Capítulo 18 - A Copa América finalmente começou!

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- Deixa comigo! – Alisson falou, pegando a mala de minha mão e eu neguei com a cabeça, subindo as escadas que davam para o avião e senti a claridade incomodar meus olhos.

- Boa noite. – O comissário de bordo falou para mim e eu sorri.

- Boa noite. – Repeti e vi as poltronas da primeira fileira livres e já me tratei de colocar minha mochila em uma delas, fazendo bom uso do "assento preferencial".

Alisson subiu logo atrás com as duas malas e eu coloquei a mochila no bagageiro acima de nossas cabeças e sentei na poltrona da janela. Ele colocou nossas duas malas no mesmo lugar e se sentou ao meu lado. Fechei meu casaco e afivelei o cinto, olhando para a noite lá fora.

- Está tudo bem? – Ele perguntou, colocando a mão em cima da minha no braço da poltrona e eu virei para ele, assentindo com a cabeça.

- Sim, está! – Sorri. – Mal vejo a hora disso começar. – Ele sorriu, dando um beijo na lateral da minha cabeça e eu tombei a cabeça até encostar em seu ombro.

- Eu estou pensando muito na Rússia, sabia? – Ele falou e eu sorri.

- Muita coisa mudou, não é mesmo? – Ele entrelaçou nossos dedos.

- Sim, mas para melhor. Lembra quando voltamos da República Tcheca e tínhamos brigado por causa do bebê e tal?

- Como eu poderia esquecer? – Falei.

- Eu fui contar para meus pais da gravidez e eu acabei fazendo um apanhado de tudo o que vivemos naquela época, de todos os motivos que fizeram eu me apaixonar por você. – Ergui a cabeça, olhando para ele. – E foi isso que fez eu me acalmar sobre o que faremos quanto a Mini. – Dei um pequeno sorriso. – Nos conhecemos e nos apaixonamos em meio à turbulência, porque ter um bebê seria diferente? É por essa inconstância que eu sou apaixonado por você. – Ele levou a mão livre até meu rosto.

- Você é um amor, um anjo que apareceu na minha vida. – Ele riu fracamente, tocando meu queixo com a ponta dos dedos e colou nossos lábios levemente.

- Vocês são! – Ele disse. – E agora estamos aqui, um ano depois, com as mesmas incertezas que tivemos lá atrás, mas eu sei que tudo vai ficar bem. – Assenti com a cabeça, sorrindo.

- Por mais que eu esteja louca para saber como faremos isso, procurando incansavelmente opiniões e respostas de qualquer pessoa possível, eu acho que não seríamos nós sem isso tudo. – Ele negou com a cabeça.

- Com certeza não, mas eu sei que daremos um jeito, pois estamos dando jeitos e pulos há um ano. – Suspirei, dando uma piscadela.

- Quase um ano.

- Quase! – Ele disse, me fazendo rir. Ele passou um braço pelos meus ombros e eu me aninhei em seu ombro novamente.

- Vocês são muito fofos, sabiam?! – Ergui o rosto, vendo Fernandinho debruçado em nossas poltronas. – Nem parece que temos aqui uma esquentadinha e o cara mais sério que eu já vi na vida. – Ele falou e eu e Alisson nos entreolhamos.

- Te enxerga, Fernandinho! – Alisson falou e nós três rimos.

- Também não elogio mais. – Ele falou, se sentando novamente.

- Estou empolgada por essa competição. – Falei.

- Da mesma forma que estava com a outra? – Alisson perguntou e eu ri fracamente.

- Tivemos um pequeno desvio de percurso na outra, tá?! – Ele sorriu. – Mas tem uma pressão gigantesca em cima de vocês, da gente, e você sabe disso, certo?

Passaporte Brasil, 2019 | Alisson BeckerOnde histórias criam vida. Descubra agora