A Chefe (Citrus)

Capítulo 27

Yuzu

Passei todos esses dias trabalhando bastante com Mei por causa daquela revista que tem como tema a família Aihara. Sinceramente, foram muitas coisas pra resolver... tivemos quase o dobro de contratos e arquivos, sem falar em toda a parte dos currículos que acabaram chegando para ficar no lugar do imbecil que tentou abusar de mim, e de mais dois rapazes que foram demitidos nesse meio tempo.

Com essa notícia, acabaram chegando centenas de currículos, e Mei pediu para eu analisar todos e selecionar os 10 melhores currículos da pilha.

"Ah Yuzu, aqui está uma lista do mínimo necessário, então seleciona pra mim 10 pessoas se baseando nisso". Fala sério, eu adoro fazer todo o trabalho que Ela me pede, mas isso é muito difícil!!! Cara, pelo menos 70% dessa pilha tem tudo isso que a Mei pediu e muito mais!!!

Ah... eu não vou conseguir nada reclamando. A Mei tá com muito trabalho e têm passado todos esses dias fazendo muita hora extra, então eu aposto que isso vai ser uma tremenda ajuda pra ela...

Parando pra pensar... hoje é quinta. Eu preciso dar uma resposta pra ela.

Eu passei os últimos dias pesquisando muito sobre Isso, e pra falar a verdade essa coisa toda de bdsm me interessou, mas eu ainda não tenho certeza se assino o contrato. Tem algumas coisas ali que eu realmente não quero.

Espera, estava escrito no contrato...!

(...)

O sinal dás seis da tarde soou e, após arrumar minhas coisas, eu fui direto para a sala de Mei. Hesitei por alguns segundos em bater na porta.

Coragem Yuzu! Soltei um suspiro longo e, com o pouco de coragem que brotou em mim, bati na porta.

- M-Mei! Sou eu, posso entrar?

- Sim - Abri a porta com cuidado e entrei - O que deseja?

- Eu vim te dar a sua resposta - Digo me sentando na sua frente.

- Oh, foi mais cedo do que eu esperava. Fez seu dever de casa?

- Sim, eu pesquisei muito e pensei muito a respeito.

- Olha Yuzu, não quero que tome nenhuma decisão sem ter 100% de certeza. Se precisar de mais tempo, eu posso ceder.

- Não, eu já tenho certeza - Afirmo.

- E então...? - Ela apoia seu rosto nas suas mãos.

- Seguinte, você disse que poderíamos negociar os termos, então é isso que vamos fazer! - Praticamente grito em nervosismo tirando o contrato de dentro da bolsa e o colocando na mesa de uma vez - Tudo que estiver riscado aí é o que eu não quero!

- Ah, ok - Ela pega o mesmo e começa a folhear atenciosamente - ... É uma pena não termos anal nem caçadora, mas não tenho nada a me opor aqui. Eu também já esperava que você não fosse querer a escravidão. Enfim, se for apenas isso eu vou... oh - Quando Mei folheou a última página para que eu pudesse assinar ela viu a assinatura ali, e então se surpreendeu um pouco - Você assinou sem receber sua aula experimental.