Proteção

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Pov Pepe

Enquanto deixei ela se acalmar no sofá, fiquei pensando no que eu poderia fazer pra ela se acalmar. Cancelei o chamado da polícia, porque ela me pediu por medo, e eu não queria desrespeitar ela nesse estado.

— Você fica bem pra mim orgazinar umas coisas lá encima? — digo olhando ela que ainda chorava,e quase não se mexia de dor.

Sabina: Se você não demorar,sim. — fica me olhando, encolhida no sofá, com medo e uma certa vergonha de eu ter visto o que aconteceu.

Eu  deposito um beijo na sua bochecha e subo pro quarto, deixo separada a caixinha de primeiro socorros,e antibióticos. Pego uma toalha, e uma roupa confortável, e deixo tudo fácil pra pegar. Não pensei ao certo se deveria ajudar a se lavar, se deveria chamar as autoridades pro bem dela, ou deveria fazer as coisas como ela quisesse pela fragilidade da situação. Pensei, e pensei de novo, e mudei várias vezes de idéia, e depois desci a sala já informando.

— Você vai querer ajuda pra se cuidar? — falo terminando de descer os últimos degraus da escada,e parando no final — Por que se você não quiser eu já deixei tudo organizado pra você..— olho pra ela que estava tão magoada, tão frágil. Cheguei perto dela e com cuidado,a coloquei sobre meu colo, feito um bebê,e a fiz carinho nos cabelos. E então começou a chorar. — Tá tudo bem... shhhh — fico fazendo carinho na mesma que parecia não se importar se eu a veria sem roupa ou machucada,ela só queria carinho, então lhe dei.

                                  ...
   Depois de um bom tempo no sofá, depois de muitas lágrimas também, tudo ficou menos pior do que antes. Sabina finalmente levantou sozinha,e se dirigiu lentamente pro quarto, não queria ajuda me disse. Então fiquei esperando ela na sala, mas atento a qualquer movimentação, ou barulho diferente.

  Resolvi dar uma geral na casa, arrumo os sofás, e resolvo fazer alguma comida, arrumo as coisas na mesa da cozinha.

Pov Sabina

Foi muito difícil tomar banho sozinha, mas eu não queria que o Pepe me visse daquele jeito, machucada e fraca. Então eu juntei todas as minhas forças,e tentei me lavar, não conseguia praticamente tomar minhas intimidades porque doía, minhas pernas estavam bambas, e eu só sabia chorar e chorar. Sai do banho enrolada na toalha, e me olhei no espelho. Destruída. Meu cabelo estava seco, fazia anos que eu não ia no cabeleireiro, meu corpo cheio de marcas, mordidas, eu estava mais magra do que o normal, meus lábios cortados, minhas olheiras a flor da pele. Eu não estava nem um pouco bem, tinha vontade de desistir.

   Sai do banheiro e vesti um moletom e uma calça moletom do Pepe, fiquei um tempo sozinha, pensando no que estava acontecendo, e depois desci e fiquei olhando o Pepe das escadas,sorrindo por ele. Ele era literalmente meu anjo. Ele estava ali no momento que se demorasse mais um pouco eu teria morrido por um estrupo violento.

—  Cheiro bom! — sorrio olhando ele — O que é?

Pepe: Você aí? — ele abre um sorriso no rosto — Sopa de galinha você gosta?

— Gosto! — me levanto,e vou até ele. — Mas só dá sua, ela tem carinho — sorrio e dou um abraço no Pepe

Pepe: Você tá melhor..— ele sorri me olhando

   Ficamos conversando,e conversando e pela noite, dormimos, eu na cama do Pepe, e ele no colchão embaixo. Ele tava tranquilo, dormindo, mas eu estava desesperada pensando que Bailey ia aparecer a qualquer momento.

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Dear Best Friend - PebinaOnde histórias criam vida. Descubra agora