Wicked Domesticity

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Job 16:11


God has delivered me over to the ungodly, throwing me into the control of the wicked.

Notas: A gente vai estar super ultra ocupados esses dias e não sei nem se terei internet no domingo, mas vou tentar postar Your Blood Is My Wine assim que der. E quando tudo normalizar as fics seguem no cronograma normal orz 

Era a primeira vez que Sanji passava tanto tempo ao lado de alguém e surpreendentemente não estava se sentindo estranho com a situação. Viver com Zoro era tão normal que às vezes parecia o correto a se fazer. O humano era diferente de todos que já conhecera, e diferente significava o mais chato, irritante, insuportável e implicante de todos. Era confuso como conseguiam brigar o tempo todo e nunca guardar mágoas um do outro, Sanji não sabia bem como explicar. Ele gostava de passar quase o dia inteiro ao lado daquele padre, fosse quando estavam dormindo com as pernas enroscadas ou quando estava expulsando-o da cozinha com chutes por ter ousado roubar algo enquanto cozinhava, com o único objetivo de provocá-lo. Era uma convivência pacífica, apesar de tudo.

Desde o dia do casamento de brincadeira, Zoro nunca retirou a aliança que Sanji entregou. O loiro achava que o objeto sumiria, assim como as roupas que cobriam seu corpo, mas foi a única coisa que sobrou. Infelizmente, quando o dia seguinte nasceu e o padre se deu conta que não poderia ficar andando em público com aquilo em seu dedo, o demônio teve uma ideia e colocou a aliança em uma tornozeleira, deixando em um lugar que Zoro poderia usar sem preocupações. Quando colocou no tornozelo moreno, Sanji o viu sorrindo e sentiu seu coração falhar com aqueles sentimentos que não sabia explicar. Ele nunca acreditou nas palavras de Kid que parecia cada vez mais distante, mas a situação atual o deixava bastante pensativo. Talvez ele tivesse realmente razão.

Depois que o padre acidentalmente acabou convidando o íncubo para morar ali, as manhãs de Zoro nunca mais foram as mesmas. Não que ele realmente tenha convidado, mas sabia que a permissão era tudo que Sanji precisava para nunca mais ir embora de sua casa.

Da primeira vez, Zoro acordou e o viu ali deitado com ele, sem ir embora no meio da noite, sem deixar seu lado da cama frio e vazio para trás e não pôde evitar de sorrir. Hoje em dia, havia se tornado costumeiro, natural. A presença de Sanji já era usual para ele, afinal, manhãs não deveriam ser assim tão diferentes.

Apenas o eram porque Zoro continuava com aquele casamento de mentira na cabeça. Cada vez que faziam uma refeição, tomavam banho juntos, se preparavam para dormir, faziam amor e acordavam no dia seguinte na mesma cama, Zoro percebia o quão doméstico tudo era.

Decidir o que comprar no mercado, ouvir as reclamações de Sanji sobre a bagunça, até mesmo matar baratas para o loiro, embora não soubesse exatamente como um demônio poderia ter medo de algo tão insignificante, tudo isso era a definição de uma vida de casados. Então talvez seus desejos aquele dia não estivessem fora do lugar, não fossem apenas uma brincadeira irônica. Talvez aquele anel que havia ficado para trás tivesse mais significado.

Quando pensou em deixar a igreja, achou que não havia nenhuma vida para ele fora dela, porque a vida de padre foi o que sempre conheceu. Mas talvez aquilo, viver com Sanji, fosse sua vida agora.

Ainda mantinha alguns dos velhos hábitos, claro. Por exemplo, não poderia relaxar no seu regime de treinamento, ou seu corpo se tornaria fraco e inútil. Já não era mais tão jovem e não poderia se dar ao luxo de esperar que seu metabolismo apenas o ajudasse a manter os músculos que conservava com tanta disciplina. Por isso, treinava religiosamente todos os dias, gastando horas em séries que não tinham números definidos, iam até Zoro se estafar.

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