— Sabe como cuidar de bebês, Yeonjun-ssi? — Soobin pergunta enquanto olha ao redor e se questiona o que deveria fazer agora.
Ele seguiu Yeonjun até seu apartamento, mas não tem a menor ideia do que deveria fazer.
Se sente desconfortável por estar no espaço de alguem que sabe não gostar dele, mas decidiu relevar tal coisa por conta da situação incomum na qual se meteram.
— Não tenho ideia.
— Estamos fodidos... — exaspera passando os dedos com brutalidade pelas suas madeixas levemente roxas.
— Aaargh, to com muita fome. — Yeonjun resmunga — Quer comer alguma coisa Soobin-ssi?
— Pra falar a verdade sim.
— Então eu vou fazer macarrão pra nós — diz ao entregar Yurin, agora calma, para os braços do mais novo.
Soobin desajeitadamente pega a criança no colo, tentando, no auge da sua falta de jeito, mante-la confortável. E a sua pequena luta continua por bons minutos.
Céus, ele nunca imaginou que carregar um bebê do jeito certo fosse uma tarefa tão difícil.
E alheio a batalha do mais novo, Yeonjun vai até a cozinha americana de seu apartamento e se põe a cozinhar.
Mas não pense que ele é o tipo de marido ideal, ou algum chefe. Aliás, ele estaria em apuros se Soobin rejeitasse seu macarrão, já que é basicamente só isso que ele sabe preparar.
Derrpente o choro escândaloso de Yurin se faz ouvir, para o completo desespero de Soobin. Quanto mais o garoto se balança e acaricia a pequena bebê, mais ela chora.
Soobin já estava prestes a chorar junto com ela quando Yeonjun chega, todo apressado enquanto seca suas mãos em um pano de prato, ele toma a bebê para os seus braços gentilmente.
Diferentemente do mais novo, ele faz Yurin se sentir confortável e em pouco tempo ela se acalma.
Ele balança seu corpo suavemente de um lado para o outro, vez ou outra sussurrando um "shh" baixinho para a menina.
Durante esse tempo Soobin se vê preso na imagem do mais velho tão concentrado em fazer Yurin se acalmar, as mechas loiras caindo sobre seus olhos felinos que miram somente o rosto rechonchudo da bebê.
Soobin não entende, como alguém que costuma ser tao frio e hostil pode ser tão bom em acalmar uma criança, e ainda parecer tão bonito ao mesmo tempo??
Porém antes que ele pudesse sequer chegar a uma resposta, um forte cheiro o tira de seus pensamentos.
— Yeonjun-ssi, isso... aH MEU DEUS! YEONJUN-SSI, A COMIDA!
Os olhos do mais velho se arregalam, fazendo par com os de Soobin, e sem demora ambos correm em disparada até a cozinha. Yeonjun ainda carregando Yurin nos braços, e Soobin deixando diversos tropeços pelo caminho.
Yeonjun logo desliga o fogo e ambos se recostam na parede do cômodo, agora preenchido pelo cheiro de queimado. Encaram com derrota o macarrão praticamente tostado, até que Yeonjun solta a primeira risada.
Para Soobin, o som tão doce que sai da garganta do vizinho é mais uma das surpresas do dia, mas deixa suas apurações para outro momento e se perimite rir sinceramente da bagunça que fizeram.
— Acho que vamos ter que pedir comida — Yeonjun constata, ainda divertido.
— Podemos pedir da loja de conveniência, eles também vendem fraudas.
— Certo, acho que também precisamos de lenços umedecidos... Mais alguma coisa?
— Acho que não — pondera, ajeitando as mechas roxas com os dedos longos.
Pedidos feitos, os dois garotos agora se encontram olhando para a bebê fofa, que descansa serenamente na caixa que lhe serve de berço improvisado.
Yeonjun ajeita a manta cor de rosa para que cubra melhor o corpo de Yurin e deixa uma breve carícia em suas bochechas gordas e rosadas, enquanto isso Soobin verbaliza o questionamento que não deixa sua cabeça
— Devemos entrega-la a polícia? Não sabemos se a mãe dela realmente voltará.
Yeonjun começa a pensar, o futuro que aguarda Yurin se a entregarem pra polícia é um futuro como órfã, e isso é algo que não deseja a criança alguma.
— E se a mãe dela realmente voltar? Esse não seria o melhor para ela?
— Provavelmente, ou talvez não. A mãe dela pode ser uma desnaturada, afinal a deixou aqui praticamente a própria sorte.
— Sim, mas ela até que tomou cuidado em deixar a cesta bem quentinha para a Yurin, então não acho que seja tão desnaturada assim.
Inconscientemente Yeonjun leva seu polegar a boca e começa a mordiscá-lo enquanto tenta achar una saída para a situação.
— E se fizermos assim — Soobin se manifesta após algum tempo — cuidamos dela por três semanas, se a mãe dela não vier buscá-la a entregamos as autoridades. Mas se ela aparecer e não parecer apta para criar a Yurin, nós não a devolveremos.
O mais velho toma alguns instantes avaliando a proposta, então um sorriso começa a crescer em seu rosto, tão natural que ele sequer percebe.
— Ok, vamos fazer assim — em seguida ele completa em tom divertido — mas estamos nessa merda juntos, não vale fugir quando perceber que não é fácil.
Quando estende sua mão para Yeonjun, Soobin deixa que um sorriso nasça, iluminando todo seu rosto.
— Eu prometo, Yeonjun-ssi!
Para a surpresa do próprio, Yeonjun não hesita e logo aperta a mão de seu vizinho, dono dos olhinhos miúdos que agora estão mirados na sua imagem enquanto ele esbanja uma alegria quase inexplicável para tal situação, mas que também atinge Yeonjun.
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tenho tanto talento na cozinha quando o junni e vocês?
solto o próximo capítulo na quarta, me sigam pfvr porque eu posto umas perguntinhas relacionadas a fic no meu mural.
até a próxima <3
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Surprise Box! • yeonbin
FanfictionOs vizinhos Choi não tinham lá a melhor das relações, mas são forçados a mudar isso quando ambos escutam um barulho incomum no andar que dividem, se vendo sem saída a não ser colaborarem. ❝ O mais novo pega o bilhete da mão do vizinho e sua face se...