Depois do Natal as coisas começaram a entrar nos eixos na vida da família. Sirius solicitou formalmente seu afastamento das funções de auror. Remus terminou de organizar todos os cômodos da casa. Enquanto isso James ia se apropriando de como cuidar de uma criança e começou a organizar atividades diárias para o pequeno Harry.Em uma manhã fria de Fevereiro, os Marotos estavam sentados na cozinha
tomando café quando a campainha tocou. James levantou e foi até a entrada, voltou alguns minutos depois acompanhado de Dumbledore e um outro senhor.
– Rapazes – enunciou Dumbledore – bom vê-los, esse é meu grande amigo Newt Scamander.
Os três rapazes se entreolharam e Remus foi em direção a Newt.
- Muito prazer Sr Scamander, sou um grande fã do seu trabalho.
Newt sorriu para o lobisomem.
– O prazer é todo meu jovem Lupin.
– Bom, Newt gostaria de conversar com Remus e eu preciso falar com vocês dois – disse Dumbledore apontando para James e Sirius.
Remus foi para sala com Scamander enquanto Dumbledore se acomodava de frente aos dois Marotos.
– Então professor, o que quer conosco? – perguntou James segurando uma colher cheia de papinha e a colocando na boca de Harry.
– Sei que vocês dois são muito habilidosos com transfiguração. Minerva me disse que fora as aventuras extraclasse - o velho deu uma piscadela - vocês sempre foram alunos de rendimento Ótimo em suas aulas.
Os dois confirmaram.
– Bom, muito bom. Acredito que saibam que eu mesmo fui chefe da cadeira de Transfiguração por muito anos.
Mais uma vez os rapazes confirmaram.
– Quero iniciar um trabalho em pesquisa sobre os feitiços de desilusão e como aprimorá-los. Pensei que vocês dois poderiam se juntar a mim.
James e Sirius se entreolharam.
– Creio que a sua capa, James, possa nos dizer muitas coisas. – Dumbledore puxou uma pasta de dentro das vestes e a colocou sobre o balcão – aqui tem tudo que consegui reunir. Fiquem à vontade.
James pegou pasta e começou a folhear os pergaminhos dentro. Abriu um sorriso torto e olhou para Dumbledore.
– Conte comigo Professor – disse entregando a pasta a Sirius que logo se juntou ao amigo.
– Maravilha. Tenho alguns livros que talvez possam ajudá-los, vou pedir que um elfo traga até vocês. Eles são um pouco pesados para enviar via coruja.
Sirius começou a ler cada um dos documentos enquanto James continuava na missão de dar comida ao Harry. Dumbledore ficou rindo das caretas do menino que deixava mais comida pra fora do que pra dentro da boca.
Alguns minutos depois, Newt e Remus voltaram. Os dois bruxos mais velhos foram embora e os Marotos foram para a biblioteca no andar superior.
James colocou Harry no chão e sentou ao seu lado com alguns livros de colorir e um punhado de lápis de cera.
– Então, o que Scamander queria com você? – perguntou Sirius ao marido.
– Hmmm ao que parece ele está escrevendo um livro sobre a licantropia – disse Remus incerto – ele quer humanizar a visão dos bruxos quanto a nós lobisomens e me pediu para co-escrever o livro, trazendo minha experiência como bruxo que cresceu com a condição.
Sirius abriu um sorriso imenso e foi pegar as mãos de Remus.
– Isso é maravilhoso, não?
– Mais ou menos – exitou – pra isso vou ter que me revelar como lobo e não sei se estou pronto pra isso.
James voltou sua atenção para o amigo.
– Então você recusou a proposta?
– Não, não. De forma alguma eu recusaria uma proposta de trabalhar com Newt Scamander. Só pedi a ele que não comentasse com ninguém o meu envolvimento no projeto ou pelo menos não os motivos de eu estar envolvido. Bom, pelo menos por enquanto.
– E ele aceitou? – perguntou Sirius com os olhos quase brilhando.
– Aham – confirmou Remus – ele tomou conhecimento das minhas habilidades como Magizoologista e disse que vê muitas oportunidades pra mim na área.
– Uau Moony, fico muito feliz por você – disse James tirando o giz da mão de Harry que estava colocando aquilo na boca – na verdade feliz por nós.
– O que você quer dizer com isso? – Remus olhou para os amigos arqueando as sobrancelhas.
– Dumbledore nos fez uma proposta – respondeu Sirius passando a mão pelos cabelos.
– Nos convidou para encaminhar uma pesquisa em feitiços de desilusão – completou James.
– Caramba – Remus sacudiu o marido – até que enfim teremos Marotos estudiosos – e caiu na gargalhada.
– Ei – retrucou Sirius – a gente estudava.
– Aham, tá bom. Estudavam sim – falou Remus colocando o máximo de sarcasmo em sua voz.
Sirius fechou a cara enquanto James ria da situação.
– Estudamos muito no sétimo ano.
– Só porque o bonitão ali queria dar em cima da Lily e ela não saia da biblioteca – argumentou apontando para James.
O rapaz de óculos concordou, bagunçando o cabelo.
– Essa história tem um fundo de verdade.
Os três riram.
– Caramba, parece que foi em outra vida que éramos só adolescentes em Hogwarts tentando pegar o máximo de detenções possíveis - disse Sirius.
– Eh, eu corria o dia inteiro atrás da Lily e ela todo dia me ignorava – dizendo isso James fitou os olhos do filho – e hoje estamos aqui, eu e você, Harry.
O pequeno abriu um sorriso banguela e agarrou os óculos do pai. Quando já ia colocando na boca, James pegou rindo e o colocou no rosto do filho.
– Até que você fica bem de óculos, Harry – disse Sirius apreciando o afilhado – você fica igual ao seu pai.
– Mas tem os olhos da mãe – completou Remus vendo Lily nos olhos verdes do menino.
James pegou de volta seu óculos, colocou no rosto e levantou deixando Harry no chão com os lápis coloridos.
– Em todo caso, precisamos deixar isso aqui em ordem para podermos trabalhar em um lugar decente.
Os três se olharam e colocaram as mãos à obra para transformar a biblioteca em uma espécie de escritório.
Notas:
Um pouco do meu lufano favorito pra vocês.Os ultimos capítulos foram bem gostosinhos né!?
Me aguardem!!!
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What if...?
FanfictionE se (what if) os acontecimentos do dia 31 de Outubro de 1981 fossem diferentes? E se James Potter tivesse sobrevivido e se visse diante da morte de sua esposa, a criação do filho, a traição de um amigo e os desdobramentos do fim de uma guerra. Uma...