Uma batida forte se fez presente em todo o cômodo quando a mão foi de encontro a mesa, nesse mesmo instante folhas foram arremessadas contra as paredes em tom escuro, deixando a sala que antes tinha um ar gracioso toda bagunçada. Katsuki descontava sua raiva em meio as suas papeladas, como pudera se deixar levar pela porra da cabeça, sabia que as vezes não pensava direito e acabava por fazer merda, agora se considerava um maldito estuprador, mesmo quando na verdade em sua concepção não tivera feito grande coisa.
- S-senhor... Por favor, se acalme... - O jovem Denki pedia enquanto encara toda a cena com preocupação, seu chefe desde que chegara na empresa não parecia nada bem, estava mais estressado do que o normal, mal tomou o café da tarde e isso preocupava o loiro mais novo. - Você não pode destruir a sa..- Teve suas palavras cortadas quando viu o homem apontar apara a porta, e mesmo que não quisesse simplesmente se curvou e logo deixou o cômodo, Bakugou precisava ficar sozinho para pensar em tudo o que ocorrera desde a decisão de comprar alguém, havia se enfiado em um enorme problema.
- Maldito meio a meio! - Disse entre ranger de dentes ao mesmo tempo em que se sentava em frente a sua mesa - Maldito leilão estúpido - mordeu com certa brutalidade seu lábio inferior antes de por mais uma vez socar a mesa envolto de vidro fumê em sua superfície - CARALHO! - uma rachadura de no máximo cito centímetros fora feito no canto lateral da mesa, fazendo o homem respirar fundo e abaixar a cabeça sobre a superfície escura. Sinceramente, nunca havia ficado tão irritado em sua vida, se tivesse recusado aquele maldito convite para o leilão talvez não estivesse nessa situação agora.
Um suspiro fraco fora solto depois de três minutos, o homem em questão de segundos levantou novamente a cabeça e se levantou daquela cadeira, indo em direção as folhas espalhadas pelo chão onde passou a catar uma por uma calmamente, precisava manter tudo organizado após seu show de raiva, havia entrado em uma fria mesmo, mas era Katsuki Bakugou, e iria resolver toda aquela situação, nem que para isso acabasse atrás das grades, o que seria difícil já que o contrato ainda estava claro em sua cabeça.
" As vontades do mestre serão sempre bem vindas perante ao produto, denúncias e intervenção policial não poderão acontecer. "
- Merda.. - O homem ditou em tom baixo ao se levantar com o amontoado de folhas no chão, não tardando a colocar todas sobre a mesa e por mais uma vez se sentar, precisava relaxar, precisa focar no trabalho e não em sua vida pessoal. Em um movimento rápido capturou o telefone preto sobre a base e apertou o botão em número um, não tardando para que sua secretária atendesse educadamente, fazendo o loiro respirar fundo e pedir para que a mesma chamasse Deki, após simplesmente desligou o aparelho e voltou a abaixar a cabeça na mesa.
- Senhor... Aqui estou - Ouviu a voz trêmula de seu querido funcionário, esse que entrara calmamente no escritório antes de fechar a porta e se curvar perante o homem, sabia que o jovem estava receoso com o chamado recebido.
- Kaminari - Ditou o nome calmamente do jovem, esse que apertou as mãos em nervosismo - Preciso muito da sua ajuda, se não eu vou botar a empresa toda a perder - A expressão do loiro mais novo mudou novamente para preocupação, e esse então se aproximou de Katsuki ainda meio apreensivo mas precisava ver seu chefe bem, não queria que a empresa desandasse por um descuido bobo.
- O que eu puder fazer para ajuda-lo eu irei tentar, então converse comigo, o que tanto lhe aflige? - O menor perguntou passando uma mão lentamente pelos ombros do homem, esse que por mais uma vez respirou fundo e levou o olhar ao menor.
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- Oh... Então foi isso? Desculpa ser rude mas... O senhor é idiota? - O olhar raivoso do mais velho foi lançado até Kaminari que, em poucos segundos sorriu nervoso com as mãos balançando em frente ao corpo. - Você deveria se sentar com ele e conversar sobre tudo certo, e de fato você fez uma grande burrada, mas do que adianta chorar agora? Ele é o que mais está sofrendo, e pelo que disse o senhor não pode ter intervenção da polícia já que se trata de um contrato e uma compra... - O garoto dia em tom baixo enquanto encarava o mais velho. - Tenta sei lá... Se aproximar, passar confiança, tentar mostrar ser alguém bom, depois o leve de volta para a família, tenho certeza que tudo isso pode te ajudar, mesmo que se trate de um "estupro" ainda pode tentar resolver, só vai com calma -
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Leilão.
Fanfiction- Espero que eu não tenha gastado tanto dinheiro atoa Disse olhando friamente para o menor, passando uma mão ao seu rosto logo após deixar dois fracos tapas em sua bochecha, estava gostando da ideia de comprar uma vadia, agora queria saber como esse...