Black day

452 53 35
                                    

Na manhã seguinte, Remus e Lupin saíram do porão logo que o sol apareceu. James estava esperando pelo dois na sala agarrado ao envelope preto. Remus parecia bem, estava bastante pálido e mancava um pouco mas a poção parece ter surtido o efeito esperado.

– James – chamou Remus capturando a atenção do amigo – já acordado?

Sirius que vinha escorando o marido o deixou escorado próximo a escada e foi até James.

– Está tudo bem? Harry está bem? Por que acordou tão cedo?

– Na verdade, ainda...ainda não dormi.

Sirius e Remus olharam assustados para James, ele olhou de volta para Sirius e estendeu o envelope para o Black.

– Isso chegou ontem, pouco depois que vocês desceram.

Sirius pegou o envelope, suas mão tremiam enquanto rasgava o selo. Remus se juntou a ele e colocou a mão em seu ombro tentando ler por cima o que vinha na carta.

Caro Sr Black

Venho em nome da família Black informar que Walburga Black faleceu na tarde do dia 1° de Novembro. Como seu primogênito, achei que deveria saber.

Os serviços de velório serão amanhã, dia 2 de Novembro às 14 horas na residência Black no Largo Grimmauld n° 12.

Meus sentimentos.

N.B. Malfoy

Sirius ficou encarando o pergaminho em um misto de sentimentos. Não era bem alegria, mas também não sentia tristeza. Talvez fosse um sentimento de vitória ou vingança. Mas ao mesmo tempo algumas perguntas vieram à tona.

– Essa é a letra e assinatura de Narcisa, porque ela me escreveu? O herdeiro e consequentemente o responsável por me informar deveria ser o meu irmão.

Remus engoliu em seco, a meses tentava descobrir o paradeiro de Regulus Black e não havia encontrado nenhum vestígio, nem de que estava vivo e muito menos de que estava morto.

– Ele deve ter pedido a Narcisa para te escrever, talvez não estivesse bem para isso – argumentou Lupin dando uma apertadinha no ombro do marido.

– Você vai atender o velório? – perguntou James que tinha acabado de conseguir ler a carta.

Sirius piscava nervosamente sem conseguir falar. Remus o puxou pelos ombros para que sentasse no sofá e sentou ao seu lado.

– Não sei, eu não tenho motivo para chorar por ela – disse esfregando as mãos no antebraço onde várias cicatrizes o lembrava da infância sob os cuidados de Walburga.

– Tá tudo bem, você não precisa ir – falou James sentado do outro lado.

Sirius ergueu os olhos e encarou o nada.

– Mas talvez eu devesse ir para dar uma força a Regulus.

– Eu vou com você – exclamou James ajeitando os óculos.

– Não Prongs, o Harry precisa de você.

– Harry vai ficar muito bem com Remus – James olha para o lobisomem que assentiu – você precisa de mim hoje.

– É melhor James ir com você – diz Remus – você vai precisar de alguém lá e com meus últimos movimentos acho que não é seguro eu me enfiar em meio a tantos bruxos sangue-puristas.

Sirius aceita e se levanta um pouco cabisbaixo.

– Vou...hmm...vou tentar dormir um pouco – disse subindo para o quarto.

What if...?Onde histórias criam vida. Descubra agora