XV

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Piscou e eu voltei hehehe
OI GENTÊ {Gizelly voice's} BOM DIA!!
Gostaram do capítulo anterior?
Eu amei a interação de vocês no capítulo anterior e resolvi postar agora cedinho!!
Vamos para mais um capítulo
Votem bastante e comentem também, amo interagir com ocês♡
Laris_D

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MONTHS

O primeiro mês passou que eu nem senti, eu nem sabia. Foi o mês mais fácil, mas em compensação quando eu soube tudo desmoronou sobre a minha cabeça, tudo passou por uma reviravolta e saiu do lugar me deixando extremamente perdida.

Começar o segundo mês nessas condições  foi péssimo, não tinha a menor ideia do que fazer ou onde ir. Me instalar na nova "casa" foi a parte menos pior, se é que devo chamar um local com somente um cômodo e um banheiro assim. Marcela me ligava pelo menos uma vez por dia e Gizelly passou a me ligar em quase todos, ninguém contou à ela o ocorrido, ninguém atrevia a se meter nessa história; na cabeça de Titchella tudo estava bem, eu estava fazendo administração, realizando o meu sonho e morando em uma república. Era difícil para mim ouvir todas as coisas boas que ela estava fazendo, que ela estava vivendo; e saber que eu poderia estar participando de tudo me doía no peito; mas mesmo assim eu procurava me sentir feliz por ela. Às vezes ela deixava escapar algo sobre Ivy, tudo parecia estar realmente bem para as duas. Na primeiras semanas desse mês Mar, Bia e Robs tentaram me convencer a voltar, só que a vergonha era maior, eu me sentia pequena perto de todos eles, me sentia inferiozada, fora que a sensação de me olharem com pena me causava repulsa. Eu não tinha ninguém por perto, embora ainda estivesse na Flórida e o sentimento de solidão me espancava todas as noites até que toda a dor se transformasse em lágrimas. Os enjoos se tornaram intensos e nada parava no meu estômago; minhas economias estavam acabando, eu preferi pagar pelos próximos dez meses de aluguel para não correr o risco de ter que ir pra rua. Então a busca começou, rodei todos os lugares possíveis em busca de algum emprego, mas lugar algum me aceitava por ser jovem e inexperiente e eu já estava entrando em pânico. Com a grana curta e como tudo o que eu comia ía para fora, acabei me privando de algumas refeições, mas nada que me fizesse muito mal, apenas pulava algumas delas. Mas é como dizem "Saco vazio não para de pé!", minha imprudência acabou ocasionando alguns desmaios. E então chegou o natal, foi a noite mais difícil de toda a minha vida, eu sempre adorei o natal, sempre foi a minha época do ano favorita e me ver sozinha naquele dia foi a destruição de mais um pedaço de mim, os meus natais nunca mais seriam os mesmos. Eu havia me oferecido para trabalhar na recepção da pensão para que a dona pudesse passar a noite com a família é no ano novo a mesma coisa, em troca, ganharia o direito a algumas refeições na pensão. Meus avós tinham uma crença de que era importante comemorar o ano novo e de garantir estar o mais feliz possível durante a virada do ano porque como você estivesse seria um resumo de como seria o restante daquele ano... Então basicamente o restante daquele meu ano seria triste, cheio de dor, solidão e lágrimas.

No terceiro, todas as minhas economias se esgotaram e meus pés já estavam calejados de tanto andar a procura de algum emprego. Foi um dos meses mais difíceis, o mal estar estava sempre pensente, eu estava mais magra embora tivesse mais peito e minha barriga começasse a aparecer um pouco. A dona da pensão me ajudava com um almoço e jantar de graça, já que eu não tinha nem um dólar furado, para Marcela e Roberta tudo estava certo, eu simplesmente não sabia como contar como realmente as coisas estavam acontecendo, a vergonha me consumia. Deitar na cama à noite e saber que nada estava certo, nada estava no lugar e que em breve não seria mais apenas eu quem estaria passando por aquilo, e sim eu e um bebê, era desesperador. Pior ainda era saber que já me encontrava no terceiros mês de gestação e não tinha feito nenhum exame, além de não fazer ideia de como funcionava um Pré Natal e não ter dinheiro para pagá-lo. Me sentia cada dia mais esgotada física, mental é emocionalmente.

Quiet- Girafa VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora