Ajuda Milagrosa

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As coisas ainda continua muito tenso
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Ficamos do lado de fora da sala em que minha Pretinha está internada, antes de ficar aqui olhando para a porta do quarto dela, fomos ver Átilla que estava todo vestido e bem escondidinho em uma manta.

Chorei só de olhar para ele, eu sou homem ás vezes muito durão, mas não suporto saber que poderia perder um dos dois ou os dois e agora ele está comigo e a mãe dele está lá internada.

- Será que posso conversar com vocês dois? - O médico pergunta.

- Claro. - Digo e entrego o meu filho para a enfermeira.

- A sua mulher, teimosa! - Ele suspira.
- Ela perdeu muito, muito sangue, e precisamos de um doador compatível com o tipo sanguíneo dela para fazer uma transfusão. A pessoa não deve apresentar nenhum tipo de doença sanguínea, será que vocês podem doar?
-  Merda, eu nem sei se posso doar.

- Eu não posso doar, doei sangue recentemente. - Regy diz, poxa única que poderia nos ajudar.

- Eu não sei se posso, mas vou fazer o exame de sangue. - Digo, espero que o meu seja compatível, eu espero!

- Eu conheço alguém que talvez pode ajudar. - Ela sorri.

- Quem? - Pergunto.

- Minha mãe, sua sogra. - Minha Pretinha nunca tocou no assunto sobre a mãe dela e isso me preocupa.

- Ela vai ajudar? - Pergunto.

- Não sei, não custa tentar. - Diz e pega o celular.

- Eu espero que ela nos ajude. Torça! - Assinto.

- Oi? Mãe sou eu, Regyna! Eu preciso muito da sua ajuda, é que a Edy…. - Ela para e pensa.

- A Edy estava grávida, e ganhou hoje e está precisando de sangue, será que a senhora pode vim para o Rio de Janeiro doar?

- Como assim grávida? E os estudos o que ela fez? Largou? - Escuto a mãe dela falar de longe.

- Não mãe, ela não largou os estudos!

- Não? Mas estava grávida?

- Mãe qual o seu problema? Eu estou falando para a senhora que a sua filha, aquela que você era apegada, está precisando de sangue. Está morrendo porque está precisando de sangue e pelo que eu saiba o seu tipo sanguíneo é o mesmo que o dela. - Diz, já está nervosa, que mãe é essa?

- Desculpa, mas eu não posso fazer nada por ela… Se a mesma resolveu dar antes do casamento, engravidar antes de terminar os estudos o problema não é meu… Ela tem que arcar com as consequências.

- Vai deixar sua filha morrer mesmo senhora Estela? Por causa dela ter quebrados regras que a senhora mesmo já fez e agora se considera como uma santa?

- Vou. - A Regy começa a chorar, mas que merda, o que essa mulher está falando que tanto entristece minha cunhada durona?

- Já que não quer ajudar, fique sabendo que eu concordo plenamente pela Edy não ter falado que teve uma filha, se formado, e se casado com alguém que a ama. E saiba que se ela morrer… Você terá uma parte de culpa por não ter nos ajudado. - Diz e eu me aproximo e pego o celular.

- Não Gerson, ela não quer nos ajudar, prefere deixar a filha morrer por conta de um simples descapricho que a Edy fez! - Espera, a filha dela está morrendo e ela vem dizer que não quer ajudá-la por causa da minha Pretinha ter perdido a virgindade comigo antes do casamento? Esse povo é disso ainda?

- Não vou implorar ela, só vou avisá-la. - Digo.

- Senhora??? - Pergunto para a irmã da minha Pretinha qual o nome da minha sogra do cão.

- Estela!

- Hum, senhora Estela, a senhora está com raiva da sua filha que está a beira da morte… Porque ela largou os estudos para ficar comigo, mas fica sabendo que ela nunca desistiu dos estudos mesmo estando comigo, até mesmo quando foi para Espanha e descobriu que esperava um filho meu, ela não desistiu do trabalho que lutou tanto para conseguir…

- E quem é você para dizer isso tudo sobre ela? - Pergunta.

- Gerson Santos, marido da sua filha.

