Quiet- Girafa Version

IV

Oiii bebês, volteiiii. Oq acharam do capítulo anterior??? Me falem oq acharam... então, votem bastante e comentem. Oq acham de metas para atualizar os capítulos???
Bjs e obrigado❤
Laris_D
Of_jauregui

VAMOS LAAAA

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                  LOSE MYSELF

Já deveriam fazer duas horas que eu havia acordado e me mantinha na cama, mesmo depois de todos os remédios que Roberta trouxe, absolutamente tudo em mim doía. já tinha perdido as contas de quantas vezes tinha chorado por lembrar da noite passada. O relógio já marcava depois das dezoito horas e eu permanecia ali sem dar sinal de vida a qualquer um e a única que tinha permissão para entrar em meu quarto era a Ro e mesmo assim só porque ela perturbou minha paciência. Era certo que Marcela McGowan me mataria por sumir do baile e não lhe dar notícias, mas eu tinha coisas demais em minha cabeça pra me preocupar com isso. Minha irmã mais nova, depois de tanto tentar finalmente desistiu de saber o que houve comigo e eu agradeci aos céus por isso. Chega uma parte da nossa vida que tudo o que a gente precisa é do silêncio, da solidão, por que é assim que nós conseguimos finalmente parar para ouvir toda a confusão e gritaria que estão em nossa mente e coração. E foi ali, deitada naquela cama que eu finalmente entendi a guerra que meu cérebro travava contra meu coração, o último por sinal, era um idiota, mas um idiota do bem!

Carlos Santana disse que o bem mais valioso que se pode ter é um coração aberto.

Bom, o meu estava aberto. O problema é que quanto mais aberto ele está, mais expostos nós ficamos, mais vulneráveis e frágeis estamos perante alguém e é justamente por isso que precisamos ter plena e total confiança naqueles para quem o abrimos. Além disso é necessário ter entendimento sobre os seus limites e sobre os da outra pessoa. Eu estava completamente perdida e completamente dividida entre culpar a mim mesma e culpar Gizelly. Eu estava machucada, meu coração estava cansado e obviamente uma de nós duas tinha culpa, talvez eu por tê-la chamado para o banheiro, por tê-la atrapalhado e importunado; talvez ela por ter... Bom, na verdade a culpada era eu, porque ela só fez o que fez por culpa minha certo?!

Quem sabe, se eu não a tivesse chamado ainda estaríamos bem.
Mas nós estávamos mal? à essa altura eu já não tinha mais como pensar, analisar e chegar a uma conclusão com clareza. Só peço aos céus que curem a dor que sinto na alma e que apaguem a culpa que corrói o meu ser.

[...]

Exato um mês, Roberta e Renato me ajudaram bastante, minha mãe e meu pai também, mas de forma indireta. Eu ainda não havia me sentido bem para sair e encarar a vida e na verdade nem sabia se queria isso. Marcela já havia vindo aqui vários dias, os gêmeos sempre entravam no meu quarto rindo horrores contando o quanto ela estava enraivecida comigo. Meu celular, desde aquela noite, não havia saído do modo avião. A única pessoa para quem eu já havia contado o ocorrido era a Roberta, que a princípio ficou com raiva, depois chateada e agora ela está enraivecida novamente. Tudo o que eu fazia era dormir e, quando era obrigada, comer. Minha mãe já tinha brigado comigo umas cinquenta mil vezes só hoje, ela fica irritada sempre que sente que não sabe de algo importante da vida de seus filhos, mas eu honestamente não pensava em contar o ocorrido a qualquer outra pessoa além da Ro. Meu pai por outro lado, como sempre babão me deu muitas lições de moral, mesmo sem saber o que havia ocorrido me abraçou e chorou inúmeras vezes.

Na ultima semana eu melhorei, já saía do quarto e me comunicava, só não queria visitas e nem muito papo com ninguém. Hoje cá estou eu, jogada na cama, após um longo banho quente. Roberta e Renato estão deitados comigo, ele no celular e ela vendo televisão enquanto eu leio. A campainha tocou e segundos depois ouviam-se passos apressados na escada, provavelmente Kevin e Nick vindo dar algum recado, e realmente eram eles, o problema é que eles não traziam um recado, traziam uma Marcela um tanto quanto revoltada e enfurecida.