XII

297 50 26
                                    

Oi Gentê, a Margarida apareceu hehe
Em comemoração aos 98,75% da eliminação no macho escroto, vamos para mais uma atualização♡
Obrigado pelas quase 900 vizus♡♡
E obrigado as meninas que sempre comentando e favoritando (sou pessima com nomes).
Vamos para mais um?

                         ←°● ♧ ●°→

                        A NEW LOOK

POV Rafa Kalimann

- Muito obrigada! - Agradeci a July, a funcionária da farmácia que eu costumava ir.

- Por nada, Rafa, manda um beijo para a baixinha! - Disse sorrindo amigável.

Após conferir se todos os remédios estavam ali mesmo foram longos vinte minutos andando até em casa. Minha cabeça estava a a mil, Sofia estava bem, era uma menina esperta e feliz, mas todos os problemas de saúde me deixavam cada segundo mais preocupada, principalmente agora, por que dali dois dias ela começaria na pré- escola. Mas é como dizem: há males que vêm para o bem, não é mesmo?! Espero que esse seja um deles.

Dezessete andares até finalmente chegar ao apartamento, eram tantas sacolas com remédios que minha chave acabou por se perder naquela confusão. Alguns segundos depois finalmente ultrapassei a porta a fechando em seguida.

Foi naquele segundo que uma vertigem me atingiu, minha respiração falhou e o coração acelerou. Gizelly estava no apartamento onde eu moro; Gizelly não estava apenas no apartamento, ela estava com minha filha ao lado; e ela acabara de dar uma colherada de comida na boca da minha bebê.

Eu me lembro de ver aqueles quatro rostos me encarando, os milésimos de segundo passavam em uma lentidão absurda. Bianca e Marcela estavam claramente apreensivas, os olhos de Sofia brilhavam por eu ter finalmente chegado, e Gizelly? Bom, Gizelly continuava linda, depois de longos três anos ela estava lá, mas não podia ter escolhido momento pior para isso! Assistir àquela cena me levou a um universo paralelo onde eu e ela estávamos juntas sim, onde naquele aeroporto ela não me deixava, ela ficava e nós tínhamos uma vida saudável; assistir àquela cena me fez imaginar o quão corriqueira, cotidiana ela seria, me fez acreditar que esse seria o normal, onde ela alimentava a nossa filha enquanto eu não chegava com os remédios. Eu estava desarmada. Ali, parada na entrada de casa eu assistia àquilo como uma criança que acaba de descobrir a televisão.

- Mamãe!! - Ouvi-a exclamar animada, o sangue parecia voltar a circular, eu precisava agir.

- Droga! - Marcela sussurrou apoiando a cabeça nas palmas das mãos.

-  O que acha de comer com a dinda vendo televisão no quarto, meu amor?! - Bia indagou já se levantando e pegando o prato de Sofia que franziu as sobrancelhas ruivas.

- Vamos lá, eu ajudo! - Ma levantou pegando a pequena no colo que fez bico e eu já podia ouvir ser choro enquanto seguiam o corredor. Ela odiava ficar longe de mim.

Respirei fundo, os olhos fechados, o coração aos poucos voltando ao ritmo normal, eu estava me preparando, "Vamos lá Rafaella, três anos se passaram, você precisa superar isso!" eu dizia mentalmente.

Então lá estava eu novamente, a Rafaella que construí desde o nascimento de Sofia, eu não podia vacilar, eu não podia ser fraca. Não mais.

POV Gizelly Bicalho.

Observei-a ainda perplexa com a única palavra que havia escutado Sofia falar, minhas duas amigas se afastarem rapidamente em um corredor com a menina que antes eu brincava. Aos poucos fui direcionando a cabeça pra frente e a vi suspirar com os olhos fechados. O que raios estava acontecendo?!

Quiet- Girafa VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora