétero" é um mix de relatos e vivências, sem uma ordem cronológica especifica, como se fosse um diário. Quem leu "Que porra é essa?! Eu não sou viado, mas...", tem aqui uma continuação mais dinâmica, Autor: Biel Sabatini