›Pov.Tharn‹
Sentado calado tentando encontrar palavras para falar com Type sem que ele surte ou mande eu ir pra bem longe...
A sala estava fria, o ar condicionado estava em 19°C, como ele consegue aguentar sem um casaco??. Olhei bem ele que estava emburrado olhando as fotos que revelei antes de vir para cá. Aparentemente esse colega dele era um amigo importante e data. Tenho dó dele, não vou mentir. O lugar em que trabalha é bem complicado e bem confuso. Não dá pra confiar em qualquer um.
—Então... Pode me dizer como tá?.
—Você por acaso me disse que iria me beijar?? Por acaso você me falou o seu plano quando entramos ontem naquela merda de lugar!?. Essa era sua camuflagem!??.
—Bom, primeiro, eu estava desesperado também. Segundo, respeito com o estabelecimento, acredite, o lugar da mais lucro que seu trabalho aqui na delegacia. —Disse debochando.
—Vai se fuder.
—Obrigado pelo carinho!. —Ri. —Vai, fala como tá as coisas aí, já faz meia hora que tá calado... Me atualiza da sua nova hipótese baby.
—Pega esse baby e-
—Bom diaaaa!!! Olha quem tá aqui!. —Techno entrou com dois capuccinos. —Um para o meu amigo lindo e esforçado, e o outro para o meu novo amigo!.
Olhei para ele meio confuso. Logo entendi, Type deve ter contando para ele no impulso e raiva quando saímos daquele lugar (e ainda tenho que pagar aquela mulher). Ele me pediu para ir sozinho de carro, pois ele iria á pé. Tão infantil... Chega até ser fofo o jeito que lida com coisas assim... Um crocodilo fofo.
—Valeu. —Respondi.
—Huf.
—Esse seu suspiro aí tá me deixando aflito. Aconteceu algo, além daquele.... Err... —Olhou para mim e sorri. —Você sabe!.
—Irei ficar grato se fechar esse seu camburão. E sim! Aconteceu!.
Ele levantou indo até o painel, colocou uma foto borrada, mas sabia bem quem era.
—Seu amigo aí mexe com coisa estranha... Desde de quando será?. —Instiguei. —Só falta o Techno ser como eles também... Você é?.
—Q-que!? Não! De jeito nenhum!.
—NÃO ENCHE PORRA!.
Bateu na mesa me assustando. Esquentado.
—Já que não vai dizer o que pensa, eu digo.
Levanto da cadeira e fecho as janelas com as persianas. Vou até a mesa e respiro fundo.
—Fiquei pensando por um tempo e... Eu acho que a pessoa que procuramos, na verdade a pessoa mais importante, o "cabeça" não estava lá... Digo, aquilo parecia mais uma cena de pagamento por alguma coisa. Agora não sabemos se era o início de um pagamento, do tipo que se paga a metade no início e o resto no final, ou se era o pagamento final. Temos que abrir os olhos agora, não sabemos o que pode acontecer daqui pra frente. E aviso, como agente da Interpol. —Type revirou os olhos. —Eu não posso me envolver com política. Se pessoas de influencia se envolveram, meu palpite é que tenha política. Mas por outro lado talvez seja tráfico de drogas internacional...
—O que me deixa mais puto, é que o desgraçado do Suchart e Sunan estão envolvidos. —Type disse ríspido.
—Faz sentindo. —Olhei para Techno. —Veja... Se eu faço uma merda por alguém importante, claramente alguém tem que limpar a sujeira. Polícias são facilmente chantageados quando tem um passado ruim, ou subornados... É a vida gente. —Comentou tranquilo.
—Então... Vamos criar dois caminhos.
Type pegou um pincel e foi até o painel de vidro em um espaço médio, começou a fazer uns esquemas estranhos e parou para nos encarar.
—Possa existir uma pessoa que encomenda as mortes de todas as vítimas até agora; Passa para alguém que já não é muito limpo e essa pessoa contrata alguém específico; Esse alguém específico faz o trabalho e por último, alguém do governo, vulgo policial ou polícias, ainda não sabemos se é só o Sunan... Enfim! Essa pessoa do governo arruma a bagunça, guardas provas mais concretas ou chega antes no local do crime e tira tudo que é importante.
