fazenda

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Pov Pepe

Maritza: Mãe olha quem veio conosco! - minha mãe fala extasiada mostrando eu e sabina pra minha avó. Guardamos nossas coisas nos quartos de hóspedes, separados obviamente porque aqui infelizmente ninguém é sonso.

Sabina: adoro sua família! - sorri me puxando descendo as escadas - estão lá fora, você vem?

- porque a gente não aproveita que eles estão lá pra dar uns beijinhos? - sorrio sapeca puxando a mesma pela cintura

sabina: você gosta muito de brincar com o fogo - ri posando as mãos nos meus ombros - ainda não me acostumei a beijar você - rimos

- não vai dizer que é vergonhoso? - rio

sabina: não, é só diferente - me rouba um selinho e se afasta - hoje eu quero aproveitar a fazenda como os velhos tempos - sorri me puxando pro lado de fora.

Incrível que quando viemos pra cá sempre voltamos a ser crianças, independente de termos mais de 20 anos, parece que as coisas não mudam nunca. Fomos atrás dos meus pais e avós que estavam colhendo vegetais da orta

sabia: tia nona!! - sorri saltitando - será que a gente poderia dar uma volta nos cavalos? 

Nona: claro que podem queridos! - sorri - o vô do Pepe estará la por perto pra ajudar a preparar os cavalos pra cavalgada.

Correndo fomos até o celeiro, cada um de nós tinha o seu cavalo preferido, o de Sabina era un branquinho, desde pequena sempre adorou cavalgar no Lincon, nome que eu nem sei da onde ela tirou.

Cavalgamos pelas redondezas da casa até acharmos um lago onde a gente sempre tomava banho por conta do calor de 35°c que fazia nessa época do ano

sabina: será que essa água ainda é própria pra banho? - a mesma ri descendo do cavalo e o deixando amarrado em uma corda

- deve ser - rio e faço a mesma coisa, caminhando sobre o deck que meu avô fez para chegarmos até a área de banho.

Sabina pulou, nadou e eu só conseguia vê-la, sentei na ponta do deck com os pés dentro da água os balançado devagar. Ela parecia um peixinho de tanto que se movimentava, os cabelos já encharcados pela água, o rosto está limpinho, com um sorriso nostálgico transparecendo. Suas mãos faziam movimentos de abre e fecha na água e suas pernas balançavam ritmados com os sons dos passarinhos que cantavam perto de nós. Pulei na água lhe segurando pela cintura, sua camiseta já está a grudada na pele, depositei um delicado beijo pelo pescoço da mesma que se arrepiou inteira, eu senti.

sabina: que surpresa boa - sorri e vira-se pra mim depositando um beijo doce e calmo na minha testa. sinto suas pernas se fecharem ao redor das minhas pernas, e suas pequenas e ágeis mãos movimentavam-se sobre o meu peitoral - lindo! - senti sua respiração próxima, então fechei os olhos e senti seus lábios de encosto ao meu.

Uma alegria invadiu todo meu corpo, um calafrio gostoso me deixou arrepiado e tudo pareceu ter algum sentido, quando seus lábios encontraram os meus, depois de tanto tempo sem eles, somente então eu descobri a falta que eles me fazem. Mexi os lábios delicadamente. Me perdi naqueles lábios carnudos, a vontade de morde-los vinha a todo segundo.

Por Deus, como eu quero essa menina.

Nossas línguas brincavam uma com a outra, se entrelaçavam, se encontravam, enquanto meus braços a prendiam comigo. Senti meu coração transbordar de felicidade, algo que a muito tempo não acontecia, uma sensação que eu não conseguia mais trazer sozinho.

Eu precisava cada vez mais senti-la perto de mim, sentir seu corpo no meu. Era algo louco, uma vontade fora do normal de beijar cada cantinho dela. Porém eu sabia que precisava me conter, então somente terminei o doce beijo com um delicado selinho.

Pov Sabina

Meu coração bateu descompassado quando ele sorriu, foi algo que nem eu sei direito porque me atingiu tanto, porém foi o que faltava para eu colar os lábios nos dele mais uma vez, sabendo de todos os riscos, de todos os poréns...

Senti um medo de novo, como se eu fosse viver ou presenciar todas as coisas ruins que passei no relacionamento anterior. Me afastei, mas Pepe parecia ler meus pensamentos, ele se aproximou de mim e me trouxe para os seus braços, acariciando minhas costas, sem dizer nada eu já sabia que ele estava sempre ao meu lado, me amando incondicionalmente em todas as fases da minha vida. Cada diz que passava eu tinha mais certeza de que o queria, e da maneira que me tratava eu sentia que estaria pronta antes do que o esperado para amar novamente.

Bloqueei todos os pensamentos negativos que ainda estavam por vir e me permiti sentir esse momento,abri os olhos e me vi aninhada nos braços de Pepe, porém o agradeço por isso. Seus lábios, apesar de urgentes, eram calmos e doces. Sua mão fazia um carinho confortável em meus cabelos e nossos lábios se separam, após mais um tempo unidos, me atrevi a depositar um último beijinho sobre os lábios carnudos e macios de Pepe que, para minha sorte, foi retribuído. Abri os olhos, ele fez o mesmo. Notei que seus braços ainda envolviam meu corpo. Minha respiração estava pesada, assim como a dele, vi o canto de seus lábios manchados pelo meu resto de gloss, com a ponta do dedo o limpei, Pepe virou o rosto e deu um beijo em minha mão, então voltou a me encarar com aqueles olhos lindos castanhos.

- acho que devemos voltar - suspiro soltando-me de seus braços - as estrelas já estavam brotando no céu - sorrio.

Voltamos nos cavalos, depois guardamos os mesmos e retornamos a casa, levamos bronca da tia Maritza por estarmos imundos e cheios de barro. Tomei um banho quentinho vesti meu pijama e deitei na minha cama. Eu sou uma pessoa que costuma pensar bastante, ainda mais depois de dois anos presa sem poder me expressar as situações viraram pensamentos, então o que me restava era pensar e pensar. A noite estava a cair, agarrei uma almofada e a abracei forte na tentativa de sentir-me menos sozinha. Escutei passos próximos da porta e me ajeitei direitinho na cama para receber quem adentraria a porta.

Pepe: oi - ele sorri adentrando a porta - vamos descer pra comer?

- oi - sorrio - tô sem fome.. - resmungo

Pepe: aconteceu algo? - senta ao meu lado - hum? - ele pega minha mão

- não - nego com a cabeça - só vem uns pensamentos dolorosos e negativos na minha cabeça - fito seus olhos - prefiro ficar sozinha se você não se importar...

Me doía deixar ele ir, mesmo sabendo que ele queria me fazer bem e me ajudar. Mas eu penso que temos momentos que queremos ficar sozinhas e outros não, e eu creio que ele tenha que me respeitar nessa decisão. E respeita, sou grata por isso.

Pepe deixa o quarto sem dizer nada, eu sabia que no fundo ele ficava chateado com isso mas ele também entende meu lado.  Me arrumei abaixo das cobertas e apaguei as luzes, queria dormir para o dia seguinte ser melhor.

Pov Pepe

Não posso negar que não fiquei chateado em ser mandado embora do quarto da Sabina, eu queria ajudar queria dizer coisas bonitas pra ela mesmo que não cure toda a dor dela, mas pra ela saber que estarei sempre ao seu lado. Desci jantei e voltei pro meu quarto e apaguei rapidinho.

Dear Best Friend - PebinaOnde histórias criam vida. Descubra agora