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Obviamente, Styles lhes deu uma carona para o Roses & Dagger. Louis tentava não sorrir junto cada vez que o maior sorria para algo que Niall dizia, ou nas poucas vezes em que Selena ria de algo que Styles havia dito, ele realmente era engraçado quando queria.

O casal estava no banco traseiro e Louis estava no carona, analisando da forma mais discreta possível a forma calma e natural que o outro dirigia, seus dedos sobre o volante e os olhos na estrada escura. Às vezes, seus olhares se encontravam e um dos dois desviava rapidamente, voltando o olhar à paisagem e fazendo comentários sobre esta.

— Podemos ligar o rádio? Fico ansioso em viagens sem música. — Niall reclama.

Styles assente tranquilo e leva os dedos ao painel, sintonizando alguma rádio aleatória, Louis se segura para não tomar o controle sobre isso.

— Oh, esta! Lou sempre chora com essa música! — Selena comenta. Para quem odiava Harry Styles, ela estava muito comunicativa, Louis quer matá-la.

— Você chora? Com música? — Styles murmura para ele, parece divertido, como se debochasse de Tomlinson.

Louis sorri envergonhado. — Sou um grande chorão. É meu ponto de emoção, tem pessoas que desenham, pintam, correm, cantam... eu choro. — Dá de ombros.

No carro apenas soa a conversa do casal no banco traseiro e a melodia pelos auto-falantes, só por isso escutou Styles falar, uma parte sua esperava que ele o fizesse:

— Eu escrevo. — Louis o olha, eles se encaram por segundos. — M-Músicas. Eu componho, é meu ponto de emoção.

Louis não quer deixar seu queixo cair, não quer agir exageradamente. Mas Styles está lhe contando coisas e o jeito de como falou soa como se fosse segredo, apenas dos dois. — Eu não sabia disso. Desde quando?

— Desde os dezoito, eu suponho.

— E quantos anos você fez hoje?

— Meio indelicado de sua parte, não acha? — Ele arqueia uma sobrancelha, o olhando rapidamente. Louis ri e revira os olhos. — Vinte e quatro. Entrei com vinte pois passei um ano viajando depois do ensino médio e o outro estudando em casa, sabe? Aprendendo, com minhas mães.

— Vinte e quatro.... então estes são seus últimos meses na Hill Lake. — Louis comenta, o outro assente, bate os dedos contra o volante.

— E depois mais três anos de especialização para Promotoria.

— Você quer ser Promotor?! — Louis o olha. É demais para ele.

Styles sorri. — Não esperava por essa, não é? Achou que me tornaria aqueles advogados babacas e ricos que trabalham apenas para gente babaca e rica. — Tomlinson nem tentou se defender, o outro estava certo. — Mas e você? O que quer fazer? Medicina é muito ampla.

— É verdade. Também entrei com vinte, então ainda faltam dois anos, e mais o internato e residência em algum hospital escola para só então ser cirurgião de fato. Estou pensando seriamente em largar tudo e viver de arte.

Harry ri fraco, Louis vê suas covinhas, por deus, ele quer se jogar do carro, ou vai se jogar em Styles. — Acho que você pode ter o trabalho que quiser, no momento em que as pessoas o verem, estarão jogando dinheiro em você.

Tomlinson não sabe o que dizer, ele não conhece aquele Harry Styles em sua frente, que não fala como um duque vitoriano ou age igual a um rei. Ele quer pedir para que o maior deite em seu colo e deixe que faça trancinhas em seus cabelos. Ele quer que Styles diga novamente que o ama, se pergunta como reagiria agora.

pride & prejucide ▪︎l.s.▪︎Onde histórias criam vida. Descubra agora