—Aaahh! Assim o que era o crucial para a Investigação acaba se perdendo.
—Isso Techno.
—Tá Type, mas como que não iriam achar digitais?. Quem mexe com assuntos assim é a perícia.
—A-ha!. —Sorri.
—Caralho... Se for a primeira é alguém da perícia, que vai aos locais do crime para retirar provas e fotografar o local. —Olhei para Type que se enchia de orgulho. Ele é bem inteligente...
Hum... Que legal.
—E a segunda coisa Sr.Detetive?.
—Bom... Seguimos a mesma linha de raciocínio, massss!!. *Aham*. No final quem modifica o local do crime é ele, o próprio assassino, o que explica os homicídios serem bem complicados e absurdamente bem feitos "sem erros".
—Entendo... E sobre o tráfico de drogas?. —Techno pergunta.
—Bom!. —Falo. —Taiwan fica a 3h e mais um pouco daqui, já trabalhei em um caso de drogas lá e acredite, fiquei morto depois de dormir só por 5 horas por dia. E outra, Camboja é vizinha da Tailândia. E lá tem um fluxo forte de crimes envolvendo drogas até um tempo atrás. Vi pelas notícias que um chefe de tráfico foi preso no final do ano passado.
—Um mês antes de começar os assassinatos... —Type murmurou.
—Então?. O que pode ser?. A opção um de assassinatos encomendados envolvendo política e comércio interno, ou tráficos de drogas e comercialização de narcóticos que acabam em mortes trágicas?. —Pergunto vendo Type fazer um careta.
—Talvez... Tráfico, não sei. Argh! Que saco!. Precisamos de pistas!. DNA, registros de crimes, nomes...
Suspirou aflito. Sinceramente, parece que ele depende muito disso... Ele tá me escondendo algo?.
—Eu tenho as fotos e vou mandar para minha equipe. Pode demorar uns dois dias até acharem as pessoas fotografadas, mas é por causa da qualidade ruim e da iluminação das fotos... Posso tentar.
—Agradeço... —Disse baixinho.
—Bom! Chegamos a conclusão que pode ser dois tipos de casos, sem provas concretas estamos na merda!. E acho bom chegarmos em algo fixo e que leve até algo que pode ser investigado pela Interpol... Já sabem né?.
—Que se for algo com política, religião, raça está fora do caso... Sim! Já sabemos. —Type disse resmungando.
—Ótimo. Eu vou sair agora e ir encontrar minha equipe.
Ele começou a organizar os papéis na mesa. Antes de me levantar, escutei algo bater no vidro, meu coração acelerou e tive um péssimo pressentimento.
—Então... Eu já vou!. —Falei alto fazendo os outros dois me olharem torto.
—Tá, sai logo porra.
Ele me olhou com a sombrancelha arqueado. Apontei para o vidro e ele arregalou os olhos. Fui até as persianas e espiei por cima. Fiz sinal para eles inventarem algum assunto.
—Sabe eu acho que deveríamos almoçar juntos qualquer dia (...)...
Apertei os olhos entre a lacuna da persiana e vi um cabelo castanho claro. Suspirei e olhei para Type. Fiz um sinal com a mão de "Depois eu te falo".
—Ah claro... —Respondeu "dentro" do assunto de Techno e indiretamente para mim.
Fiz barulho na maçaneta e sai normalmente. Assim que virei meu rosto no corredor, não havia ninguém. Droga! Esse lugar já não é mais seguro para falarmos sobre o caso...
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Hi!!
Espero que tenham gostado do Capítulo 💗🤠
Só queria avisar que se ficar confuso de entender, leiam de novo a explicação. Vou sempre tentar deixar fácil para vocês não se perderem!
Vote e comente 👍🏻😔✨
Bye.
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𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐔𝐋𝐓, TharnType × BL
Fanfiction[PAUSADA] Data de Início: 21/01/21 Conclusão: -- +18 Type um policial temperamental, após um surto de raiva e indignidade, vai reclamar com seu chefe sobre um colega de trabalho. Type entende o grau do problema, claramente seu colega é corrup...