« Episódio Cinco »

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›Pov.Type‹

Depois do meu surto no banheiro de raiva, pois teria que ir a um clube gay tomei coragem e sai. "Você poderia deixar Techno ir", sim poderia, porém, ele não está na investigação, ela é exclusivamente minha e não posso abrir nem se quer um pedido para ele entrar. Até porque ele também tá cheio de casos acumulados.

Assim que saí, vi que os dois já tinham saído. Ótimo... Fui até o computador do Techno e abri a pasta de arquivos. Li todo o registro criminal do Suchart, o homem que Tharn mostrou a mim. Ele realmente é parente do Comissário, isso é uma vergonha e tanto, como que ninguém sabe disso?... Na verdade, como eu eu não sabia?. Vai vê escondem...

Pelo resto da tarde fiquei revendo casos antigos, e estudando por assim dizer as últimas mortes. O ponto que eu demorei a aceitar, é ir na porra do clube pra vê se o cara vai!. Mas quando chegarmos lá o que queremos achar?... Isso que está me deixando aflito. Ele tem ligação com mortes de três pessoas, mas ele é um intermediário ou ele que matou?. Se ele matou, faz até sentido ninguém ter chegado a lugar nenhum. O Comissário pode saber de tudo ou-... Não Type, está pensando longe de mais... Aahh! Mantenha a cabeça firme e no chão!.

[Sexta-feira]

Acordei com preguiça, já que dormi tarde demais ontem. E realmente, Tharn vira a noite. O filho da puta que não respeita vizinho!. Tomei um banho, coloquei uma roupa folgada por está quente hoje. Separei meu café da manhã simples e assim que comi sai. Entretanto...

—Ai! Caralho!. —Tharn estava parado na frente da minha porta com braços cruzados.

—Quero saber se vai desistir de ir no clube pelo seu preconceito ou vai ir pra terminar o caso. Não perguntei ontem. —Olhei ele dos pés a cabeça. A roupa lhe caiu bem, era preta com traços vermelhos. O cabelo úmido pelo banho e o perfume amadeirado que me enjoou.

—Huf. Eu vou. —Bati a porta atrás de mim.

—Então tá. Fique sabendo que é para me encontrar lá então. Eu já sei o que estamos procurando dele. Aliás... —Se inclinou para cima de mim fazendo eu encostar as costas na porta. —Quero saber de suas teorias, a essa altura já deve ter várias. Pode me falar na festa pra não ficar um clima desconfortável em um lugar tão legal, eu acho... Ou não fale e agimos como estranhos!.

—Seu-

—Tchau.

Ele saiu andando com a mão no bolso boçal. Eu juro que se ele chegar mais perto que isso eu chuto o rabo dele!. Que nojo.
Bufei indo logo atrás dele... É só o segundo dia de trabalho e quero esganar ele.

[22:48]

Estava sentado no banco do carro com ele mexendo no celular. Eu estava com roupa de manhã da delegacia e Tharn fez questão de trocar de roupa pra isso... Puff.

Esperava encontrar o quanto antes o Suchart e sair daqui com a informação que ele quer que AINDA não me contou!.

—Caralho mano, o que você quer encontrar?? Só me diz que eu vou sem você.

—Aham... Não iria aguentar não surtar lá dentro. Saiba que esse seu preconceito pode arruinar sua carreira baby.

—Pega esse "baby" e enfia no rabo!.

—Já enfiei muitas coisa lá. Mas nunca tentei isso. Até porque não dá. —Fiz uma careta de nojo e bati em seu ombro. Seu olhar se direcionou até mim. —Não me enche o saco, eu certamente não gostaria de estar aqui com você.

—Então vai pra casa! Nem era para estarmos juntos depois das 17h!

—Ok, primeiro senhor estressado: a investigação é até esse horário, mas o que estamos fazendo é obtendo informações extras para a investigação! E outra! Se não consegue segurar seu linguajar comigo, imagina dentro de um lugar cheio de "pessoas como eu". —Fala sério. —Type... Sinceramente, só cala a boca.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐔𝐋𝐓, TharnType × BLOnde histórias criam vida. Descubra agora