Girls

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Girls - Girl in red

Autora "pov"

- E eu virei empregada agora!? - Agatha questionou de braços cruzados vendo Veríssimo a sua frente suspirar em desgosto.

Há quase cinco minutos, Sr. Verissimo havia recebido uma ligação do pai de Charlotte. A menina havia entrado em algum problema e no momento por não ter confiança na adolescente ir andando sozinha para a Ordem, pediu para que o amigo fosse buscá-la, e sem pestanejar o mais velho aceitou. Mas não era tão fácil. Assim que encerrou a ligação, a porta de sua sala foi aberta por Elizabeth que precisava de sua ajuda com alguns documentos importantes, fazendo o mesmo perder o tempo livre que tinha para buscar a Novata.

Obviamente sua primeira opção de longe foi Agatha, além dela ser menor de idade, não confiava em uma adolescente para ir buscar outra, mas quando notou que apenas ela havia restado, a maioria dos agentes ou estavam ocupados ou estavam em missões, então apenas deu o braço a torcer e pediu a Agatha, que estava relutante.

- Agatha, por favor não complique mais ainda, foi um pedido do pai dela. - Tentou novamente, vendo a Volkomenn bufar. - Você pode pegar a moto se quiser. - Ofereceu tirando as chaves da gaveta e estendendo para ela, a vendo aceitar no mesmo momento e pegar as chaves.

- Não garanto que serei rápida!

Ao sair da sala a morena tinha um largo sorriso nos lábios, finalmente poderia dirigir novamente e ainda iria ver Charlotte mais cedo!

Olhando no relógio da parede viu que já eram 16:30, quase o horário dela sair, não demoraria para chegar já que imaginava não ser tão longe mas teria que ir rápido.

Andando rápido pela base subiu as escadas saindo logo pelo bar, apostando em frente à Ordem uma moto preta com um capacete já a esperando ali, era com certeza satisfatório dirigir aquela belezinha.

Assim que subiu na moto pegou o celular do bolso vendo uma mensagem com a localização da escola, realmente não era longe e achava exagero ter que buscar a menina, mas não reclamaria novamente.

A Volkomenn sabia que Charlotte estudava em horário integral, desde a manhã até a tarde e por isso ficava na Ordem das cinco horas da tarde até às duas da manhã, era como um meio expediente, e mesmo não recebendo nada até o momento, ela não havia faltado um dia sequer, dando tudo de si para ajudar no que podia.

Nos últimos meses, não pôde deixar de notar que a garota se esforçava para conversar com os outros agentes, na maioria sendo eles a Equipe E, e aquilo estava começando a irritar Agatha.

A morena não queria admitir ciúmes, nunca foi assim e por que seria agora? Eram amigas, amigas que quase se beijaram mas continuavam sendo amigas. Mas ver que aos poucos Charlotte se soltava com eles era estranho, não admitiria mas tinha medo dela se afastar.

Quando finalmente a moto estacionou em frente a escola o sinal bateu, fazendo em seguida vários estudantes desesperados saírem das salas, e entre eles saindo da secretária saía Charlotte com a mochila nas costas e um saco de gelo no rosto.

Charlotte não se considerava uma garota indisciplinar, ela sempre foi uma aluna exemplar e quieta, mas naquele dia tudo havia explodido em míseros segundos, causando uma briga em quase toda a sala por sua culpa, e ela tinha noção disso, e também tinha noção de que muitos de sua turma não tinham se contentado a lhe bater na aula, e por isso cedeu em chamar o pai para a buscar.

Esperando a poeira baixar esperou os corredores ficarem mais vazios e então seguiu se esgueirando pelos cantos da escola até a saída, torcendo para o pai já estar com o carro pronto para sair quando pisasse fora da escola, mas assim que atravessou a porta de saída sentiu presenças atrás de si, fazendo a mesma se arrepiar, o que eram zumbis de sangue perto de adolescentes com raiva?

All the Things She SaidOnde histórias criam vida. Descubra agora