Blood and Love

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Os meses foram passando. No início da primavera todos já estavam acostumados com a rotina da casa. James acordava mais cedo, cuidava de Harry e preparava café para todos.

Sirius era responsável pela limpeza e organização que ele fazia toda manhã após o café, enquanto isso James e Remus faziam atividades lúdicas com Harry que a essa altura já começava a formular frases, corria pela casa e dava bastante trabalho.

O almoço era simples, cada um preparava o que fosse melhor. E no começo da tarde iam todos para o escritório.

James e Sirius passavam horas revisando feitiços e analisando fórmulas de Transfiguração. Remus lia manuscritos de Scamander e escrevia relatos de sua própria experiência. Enquanto isso Harry se dividia entre cochilos no sofá, pintar as paredes do escritório e inventar brincadeiras solitárias.

Vez ou outra Andrômeda passava para vê-los, buscava Harry para brincar com Dora ou ainda deixava a pequena metamorfomaga para uma tarde de brincadeiras com o menino Potter. Em todo caso Scamander aparecia vez ou outra pra discutir alguns trechos de seu trabalho com Remus. Já Dumbledore dava as caras pelo menos uma vez na semana.

Certa noite estavam todos na cozinha, Remus e Sirius estavam preparando o jantar enquanto James corria atrás de Harry que havia roubado a varinha do pai. Saiam faíscas vermelhas da ponta da varinha, Harry escorregou no piso de madeira da sala e a varinha voou de sua mão. James pegou no ar antes de ver que o filho começava a chorar passando a mão na cabeça.

– Ei ei ei, calma Harry, papai tá aqui – ele pegou o filho no colo e foi em direção a cozinha – vai ficar tudo bem, deixa o papai olhar – passou a mão na cabeça do filho, não achou nenhum galo, mas o menino continuava chorando.

James colocou Harry na bancada da cozinha e pegando gelo pediu ao filho:

– Mostra pro papai onde ta doendo.

Harry soluçava entre as lágrimas e colocou a mão na testa, próximo à cicatriz em forma de raio. James ficou apreensivo mas aplicou o gelo exatamente onde o filho sinalizava e logo o choro diminuiu.

Remus e Sirius estavam preocupados quando alguém bateu à porta. Sirius não exitou, saiu em direção a porta.

Quando James virou para olhar quem vinha atrás do amigo, deixou o saquinho de gelo cair, fazendo Harry voltar a chorar. Severus Snape vinha atrás de Sirius. Sua expressão carrancuda e meio escondida pelos cabelos oleosos que caiam sobre o rosto.

James ajeitou a coluna e pegou o gelo voltando a colocar na testa do filho. O silêncio tomou posição até que Remus se virou quase deixando a frigideira cair.

– Ah...Severus! – disse Lupin espantado – a que devemos a...hmm...honra da sua visita?

Snape pigarreou, Sirius sentou ao lado de James e ficaram encarando o sonserino.

– Vim a pedido de Dumbledore – ele excitou – ele está muito atarefado e me colocou para realizar essa tarefa.

Remus se virou de volta para o fogão mas continuou a conversa.

– O que é exatamente essa tarefa que Albus pediu a você?

Snape olhou para Harry e encarou os olhos verdes do menino.

– Dumbledore está tentando entender que tipo de feitiços Lily usou naquela noite – James desviou os olhos – ele quer entender como isso salvou o garoto e possivelmente ampliar o feitiço para continuar protegendo o menino.

– E como exatamente podemos ajudá-lo? – perguntou Remus.

Sirius e James permaneciam de cara fechada, mas levantaram os olhos para Severus.

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