𝙄𝙢𝙥𝙧𝙞𝙣𝙩𝙞𝙣𝙜 • 𝑫𝒆𝒎𝒆𝒕𝒓𝒊 𝑽𝒐𝒍𝒕𝒖𝒓𝒊

VAMPIROS

DEMETRI VOLTURI

A noite em Romênia com os guardas havia sido ótima pra me distrair, mas não podíamos demorar tanto pois Aro precisava saber da notícia. Quanto mais rápido descobrirmos o que os russos estão tramando, melhor. Nunca gostei de nenhum deles, sempre se sentiram superiores mesmo sendo nós a realeza dos vampiros. Aquele Dima é o meu maior ódio, se sente o maioral por também ser rastreador e se esquece que EU SOU O MELHOR RASTREADOR DO MUNDO. Não tem como competir comigo. Chegamos na Volterra e seguimos direto pra sala branca para dar o relatório completo a Aro. Santiago empurrou a porta e encontramos os três reis sentados na mesa lendo seus livros antigos. Aro se virou rapidamente e correu até nós com os olhos brilhantes de quem espera algo bom.

— Mestre — falamos o reverenciando.

— Meus caros, como foi a missão? — Questionou juntando as mãos e olhou para cada um de nós.

— Todos os recém-criados foram mortos, mas captei teor de dois vampiros em todos eles. Os russos Vanir e Dima, do clã de Nikolai. Ao que tudo indica foram eles os criadores, mas achei melhor comunica-lo sem agir com imprudência.

Aro ficou calado por um tempo, seu olhar estava perdido e me perguntei o que pensava naquele momento. Até ele assentir.

— Bom trabalho, rapazes. Quanto aos russos, irei contatar Nikolai primeiro. Soube pelos indianos que seu clã está crescendo mais que o normal, e isso pode ser uma ameaça para nós. Até lá, estão dispensados. Mas fique sempre a posto, General. Posso precisar dos seus serviços a qualquer momento.

— Sim, mestre — fiz um último aceno com a cabeça antes de sair da sala branca ao lado dos outros guardas.

— Irá retornar a Forks? — Santiago indagou e assenti.

— Não irei te acompanhar, General. Se os russos estão aprontando algo, é melhor que ao menos eu fique no castelo, apesar de terem Renata aqui. Minha irmã já está fora e assim os mestres ficaram ainda mais desprotegidos — disse Alec — Mande lembranças a primeira dama.

— Tudo bem, irei mandar.

— E vê se resolve as coisas logo com ela, não vale a pena ficar brigado por tanto tempo com uma mulher daquelas — Felix disse dando um sorrisinho.

— Concordo, mas olha lá como você fala hein — semicerrei os olhos pra ele que ergueu os braços em rendição.

Senti o teor da pessoa que eu não queria ver naquele momento correndo pelo castelo, até aparecer no mesmo corredor que nós. Heidi estava com seu vestido vermelho fatal, pronta para caçar os humanos. Ela me deu um olhar de puro ódio, mas não deixou de exibir um sorriso sedutor. Eu quis vomitar no salto preto dela.

— Boa noite, General. Que surpresa vê-lo aqui sem seu cachorro de estimação — provocou. 

— Boa noite, Heidi. O único cachorro aqui é você.

Ela rosnou e Alec riu escandalosamente só pra provoca-la mais.

— Vai se arrepender de ter me trocado por ela!

— Pelos céus, mulher. Supera! — Felix revirou os olhos e Heidi saiu andando violentamente. Louca, uma obcecada. Mas que fique bem longe de mim.

Balancei a cabeça em negação e fui atrás de Gianna para pegar meu passaporte de volta para Forks. Eu estava louco para ir embora.

                           [...]

Eu nunca achei que ficaria tão feliz de voltar para a cidade pacata, mas por mais que eu não admita em voz alta, eu senti falta de Aylee. Eu contava em encontrar ela em casa, mas um perfume fraco invadiu minha narina e meu corpo erijeu. O cheiro doce de dois vampiros que haviam estado ali, e pelo cheiro estar fraco significa que haviam estado ali a horas atrás. Retirei o celular do bolso e comecei a ligar pra Aylee, E não demorou muito pra ela atender.