15_ Só com você.

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Maya Ferreira

... - Tira o seu cano da minha bunda.

Lembra que eu me perguntei se o Jubileu do Matteo era tão grande quanto parecia no meu sonho?

É...

- Foi mal. - Falou ele se ajeitando mas ainda me abraçando pela cintura enquanto eu olhava em volta à procura das minhas melhores amigas.

Elas foram embora.

Que amigas...

Depois vão querer ficar me ligando de madrugada pra chorar por macho.

Aonde já se viu chorar por macho?

Falando nisso... Faz tempo que as duas não me falam de macho nenhum.

Que estranho.

Acho que as piranhas decidiram se converter.

Espero que elas não tenham ido para o mesmo convento que o Ethan.

- Você vai ter que me levar, as minhas amigas foram rodar bolsinha. - Falei andando e o Matteo me seguiu.

- To achando que você apenas tá procurando motivos para ficar perto de mim.

- Até parece. - Ri debochada tentando esconder a minha vergonha.

Eu fico nervosa perto dele.

Agora me pergunta o motivo.

Calma, não pergunta não porque nem eu sei.

- Talvez você esteja apaixonada por mim... - Sussurrou.

- Nem fudendo! - Olhei pra ele alarmada.

Ele me olhou com um sorriso de canto e eu revirei os olhos começando a andar mais rápido.

Cheguei rapidamente até o seu carro e entrei no mesmo seguida do Matteo que suspirou profundamente se virando pra mim assim que sentou no carro.

- Então você não tá apaixonada por mim? - Se inclinou na minha direção e inevitavelmente os meus olhos caíram sobre a sua boca rosada.

- Na... Não. - Falei firme após gaguejar oque fez o Matteo rir.

- Ta bom então. - Debochou.

EU NÃO TO APAIXONADA POR ELE.

- Eu prefiro andar a pé do que aturar você. - Falei cruzando os braços e fechando a cara.

- E quem ta te impedindo?

Esse garoto pode pelo menos tentar seguir o roteiro?

Essa é a parte que ele dá o jeito dele para ajoelhar no carro e pede desculpas por me irritar todos os dias.

- Tu quer que eu enfie a mão no teu cu seu cabeça de piroca? - Olhei pra ele com raiva.

De repente o mesmo começou a tirar a calça e eu arregalei os olhos parando ele.

- OQUE... Oque você ta fazendo? - Olhei pra ele severa e ele me olhou inocente.

Ele tem aquele olhar de cachorro que te faz dar todo seu hambúrguer pra ele.

Combina com o Matteo, já que ele é um cachorrão.

- Você falou que queria enfiar a mão no meu cu uai. - Subiu as calças novamente.

Eu me arrependi profundamente por não ter aproveitado a chance de ter dado um socão nas bolas dele.

Ou pelo menos ter confirmado a minha teoria que ele é o mais novo Kid Bengala.

- Você realmente é um idiota não é? - Olhei pra ele com a maior confusão nos meus olhos mas não pude evitar rir.

- Só com você. - Piscou pra mim e se virou pra frente ligando o carro.

Eu ainda encarava ele tentando processar oque estava acontecendo.

Dei um sorriso de leve me virando para frente e apertando o cinto de segurança do carro quando senti o olhar do Matteo sobre mim.

- A gente vai sair daqui ou não? - Peguei meu celular vendo a hora nele.

20:20.

Não sei nem como o meu pai nem o meu irmão não estão atrás de mim correndo com uma madeira na mão para me levar para casa.

Parece que o meu pai confia mais nos amigos dos filhos do que nos próprios filhos.

Mal sabe ele que o Matteo é um drogado sem droga.

Ou sabe?

Deve saber.

O Matteo praticamente vive lá em casa então o meu pai já viu cada palhaçada que parece até impossível que o Matteo ainda é permitido em casa.

- A gente vai passar na minha casa rapidinho, acho que os meus pais tão lá. - Falou tenso.

O Matteo não tem uma relação muito estável com a família.

Apenas com a irmã de 5 anos.

- Ta... - Concordei apreensiva.

[...]

O Matteo abriu a porta da casa dele me dando espaço para entrar e em seguida entrando também.

Ele fez o mínimo barulho possível e eu estranhei pois sempre que o mesmo entrava na minha casa chegava sempre com um "CHEGUEI TIO, TEM COMIDA?".

Além de não cagar direito, o Matteo tem um buraco negro no estômago.

Caminhamos pelo corredor da entrada dando de cara com a sala.

Na sala estava os pais do Matteo e a irmã de cinco anos com um tablet em mãos.

A coluna dela tava toda torta.

Que agonia.

Mas nem posso falar nada porque a minha parece de uma velha de 70 anos.

Eu tava me sentindo em um filme de ação ou em uma missão impossível por conta do silêncio desnecessário que o Matteo tava fazendo.

Em alguns segundos, a sala e provavelmente a casa toda foi preenchida por gritos que me fizeram pular e fechar os olhos com força para tentar me proteger.

continua...

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eu AMEI esse capítulo mas tem muita coisa no próximo que talvez oces me matem😃

-bea.

O Melhor Amigo Do Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora