Amor sem fronteiras - Livro 11 (Série Família Cavallero) [Concluído]

12. Mansão nos ares

Confesso que ficar no apartamento do Pedro me deixou tensa, com certeza o apartamento seria menor do que a mansão Cavallero e seria a primeira vez minha em um apartamento.

Na estrada nós ficamos jogando a conversa fora e quando entramos em São Paulo ele disse:

- Bem vinda a megalópole cinzenta.

Estava um trânsito horrível e ele logo me explicou:

- Segunda e sexta o trânsito fica caótico.

Realmente tudo estava muito caótico e eu fiquei chocada quando algumas pessoas passaram a pé no meio dos carros vendendo coisas:

- Isso é normal?
- Tem que tomar cuidado, as vezes é bandido se passando por vendedor.

Assenti e fechei o pouco do vidro que estava aberto. Era a primeira vez na vida que eu moraria junto com um homem que não fosse meu pai e isso estava me incomodando de tal modo que acabou ficando perceptível:

- Você tá muito quieta desde que a gente entrou em São Paulo - observou Pedro.
- Só fiquei nervosa com a possibilidade de ser assaltada - menti.
- Com o tempo você pega o jeito.

Engoli em seco e olhei para ele nervosa. Foi só a gente chegar no centro da cidade que eu logo lembrei da April dizendo que todo brasileiro é tupiniquim. Como eu desejaria que ela estivesse aqui comigo...

Ele foi para um lugar cheio de prédios chiques e quando estava chegando em um ele colocou uma plaquinha no retrovisor.

Os seguranças viram o número e autorizaram a entrada dele.

Eu obviamente estava enganada. Aquele prédio não parecia ter apartamentos pequenos, pelo contrário, pelo tamanho das varandas pareciam ser mansões empilhadas, isso sim!

- Seja bem vinda ao meu apartamento, vulgo seu hotel pelas próximas semanas - ele disse assim que estacionou na vaga.