Dear Best Friend - Pebina

Nostalgia

Pov Sabina

Aquele dia passou que foi uma maravilha, nem se quer tocamos no assunto da noite passada. Eu não sabia que precisava de um dia todo deitada com um ‘dengo’ e muito amor e carinho, até ter um dia desses, e hoje digo que eles são os melhores dias.

Passou um tempo, perto de um mês mais ou menos, as coisas seguiram na mesma, escola, casa, a vezes casa do Pepe, jantas ,beijos. E como um flash, as férias chegaram, e como todos os anos fazemos, é ir passar duas semanas em Guadalajara com nossa família. Só de pensar que veria meus pais, minhas irmãs e minhas cachorras já ficava toda alegre. Pepe e eu decidimos não contar a ninguém o que tínhamos, até porque não tinha um rótulo para nós.

- E você tem certeza que pegou o passaporte? E sua identidade? – falo e certificando que Pepe tinha pegado tudo

Pepe: Já disse que sim, princesa – da uma risadinha com minha preocupação – E você? Me pergunta tanto mas certificou-se de pegar tudo?- ela ri.

Pov Pepe

Fomos até o embarque fazendo as coisas chatas de aeroporto, dormimos o voo inteiro por estarmos exaustos. Chegamos em Guadalajara no meio da tarde, Ale, mãe de Sabina viria nos buscar, enquanto isso ficamos olhando as coisas com uma enorme nostalgia, dava pra ver nossos sorriso radiantes e de criança de volta em  nossos rostos.

Estava vendo umas malas pra comprar, já que a minha estava a centímetros de arrebentar. Sinto dois braços pequenos e conhecidos envolverem meu quadril, e sorrio.
- Saudade? – rio

Sabina: Não, é que a gente vai ter que passar duas semanas sem se beijar – revira os olhos – e vai ser difícil – faz bico

Pepe: A gente da um jeitinho..-lhe deposito um selinho nos lábios – Mas se não dermos.. eu posso te dar o último agora? – sorri, e concorda com a cabeça. Me virando, fitando-a nos olhos, puxo seu queixo fazendo-me olhar, e encosto nossos lábios, imediatamente sinto uma corrente elétrica atravessar todo meu corpo.

Sinto o doce gosto do seu gloss. de melancia,  que carregava uma nostalgia no sabor. Suas mãos pequenas e delicadas ameigando minha nuca, enquanto sinto nossas línguas se encostam, mordo seu beiço para que pudesse conter o arrepio que seu toque me fazia sentir. Chupo sua língua pra dentro da minha boca, e só me certifico de ‘relaxar’ depois que ela se entregasse a mim. Nosso beijo era diferente, tinha amor, paixão, e nós nos conectávamos perfeitamente, quem visse, chamaria a gente de doido por dar um beijo tão -indecente- no meio do aeroporto.

Mas a gente não ligava, quando se tratava de nos aproveitarmos não ligávamos para opiniões alheias, apenas pro nosso amor. Termino o beijo com um delicado selinho nos pequenos mais carnudos lábios de Sabina. Sorrimos juntos.

Passou alguns minutos até a tia Ale chegar no aeroporto, conversamos enquanto esperávamos nossas malas. Elas muito tagarelas colocavam o papo em dia, no banco da frente enquanto eu ia vendo a vista da nossa majestosa cidade no banco de trás. Fomos pra casa da Sabina, e depois de muito conversar com todo mundo, organizar as malas, cada um em seu apartamento, que por felicidade ficava no mesmo prédio.

Estávamos sentados na mesa de jantar da casa de Sabina, ambas as famílias degustando um delicioso ‘Pozolone’, um prato típico mexicano, que Ale tinha feito para nós.

Ale: E seu namorado? – sabina largou, ou melhor deixou cair o seu talher, e todos olharam ela que engoliu seco e suspirou – Filha?

Sabina: Não estamos mais juntos. – deixa por assim só, olhando pra baixo.

Pov Sabina 

Estava tudo muito tranquilo até me perguntarem dele, alguém que eu não queria me lembrar estando em uma mesa de família, alguém que me causa pavor. Senti os olhos de Pepe em minha direção mesmo sem o ver, e senti também suas mãos acariciarem minha coxa por baixo da mesma como um sinal de compreensão. Agradeci mentalmente por isso.
No mais, o jantar foi agradável, rimos bastante, ficamos sabendo de algumas novidades, estava tudo primoroso. Ou quase. Minha grande vontade era selar meus lábios nos do Pepe e dizer a todos o quanto o amo... Mas não podia.