Capítulo 9 - Conhecendo um Ídolo, ou melhor, o Ídolo.

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Assim que voltamos para o Brasil novamente, eu tive aqueles clássicos sete dias de folga, mas dessa vez eu não aproveitei e nem quis aproveitar, sendo bem sincera. Era fim do ano e fim de temporada no futebol brasileiro, então não dá para ficar sete dias em casa como se não tivesse uma puta festa acontecendo do lado de fora.

Logo no dia que chegamos, fomos direto para a CBF, todos com aquela cara amassada de sono e roupas amassadas depois de 11 horas de voo, pois era dia da votação do Prêmio Brasileirão 2018 e a equipe inteira da CBF votava, então vai lá Alessandra fazer o simulado mais difícil de toda vida dela.

Trabalhando na CBF, eu era obrigada a saber quem foram os destaques do ano, mas qual é, meu time estava há um jogo de levantar a taça do Brasileirão e eu sou clubista, desculpa, então posso te garantir que goleiro, artilheiro, defensor, melhor jogador do ano, entre outros, foram todos do meu time.

Depois disso, eu tive meus dias de folga, mas dia 25 meu time jogaria em São Januário contra o Vasco, eu não podia perder a oportunidade de meu time oficialmente se distanciar do segundo lugar e poder se considerar campeão do Brasileirão 2018. Eu estava na plateia, em um dos camarotes privativos da CBF, obviamente, mas acompanhei a festa de longe.

Como funcionária da CBF, eu tinha acesso aos vestiários, mas não conhecia ninguém do Palmeiras para me enfiar na diversão, então fiquei igual uma tonta chorando emocionada da plateia, enquanto Bianca me "consolava" pela vitória. E era o time dela que tinha acabado de perder de um a zero.

Foi uma comemoração meio chocha, estávamos em campo inimigo, então somente uma porcentagem da torcida estava presente, além de mim, obviamente, que estava chorando como comemoração.

Mas foi bom, fazia pouco tempo que tínhamos ganhado o Brasileirão, mas nunca é demais comemorar, não é mesmo?

- E aí? Mc? – Bianca me perguntou quando fomos expulsas do estádio.

- Eu não deveria, mas está tarde e eu estou com a barriga roncando. – Puxei o celular da bolsa, vendo se tinha alguma coisa do Alisson, mas já era de madrugada para ele, ele já tinha ido dormir.


- Olha quem está de volta! – Leandro brincou quando eu e Vini entramos juntos na sala de Assessoria de Viagens e ri fracamente, abraçando-o de lado.

- E aí, como vocês ficaram sem a gente? – Perguntei, seguindo até minha cadeira e apertei o botão do notebook, girando na cadeira para olhar para o pessoal.

- Ah, sabe como é, loucura de fim de Brasileirão, nada de novo. – Ele deu de ombro e eu sorri, virando para o computador.

- Fala aí, galera! – Lucas chegou com Bianca logo atrás de si.

- Finalmente vocês, hein?! – Anna brincou e nós rimos.

- Alessandra do céu! – Débora apareceu logo atrás e eu me levantei.

- Ah, garota! – Nos abraçamos fortemente, gargalhando em seguida.

- Não acredito que a gente trocou as passagens. – Ela suspirou.

- A gente? Nós não fizemos nada e eu nem lembrei de olhar, estava tão cansada aquele dia... – Suspiramos.

- Bom, pelo menos e dei uma voltinha em Madrid. – Ela comentou.

- Diga que você realmente deu uma volta em Madrid...

- No aeroporto, serve? – Rimos juntas.

- Bom dia, gente! Bom dia, galera que está voltando de viagem. – Angelica entrou na sala e eu e Débora nos separamos, seguindo para nossos lugares. – Vamos juntando que temos uns casos de emergência para resolver, beleza? – Ela colocou a bolsa na sua mesa e virou para todos nós. – Galera que voltou da Inglaterra, tudo certo? – Ela perguntou e assentimos com a cabeça. – Nem conversamos no dia da votação.

Passaporte Brasil, 2019 | Alisson BeckerOnde histórias criam vida. Descubra agora