𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐔𝐋𝐓, TharnType × BL

« Episódio Treze »

›Pov's Type‹

Assim que cheguei, subi algumas escadas até chegar numa sala fria. Vi alguns policiais e amigos da academia —amigos dele claro.

— Até que em fim. — Techno vem até mim, usava roupas formais da polícia.

— Hum. Oi...

— Vem vê ele...

Não sei ao certo o nível de dor que sentia aí vê-lo, era como se passasse um filme na minha cabeça de todos as vezes que saímos juntos e das vezes que eu tive que aguentar ele chorar porque terminou o namoro. Mas não derramei uma lágrima, sabia que ele iria ser vingado pois ia fazer isso acontecer. Conversei um pouco com a mãe dele, acalmei ela o máximo que podia. Não sei como ela deve estar se sentindo... Não mesmo.

Fique conversando no canto com Techno até alguém chegar, Tharn chegou. É tão idiota como me sinto, um frio na barriga me fez revirar os olhos. Usava uma roupa preta social, se mantinha sério e de queixo levantando. As mãos marcadas de veias e áspera. Ele me olhou e sorriu fechado, sabe a sensação de boca seca? Senti. Não podia estar acontecendo, não comigo. Respiro fundo e tento me manter mais calmo possível. "Só porque dividiram a mesma cama não significa que tem que dar pra ele". Penso.

Ele vem se caminhando até mim após falar com a Senhora Mãe-do-Sunan. Senti o cheiro amadeirado e forte de perfume caro. Limpei a garganta.

— Por que veio?

— Pra ser seu ombro de choro de novo.

— Você chorou no ombro dele??!

— Sshhh! Calado Techno.

— Osh, é normal chorar Type... Mas isso sim é novidade. — Reviro os olhos.

— Vamos ficar mais um pouco e depois vamos sair pra comer alguma coisa se der.

Admito, queria passar mais tempo com ele. O cheiro gostoso que inalava era viciante... Maldito Tharn!

Após discursos e falatórios. No final de tudo, Techno recebeu uma ligação, estávamos do lado de fora na calçada.

— Alô?... Hum... Que?! Ok! Chego aí em 5 minutos!

— Quem era? — Tharn pergunta.

— Minha irmã. Tenho que ir agora. Ahh... Me empresta o carro? É que tá tarde já.

— Porra. — Eu tiro do bolso minhas chaves.

Ele pegou saindo correndo até meu carro.

— Droga.

— Vem, eu te deixo em casa... Que tal?

— Tanto faz, quero ir embora só isso.

— E comer? Quer jantar?

Nego. Apenas ando até seu carro. Ele comprou um carro... Novo?

— Foi caro, não suja. Bate seus pés de neném aqui e depois entra. — Ele diz risonho. Revirou os olhos fazendo o que pediu.

Passamos a viagem inteira em silêncio, já disse que o perfume tá me sufocando?

De um jeito bom.

As vezes me peguei o olhando fixamente e isso está me deixando maluco. Maldição! Qual é seu problema Type?!

Chegamos no prédio e na subida, esbarro com uma vizinha que me entregou um bolinha de chocolate, Senhora Bahamas.

— Eu estou dando bolinhos... Era o aniversário do meu sobrinho mas ninguém apareceu.