Amor sem fronteiras - Livro 11 (Série Família Cavallero) [Concluído]

03. Romântica incorrigível

Na hora eu não sabia se ele tinha lembrado uma piada, se ele estava zombando ou se só foi impressão minha.

Na hora que ele perguntou se eu sou uma romântica incorrigível eu senti que ele estava prendendo o riso.

- Eu? Eu só gosto de ler e de escrever romances... - respondi de forma atravessada.

Para tentar quebrar o climão ele ligou o rádio e, para piorar o clima, estava tocando uma música bem melosa de romance.

Ficamos quietos durante boa parte da viagem, então, em um determinado momento, ele disse:

- Desculpa a minha atitude... Eu não acredito em romance, só isso...
- Nunca viveu um romance que te tirou do prumo? Que fez seu coração bater mais forte?

Eu fiquei parada encarando ele, então, depois de um tempo ele disse:

- Eu não acredito em um romance que te faz perder a razão ou em um amor a primeira vista, eu poderia muito bem ser considerado um cético romântico...

Ficamos quietos por mais um período, então ele passou por uma placa e disse:

- Bem vinda a Bauru...

Olhei em volta e vi que era uma cidade até que bem ajeitada para ser de interior.

Percebi que ele estava querendo perguntar alguma coisa enquanto dirigia pela cidade, então eu tomei a atitude:

- Tem mais alguma dúvida relacionada a mim?
- Como você sabe português? Você é muito fluente pra quem nasceu e morou no Canadá a vida inteira...
- A minha avó ensinou para todos os filhos e para todos os netos a falar, ler e escrever português. Todos sabemos falar muito bem.

Ele foi para um lugar bem legal e eu vi uma verdadeira mansão, era linda demais.

Quando achei que ele ia passar pela mansão, ele estacionou nela e me disse:

- Bem vinda a mansão Cavallero! Foi aqui que a nossa família começou...