Capítulo 30

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Na cabeceira do berço também havia o nome dela , da criança , eu não conseguia chama-la de filha , meu coração ainda estava fechado , era tão difícil aceitar que dentro de mim estava crescendo algo tão pequeno , uma vida. Arthur me mostrou as roupinhas dela , vestidinhos , macacãozinhos e outras peças e fazia planos pra quando ela nascesse.

Arthur
- Não são lindas? - Sorrio , olhando tudo.

Lua
- Sim , são.. - Olho ele.

Arthur
- Mal posso esperar , pra que ela esteja aqui. - Sorrio , guardando.

Lua
- O que fizeram com o Arthur que conheci. - Olho.

Arthur
- Acho que esse é o meu lado pai , e talvez seja a melhor parte de mim. - Olho o quarto.

Lua
- Pensei que nunca veria algo assim.. - Digo seu rosto com os olhos.

Arthur
- Esse bebê está me mudando de alguma forma. Nunca pensei que fosse amar tanto alguém que eu nem se quer conheço. Luh , é a nossa filha , tem ideia do que isso significa? - Me aproximo.

Lua
- Significa que eu não estou preparada. - Olho ele.

Arthur
- Ninguém está , mas vamos nos sair bem. - Acaricio sua barriga.

Lua
- Mas eu.. - Ele me interrompe.

Arthur
- Só sinta.. Deixe ela te conquistar , ela está dentro de você , não é possível que não sinta nem um pouco de afeto. - Olho em seus olhos.

Lua
- Eu não sei , eu.. - Suspiro.

Arthur
- É de tempo que precisa? Vou te dar , mas pense melhor.. É um bebê , que ao nascer só vai depender de você. - Beijo sua boca.

Lua
- Tá.. - Olho ele.

Arthur
- Fica um pouco aqui.. - Sorrio e saio.

Lua
- Arthur.. - Olho ele e suspiro.

Eu sei qual é a dele , me deixou aqui pra tentar me convencer do jeito mais emocional possível a aceitar a nossa filha , espera! Eu falei " Nossa filha " eu odeio ter que concordar que tudo isso é muito convincente , mas eu ainda não consigo aceita - la , não nessas condições , ela veio em um momento tão conturbado da minha vida que eu não tenho tempo pra pensar nela.

Joana
- É lindo , né?! - Falo da porta.

Lua
- É.. - Suspiro e olho a janela.

Joana
- Ele que foi pessoalmente escolher tudo. E quem diria que o senhor Arthur teria um lado tão fofo. - Sorrio.

Lua
- Ou é só cena dele. - Olho.

Joana
- Não acho não.. Ele não esconde o que é , agora sua mãe.. - Olho.

Lua
- Ela não é mais minha mãe , essa pessoa horrível não merece ser chamada de mãe. - Falo com raiva.

Joana
- Tem razão , e acha que descontando na sua filha vai resolver as coisas? Ela é só um bebê , nem sabe que existe. - Olho ela.

Lua
- Dá pra parar com a lição de moral? Eu já cansei disso. - Vou saindo do quarto.

Joana
- Foi mal.. Onde você vai? - Vou atrás dela.

Lua
- Ver meu pai , será que posso? Ou vai ficar seguindo as ordens do Arthur e me seguir pra todo lugar? - Paro e olho ela.

Joana
- Não.. - Olho.

Lua
- Foi o que pensei.. - Dou de ombros e volto a caminhar.

Quando enfim , acho que vou ter paz , Arthur já chegou na minha frente e contou tudo pro meu pai sobre eu não aceitar esse bebê , fruto de uma grande confusão. E mais uma vez ganhei lições de moral , mas do meu pai era diferente , ele sabia conversar comigo , sabia muito bem como me conquistar. Suas palavras me traziam paz , esperança , eu me sentia segura quando estava com ele , e isso não troco por nada. Ele estava tão feliz quanto o Arthur e ao falar dessa criança seus olhos brilhavam e se emocionava como o pai da Luz , talvez eu devesse reconsiderar.

A Prometida - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora