Capítulo 11 - Uma Surpresa Inesperada

238 11 18
                                    

- Estou de volta, meus amigos! – Falei animada quando abri a porta do meu apartamento no dia sete de janeiro e encontrei-o vazio. – Bê? – Gritei.

Fechei a porta, deixando a chave na mesma e passei pelo apartamento, sentindo um incrível cheiro de produto de limpeza no local. Pelo menos a faxineira veio. Passei pelo corredor, puxando minha mala pelo chão do apartamento e parei em frente ao quarto de Bernardo, vendo-o babando no travesseiro. Suspirei e segui em direção ao meu quarto, deixando minhas coisas e voltei para o quarto de Bernardo, me sentando na beirada de sua cama.

- Vamos acordar, criança! – Falei próximo ao seu ouvido, sem resultado. – Bernardo! – O chamei novamente, fazendo cócegas em seu pescoço e nada. – BERNARDO! – Gritei em seu ouvido, vendo-o pular de susto.

- Meu Jesus, Alessandra, podia ter sido mais delicada. – Ele resmungou e eu me levantei

- Tentei, mas parece uma pedra dormindo. – Ele coçou os olhos e finalmente os abriu;

- Trabalhei até tarde ontem, acredita que ainda tem gente fazer confraternização de fim de ano? – Sorri.

- Pior que eu não duvido. – Suspirei, me sentando na sua poltrona e ele se sentou na cama.

- Como foi a viagem? – Ele perguntou.

- Ah, foi ótima, dormi até chegar aqui. – Ele sorriu.

- Eu quis dizer lá em Roma. – Ele desdenhou como se fosse óbvio e eu fiz uma careta.

- Ah, foi maravilhoso, Bê! Eu me senti uma rainha. – Joguei a cabeça para trás. – Ficamos em um hotel do lado do Coliseu, do lado mesmo. Uma suíte gigantesca com uma vista impecável. – Suspirei. – Passeamos pouco pela cidade, sabe? Mal tenho roupa para lavar. – Pisquei e ele negou com a cabeça.

- Imagino mesmo, ele é muito bom, Alessandra, e ele realmente te ama. – Assenti com a cabeça.

- Eu sei! – Abri um largo sorriso, vendo-o rir.

- E agora? – Ele perguntou.

- Como assim?

- Quando vocês vão se ver de novo? – Suspirei.

- Se tudo der certo... – Usei a frase que eu mais odiava. – Próximo amistoso que vai ser só em março, mas faz parte. – Suspirei.

- Bom, trabalhe como se o dia não tivesse amanhã e é isso aí. – Dei de ombros.

- Sempre, não é mesmo? – Ele sorriu. – Bom, eu estou com fome, o que tem para comer?

- Eu fiz bolo de cenoura ontem, tá no micro-ondas. – Fiz uma careta.

- Preguiço emagrecer, estou comendo muito errado. – Ele riu.

- Eu preciso ir junto, você ainda faz exercícios, eu estou já parecendo uma bolinha. – Ele puxou a blusa do pijama, deixando a barriga à mostra, me fazendo rir.

- Ai! – Fiz uma careta. - A gente pode começar depois que o bolo acabar, né?! – Fiz uma careta.

- Podemos! – Ele sorriu.

- Só vou tirar essa roupa e mandar uma mensagem para o Alisson.

- Beleza! – Ele falou animado e seguiu para o banheiro, batendo a porta.


- Olha quem acabou de chegar de Roma, toda fina e toda chique! – Michelle gritou assim que eu apareci na comunicação no dia seguinte e eu só consegui pressionar meus lábios, rindo fracamente. – Como foram as férias? – Ela me abraçou rapidamente.

Passaporte Brasil, 2019 | Alisson BeckerOnde histórias criam vida. Descubra agora