Espero que não tenham morrido de ansiedade...
Uma fumaça escura começou a sair do medalhão, Sirius percebeu que tinha um cheiro forte, um cheiro de água salgado e ferrugem. A sala ficou muito fria e ele sentiu como se toda a felicidade em seu coração estivesse sendo sugada e ele nem mais sabia onde estava e o que fazia.
Primeiro surgiu uma luz verde e James caído no chão com olhos arregalados e sem vida, Sirius tentou entender o que estava acontecendo e nesse momento a imagem do amigos se desfez e surgiu uma imagem de um Harry muito mais magricela e com roupas grandes demais para ele sentado sozinho em um parquinho infantil enquanto um garoto gordinho ria dele.
Quando Sirius percebeu que o menino era seu afilhado tentou ir ao encontro da projeção mas na mesma hora o menino Harry se desfez dando lugar a um Remus também mais magro, com fundas olheiras e uma porção a mais de cicatrizes, ele conseguia sentir a dor e a solidão do lobisomem.
Sirius caiu de joelho, sentia uma angústia muito grande até que ouviu a voz de Remus, mas não aquele fantasma em sua frente.
– O medalhão Sirius, destrua o medalhão!
Black olhou para a espada em sua mão e num instante lembrou o que devia fazer. Ergueu a espada e enfiou no medalhão aberto.
Houve uma explosão de fumaça preta mas Remus afastou a fumaça com a varinha e correu até o marido.
– Está tudo bem, eu estou aqui – disse o lobisomem ao abraçar Sirius.
Ele chorava.
– Calma amor, já passou!
Sirius continuou chorando e levou alguns minutos até que Remus conseguiu acalmá-lo.
– Eu vi coisas horríveis – disse Sirius ainda soluçando – James morto, você e Harry sozinhos – Remus enxugava as lágrimas no rosto do marido – e eu sentia uma angústia muito grande como se...como se um dementador estivesse pairando...pairando sobre mim – ele fez uma pausa – eu estava em Azkaban.
– Mas está tudo bem agora, foi como uma pesadelo, mas acabou – Remus dizia passando a mão pelos cabelos do moreno – e o mais importante, você destruiu o medalhão. Vem, vamos voltar e entregar isso a Dumbledore.
Lupin levantou, pegou o medalhão, ajudou Sirius a se levantar também e estendeu o braço para que o marido se apoiasse nele. Os dois saíram e se depararam com James sentado no corredor contando histórias para Harry que estava quase pegando no sono.
James viu a expressão dos amigos mas preferiu não perguntar nada. Pegou Harry no colo e foi seguindo o casal. Entraram mais uma vez na sala de Dumbledore. Remus jogou o medalhão sobre a mesa do diretor e disse:
– Independente de quantas forem, uma já era.
Os olhos azuis de Albus brilharam debaixo do óculos. Sirius parecia estar voltando a si aos poucos e encarou Dumbledore.
– Onde encontramos as outras? – perguntou.
Dumbledore riu.
– Quem dera eu soubesse.
– O senhor não faz nem ideia? – perguntou Sirius que pareceu murchar com informação.
– Eu tenho algumas suposições, mas nada concreto.
Dumbledore recaiu os olhos sobre Harry encarando o menino com tamanha intensidade. Os Marotos se entreolharam inquietos.
– Professor – chamou James tentando captar a atenção do diretor.
– Perdão e...eu – o velho levantou os olhos para o James.
– Tem alguma relação com Harry? – perguntou Potter se agarrando mais ao filho que dormia em seu colo.
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What if...?
FanfictionE se (what if) os acontecimentos do dia 31 de Outubro de 1981 fossem diferentes? E se James Potter tivesse sobrevivido e se visse diante da morte de sua esposa, a criação do filho, a traição de um amigo e os desdobramentos do fim de uma guerra. Uma...