Leilão.

Leilão.10

Mais um dia havia se passado dentro daquela enorme casa, Midoriya já não sabia dizer a quanto tempo estava ali e a quanto tempo havia sido entregue para aquele leilão, mas de toda forma sabia que algo relacionado não era importante, do que adiantava ter ciência de tal coisa? O que iria mudar em sua vida? De fato, absolutamente nada. O tempo preso ali passava muito rápido, e parecia que Bakugou ficava cada vez mais manso em relação a si, afinal, parecia saber bem a merda que tinha feito, já que acabava pedindo até permissão para tocar em si. De certo modo era engraçado ver a evolução daquele homem, mas mesmo assim ainda sentia uma certa apreensão em relação a ele levando em conta o que viveu.

Enquanto os pensamentos inundavam a cabeça do esverdeado, a porta da sala foi aberta rapidamente, batendo contra a parede a qual ocasionou um forte barulho. Os olhos esmeraldinos caminharam rapidamente para a direção do estrondo, encontrando Bakugou ao lado de dois....

- Policiais? - A voz de Izuku saiu trêmula ao ver os dois homens vindo em sua direção rapidamente, causando uma inquietação sobre o menor, seus olhos na mesma hora se encheram de lágrimas e seu corpo entrou em tremor, o desespero se apossou e a visão logo se apagou. Ansiedade causou um desmaio.

Bakugou life's

A visão do garoto caído desacordado sobre o sofá o deixou aflito, por sorte o mesmo não havia se machucado, mas ainda teria que explicar direito toda aquela situação, contudo antes que pudesse adentrar a casa sentiu um mão sobre seu ombro, o fazendo respirar fundo e esperar os policiais vasculharem toda sua casa.

Flashback

Katsuki encarava a tela se seu computador sem muita vontade de tratar daquela planilha, visto que por azar Denki estava de folga, e sabia que o garoto era o gênio em transformar aquele texto em uma planilha com os gatos empresariais, e mesmo assim se manteve fiel ao trabalho, teria que enviar logo os gráficos mensais para a Powerful Star, tinha um grande negócio com essa empresa, não poderia deixar tudo a perder, contudo sua cabeça estava o matando, maldito Todoroki que o enfiou em uma enrascada, e agora só tinha um jeito de sair.

O seu horário de almoço havia chegado, desde as 4 da manhã estava enfiado dentro daquele escritório, Hitoshi o ajudava em algumas coisas, mas não era o mesmo que o Kaminari, o que o frustrava, era dependente do trabalho do amigo. Sua cabeça a cada segundo parecia que iria explodir, seus olhos doíam e a irritação o agarrava com força, toda a situação que estava vivendo parecia que se intensificava. Deveria agir logo, embora fosse completamente prejudicado. O horário do almoço estava quase acabando, mesmo assim não se levantou daquela mesa, tendo então a maldita presença de Todoroki a sua frente em poucos segundos, e claro, não iria manter contato com o bicolor, sua paciência  não estava muito boa, mas antes que se levantasse sentiu uma mão agarrar seu braço com certa força.

- Como está o Izuku? - A pergunta veio a tona, mas Bakugou apenas puxou seu braço e saiu de perto, só parando e se virando para trás quando estava já distante.

- Espero que contrate um bom advogado, seu merdinha - A voz grossa em tom ríspido fez os olhos bicolores se arregalarem antes de tentar se aproximar de Bakugou.

- Você não vai fazer isso, você se envolveu com toda essa porra, sabe que vai ser preso por ser cúmplice em tráfico humano, acha mesmo que vai sair impune? - Perguntou com um sorriso ladino, mas Bakugou tinha sim uma carta na manga, podia ser preso, mas tinha as provas necessárias para botar o bicolor atrás das grades, e tinha em mente que sua pena seria menor que a de Todoroki, já que apenas se apossou de uma pessoa, não a torturou de forma alguma, tirando o ato estúpido de estupro.

Sem responder o loiro deu as costas e saiu andando, não voltaria para o escritório, precisava dar logo um fim naquilo, afinal, precisava libertar logo Izuku e acabar com aquela desgraça.
Com um suspiro forte a por de saída foi sua parada, deixando seu cartão com o banco de horas com Hitoshi antes de abandonar por agora a empresa. Não voltaria para casa, iria primeiro resolver sobre o sumiço de Izuku na delegacia.