Hope

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Guide me in your truth and teach me, for you are the God my Savior and my hope is in you all day long.

Psalm 25:5-15 


Notas: Cuidado com a BURRA que eu esqueci de postar isso aqui ontem kjnjfdvbkfvfn o HikariMat teve que me dizer "Ei, hoje não era dia de postar alguma coisa?" pra eu me tocar XD Então perdoem mas aqui está um sábado de manhã com o ZoSan de volta nessa história (felizmente ou infelizmente vocês que decidem...). Ah, e eu vou comecei a jogar minhas histórias EndHawks aqui no wattpad então se existir alguma alma que tb curta esse ship dá uma passadinha no meu perfil orz //

 Zoro não conseguia mais sair para a igreja. Não porque tivesse algum tipo de pudor ou receio por tudo que havia feito, era só que seu cérebro imbecil havia resolvido esperar por Sanji em casa enquanto o loiro não voltava. E ele também não conseguia mandar sua carta de resignação, porque seria obrigado a se mudar para outro lugar. E ele precisava ficar bem ali, no mesmo lugar onde o loiro o deixou.

Porque Sanji tinha que voltar. Ele simplesmente tinha que. Apesar de Zoro ter escutado bem as palavras melancólicas que saíram daqueles lábios, seu coração teimoso não queria acreditar. Não queria aceitar que Sanji tivesse feito isso de novo por algum motivo que ele sequer compreendia.

Então ele esperou. Dias que viraram semanas, semanas que viraram meses. E ele se sentia ridículo. Humilhado pelo seu próprio comportamento patético. Porque ele já havia passado por isso, e continuava fazendo a mesma coisa.

Havia dias em que ele passava vinte e quatro horas treinando, usando como combustível sua raiva de si mesmo, por ter se deixado enganar duas vezes pela mesma pessoa. Deixado que Sanji tivesse se enfiado daquele jeito na sua casa, na sua cama e, pior ainda, no seu coração.

Havia outros em que ele se perguntava se não havia sido tudo apenas uma alucinação sua. Se ele não havia imaginado um íncubo chamado Sanji. Nesses dias, Zoro tentava imaginá-lo de novo e provar que era tudo uma loucura sua ou talvez trazê-lo de volta. Vê-lo nitidamente em sua mente enquanto fechava os olhos. Seus cabelos dourados, seu sorriso emoldurado por lábios tão lindos, sua voz. Ele percebia que jamais poderia ter sido imaginação sua. Porque não era a mesma coisa, nem de longe. Por mais que pudesse lembrar exatamente como ele era, imaginá-lo nunca seria o suficiente.

Era real. Tão real quanto a aliança sendo usada como pingente da pulseira que adornava seu tornozelo. E Zoro não conseguia esquecer.

E havia dias em que Zoro apenas pura e simplesmente sentia falta dele. Em que ele esquecia o quanto Sanji o havia magoado, esquecia seu orgulho, esquecia de tudo. Ele só queria vê-lo de novo, queria que ele voltasse.

Esses eram os piores dias. Dias em que ele comia qualquer porcaria na cozinha e se lembrava exatamente de como era tê-lo cozinhando ali, como a casa estava sempre cheia de vida, da fumaça das panelas, do cheiro dos temperos. Zoro ia pra sala e ocupava apenas o seu lado do sofá, como se estivesse esperando que o loiro fosse chegar a qualquer momento, se sentando do outro lado e se aproximando dele gradativamente, até que estivessem tão colados como se estivessem sentados no mesmo lugar.

Às vezes ele queria fingir que podia senti-lo. A cabeça deitada no lado dele do sofá, como se ainda conseguisse sentir seu cheiro, embora fizesse tanto tempo que era literalmente impossível, as mãos tocando a si mesmo mais delicadamente do que faria quando estava sozinho, mimetizando os toques de Sanji. Passeando pelo seu peito como o loiro gostava de fazer, embora Zoro nunca fizesse isso. Circundando seus mamilos com carinho, com o amor que Sanji usava todas as vezes, o amor que Zoro tinha certeza que estava lá e que nunca poderia ser falso.

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