Quiet- Girafa Version

XIII

Voltei amores hehe
vamos para mais um?????
ME AMEM DEPOIS DESSE CAPÍTULO MARAVILHOSO KKKKKK
Vamos lá???

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     I THOUGHT I SAW THE DEVIL

POV  Gizelly Bicalho

"Aceitar uma traição, é trocar a paz pela eterna desconfiança." - Nátaly Seckler

Tem situações na vida que são engraçadas, principalmente na minha vida. Eu tinha o costume de ser inconsequente e irreverente, minha palavra sempre tinha que ser a última, eu era autossuficiente e individualista, sempre pensava em mim primeiro e depois nos outros, mas principalmente eu mantinha uma barreira que tinha o objetivo de machucar alguém profundamente antes que esse alguém pudesse me machucar. E foi justamente por isso que eu e Rafaella sempre nos encaixamos perfeitamente bem quando pequenas. Ela sempre foi quieta, pensava em todo mudo antes de pensar em si mesma, era influenciável, tinha um coração mole e principalmente, ela tinha o dom de perdoar verdadeiramente quantas vezes fosse necessário.  E eu sempre me aproveitei disso. Mas com o tempo isso mudou!

Marcela sempre foi nossa amiga, mas sempre estava brigando comigo tentando defender a Kalimann, sempre foi muito mais apegada à olhos verdes... Mas eu entendia afinal, Rafa sempre teve uma natureza muito mais delicada que a minha o que despertava nas pessoas o extinto de proteção. E foi assim que tudo mudou, Mc Gowan conseguiu mostrar para ela que as coisas estavam erradas, ela começou a amadurecer e a querer ganhar voz, logo bastou que eu desse uma bela mancada a deixando para trás e a trocando por outra para que Kalimann se transformasse em uma mulher.

E céus, era realmente assustador tê-la tão madura e tão diferente perto de mim. Por toda a minha vida eu sempre tive total controle na nossa relação e apenas com a possibilidade de que, naquele momento, ela pudesse ganhar o controle eu me senti ameaçada, mesmo que eu ainda soubesse que eu poderia moldar ela facilmente às minhas vontades.

Porém, foi quando eu voltei para casa depois daquele mês de férias que dei de cara com os meus maiores medos. É como sempre dizem, a vida se encarrega de por tudo no seu devido lugar.

Eu estava completamente extasiada com a ideia de finalmente estar iniciando a minha família, foi maravilhoso o primeiro mês, a melhor sensação que eu poderia ter. Era um sentimento tão magnífico que eu nem me sentia culpada por todas as palavras mal ditas para a minha - não mais - melhor amiga.

Foi quando o primeiro mês desde a minha volta se encerrou e o segundo chegou com tudo que eu decidi fazer uma surpresa para a minha futura esposa e o nosso futuro filho ou filha, eu decidi montar um documentário com cada mínimo detalhe da gravidez. Filmava até o respirar de Ivy pela noite, eu tinha total certeza que seria uma ótima mãe e eu me dedicaria aos dois com todas as minhas forças. Foi então que eu percebi que faltava algo, faltava saber como ocorreu a inseminação, qual foi o doador escolhido, as suas características, e todo o restante; e já que eu não poderia perguntar a Moraes para não correr o risco dela desconfiar e estragar a surpresa, resolvi recorrer à clínica onde todo processo foi feito.

Naquele dia saí mais cedo da faculdade para dar tempo de chegar antes que a clínica encerrasse o expediente e também para poder aproveitar o período que Ivy estava no estágio.

- Seu nome, por favor?! - A recepcionista perguntou sem me olhar.

- Gizelly Bicalho - Respondi sorrindo e ela levantou a cabeça gargalhando e se desculpando por perguntar, afinal já me conhecia há tempos. - Eu não tenho uma consulta marcada, mas a doutora Kimberly sabe que eu viria para trocar umas palavrinhas rápidas com ela!