Línguas dançantes

337 21 10
                                    

Pov Sabina

Aquilo não era simplesmente um beijo, encostar a língua na dele, se arrepiar todinha e deu. Era muito mais que isso, era como se estivessemos nos conectando a cada troca de saliva que dávamos, como se meus medos e angústias fossem embora e só me restasse ele ali, de bom. E eu realmente não precisava de mais nada quando estava ao lado dele.

— Isso é até engraçado - dou uma risadinha, olhando os olhos dele. - A gente a poucos anos comentava como era nojento beijar alguém - rimos

Pepe: Depois que crescemos mudados os conceitos de muitas coisas - rimos - Inclusive dizer que estou perdidamente apaixonado por alguém. - sorri. Me pega nos seus braços, me aninho no seu peito e o mesmo faz uma pequena carícia sobre meu rosto, me cuidando,e me dando amor.

— Tudo o que eu preciso..- me sinto uma criança de novo, aconchegada nos braços dele, lotado de amor e carinho. - Eu te amo tanto! - sorrimos em sincronia,e quando vi, nossas línguas já dançavam juntas novamente, meu corpo já estava em alerta, e minhas mãos passavam por seus cabelos macios. O céus como eu o quero pra mim. Chupei- o os lábios, e a língua, e desci minhas mãos por seu peitoral malhado,e sorri sapeca.

Pov Pepe

Quando a noite vinha a cair, nos despedimos um do outro, meu coração se apertou em deixá-la apenas por algumas horas até o outro dia de manhã. Entrei na cabana e Noah estava a tocar sua guitarra, uma altura que por deus.

— Urrea vai dar onze da noite,e você tá com essa porcaria ligada! - tranco a cabana e me atiro na cama

Noah: Pensei que ia voltar de bom humor - bufa - Ela te deu um fora já? - rio.

— Muito engraçado - rio irônico - Já sinto falta

Noah:  Deixa disso, você a viu não tem cinco minutos - diz arrumando os instrumentos de volta, e atira um travesseiro em mim, e rimos.

Depois de um tempo, Noah dormiu,e eu fiquei deitado pensando nela. Os cabelos, os olhos, o corpo, a boca, o beijo, tudo nela é tão perfeito, impossível resistir a um ser tão lindo como ela.
Fechei os olhos mas não conseguia pensar em nada que não fosse ela, e aquele rosto, delicado e perfeito. Abracei um travesseiro,e depois de muito tentar consegui pegar no sono.

Pov Sabina

Entrei na cabana e Sina estava igual a uma vigia de rua me esperando. Levei um susto pondo a mão no peito.

— Quer me matar - ligo a luz,e ela ri, vindo até mim - Boa noite pra você também Deinert

Sina: Eu estava ansiosa pra saber - ri me fazendo sentar na cama - E você sabe que uma Sina curiosa não quer guerra com ninguém - concordo com a cabeça e rimos. - Anda, conte!. Após contar tudo o que aconteceu, e mais um pouco, deixando Sina tonta de tantos elogios..
— Viemos até às cabanas, e nos despedimos com um beijo - sorrio involuntariamente

Sina: E você já se sentiu atraída por ele? - diz me olhando,curiosa
— Isso é muito cedo, Sina - me levanto pra vestir um pijama - Mas sim.

Vesti o pijama,e me deitei, Sina lia algo no seu celular, me cobri toda,e abracei o travesseiro. Pensando nele por bastante tempo, finalmente pego no sono pela madrugada.

O dia amanheceu tão bonito. Não sei se era minha felicidade ou porque estava lindo mesmo. Peguei meu celular e decidi fazer uma postagem no meu instagram. Tinha tirado umas fotos bem legais em um local do acampamento,e agora queria ver a reação do Pepe, se ele ia curtir, comentar.

Ao meu auge de felicidade, levantei radiante, antes do despertador, vejo Sina dormindo e a deixo ali. Me dirigi ao armário e não me dei ao luxo de me ajeitar muito hoje,  porque eu usaria um vestido de gala em uma fazenda? Com uma blusa, calça , tênis e os cabelos presos pela metade, passei um pouco de maquiagem pelo rosto. Pronta!

Depois de mais ou menos uma hora, Sina e eu fomos pro café,estava cheio, mas não vimos nem Noah e nem Pepe, até voltamos pra cabana e nada deles.

...

Pela tarde estávamos arrumando nossas coisas pra voltar pra Los Angeles, confesso que sentiria falta desse lugar, e medo do que viria. Eu e Sina estávamos na pequena fila que se formava para por as malas no ônibus.

Sina: E você vai sentada com ele? - diz me olhando.

— Eu vou esperar ele me chamar - rio. - Sina eles estão vindo - fico nervosa e me viro de costas, pra não o ver de cara. Sinto dois braços grandes e fortes me abraçarem e os reconheço pela pulseira vermelha que estava presa em seu pulso. Sorrio involuntariamente,e seguro as mãos dele.
— Que abraço gostoso - sorrio - Tava com saudades de você - me viro o olhando de perto, e nossos lábios se encontravam, nossas línguas não, porque estava todos nos vendo. Me afasto e deposito um beijo na bochecha do mesmo,que sorriu.
Pepe: Vai me fazer companhia? - diz em relação ao ônibus, e sorri

— Quer que eu faça? - passo meu polegar por sua bochecha,e ele assentiu e sorri - O que fez hoje?

Pepe: Arrumamos nossas coisas e fomos dormir um pouco - sorri sem mostrar os dentes.

...

Dear Best Friend - PebinaOnde histórias criam vida. Descubra agora