Amor sem fronteiras - Livro 11 (Série Família Cavallero) [Concluído]

15. Você quer ir comigo?

Eu percebi o olhar dele quando me viu de baby doll, não era o olhar de um primo ou de um amigo.

Era um olhar de tesão e ninguém tinha me olhado assim antes.

Quando acordei no dia seguinte eu fiquei pensando no que tinha acontecido.

Ele era bonito. Até parecia gringo e estava sendo super legal comigo desde que eu desembarquei do avião, até agora eu não tinha sentido nada por ele, mas a forma como ele me olhou fez a minha coluna arrepiar:

- Sarah, ele é teu primo - falei para mim mesma.

Afastei aqueles pensamentos da minha cabeça, me levantei e fui tomar banho. Dessa vez tranquei a porta e já me vesti no banheiro mesmo.

Desembaracei o meu cabelo e fui para a cozinha. Encontrei o Pedro fazendo panquecas:

- Bom dia, dormiu bem?
- Melhor impossível.

Na verdade eu não tinha dormido bem, mas não foi por causa da cama ou de alguma coisa relacionada ao quarto:

- Teremos panquecas?
- Sim, com banana, canela e melaço.

Olhei na frigideira e as panquecas estavam com uma cara ótima:

- Onde você aprendeu a cozinhar desse jeito?
- Minha mãe me ensinou algumas receitas e outras eu aprendi enquanto morei na república.

Levantei as sobrancelhas. Tá aí uma coisa que eu nunca achei que fosse ter no Brasil: República.

- Você morou em república? - perguntei curiosa.
- Morei por uns anos, até a metade do último ano da faculdade.
- Eu não achei que tivesse isso no Brasil.
- Tem sim, mas a que eu morava foi meio improvisada, eu e mais seis amigos alugamos uma casa e fizemos dela a nossa república.
- Entendi...
- Você cursou o que?
- Administração na faculdade e fiz tecnólogo em playgame no SAGA.

Ele colocou as panquecas na minha frente e pareciam estar maravilhosas:

- Ei! A nossa prima vai casar no sábado, você quer ir comigo?
- Sério?
- Aham. Quer ir comigo?
- Claro...
- Eu sou um dos padrinhos.
- Legal.
- E agora eu tenho uma acompanhante - ele comemorou.