~ E infelizmente seu genro, sogra tóxica~.

- Ah! Você não é aquele jogador de futebol famoso? Se é, por que não paga alguém para doar sangue para sua mulher?

~ Puta que pariu, que mulher mais insuportável, da onde que saiu a doçura da minha mulher? Essa mulher é uma…. Deixa quieto~.

- Porque precisamos que alguém doe porque quer ajudar o próximo e não por causa de dinheiro. - Digo e minha paciência se esgota.

- Vou perder a única coisa que tenho e me importo porque uma mãe desnaturada como você! Não está nem se importando com o sofrimento da filha! - Esbravejo.

- Como eu disse, o problema não é meu!

- A vai se fu…- Aperto o botão de desligar a chamada, não vou perder meu tempo não.

- E agora? - Regy pergunta.

- Vou fazer o exame de sangue logo, ligue para o Salomón para ele ficar sabendo, talvez ele possa nos ajudar. - Digo e ela assente e disca no celular o número do Salmonzinho, vou até a sala de fazer exame e o homem diz que não vai demorar muito já que é importante para uma doação de sangue.

Me sento perto da Regy e eu estou muito curioso em saber muitas coisas em relação a minha Pretinha e a mãe dela.

- Olha Regy, sei que não é um momento correto para entrar nesse assunto mas eu quero muito saber… Por que a sua mãe odeia a minha mulher, a própria filha? - Digo.

- Olha Gerson, achei que ela teria te contado, já que… Vocês são casados. Mas se ela não contou, eu conto. - Minha Pretinha nunca quis falar sobre a mãe dela, nunca! Para mim ela não falava, sempre quis conhecer meus sogros mas ela vinha com um papo que eles não precisavam saber de nada e que era melhor assim, então eu só concordava.

- Mamãe sempre nos ajudou a realizar os nossos sonhos, tipo apoiava nós sairmos do País, morar no Canadá, ela pagava nossos cursos e tudo. 

Mas a única coisa que ela queria em troca de tudo isso, era que eu e minha irmã realizasse todos esses sonhos e bom, realizamos mas também quebramos regras, tinha que se casar virgem e bom focar nos estudos e não engravidar, coisa que a preferida dela vulgo sua Pretinha, não fez.

Por isso ela tentou abortar várias vezes, tinha conseguido sair do País, arrumou um emprego na área que queria e depois teve que largar porque estava grávida, e como sabe ela não queria ter filho mas o Feid a ajudou, levou ela em psicólogo e tudo, resolveu ter a criança mas não contou para nossa mãe, perdemos o contato, na verdade não queríamos conversar com ela porquê… - Eu estava processando cada palavra que minha cunhada falava.

- Por quê? - Pergunto.

- Na época que eu e minha irmã tinha 17 anos, nossa mãe arranjou um cara meio suspeito, Edy não ia com a cara dele de jeito nenhum, dizia que ele ia fazer mal a nossa mãe e que ia colocá-la contra nós. E como você pode conhecer a Edyane nunca foi obediente, respondona sempre, educação com homem? Nem se fala, nunca teve. Nosso padrasto gostava de mandar lá em casa e Edyane não ficava nem um pouco contente, até porque nunca abaixou a cabeça para homem nenhum e como ele não era pai dela, ela não o respeitava, essa não era a obrigação dela. Aí os dois discutiram quando eu havia saído com minha mãe, ele agrediu ela, só que eu e minha mãe só apareceu quando Edy ia bater nele, então ela saiu como culpada. Mamãe chegou a conclusão que era culpa da Edy porque ela implicava muito com ele e que mereceu apanhar porque o estressou, nos expulsou e fomos morar aqui com nossa melhor amiga. Edy ficou com raiva dela e disse que só voltaria conversar se ela largasse ele, coisa que eu nem sei se aconteceu e fim! As duas não se falam mais e agora a mãe não quer salvar a vida da filha. - Meu Deus! A mulher da minha vida teve uma vida como uma novela mexicana!
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Meu Deus! E essa bomba agora? A mãe da Edyane e da Regyna, recusou ajudar a filha que está a beira da morte!

Gerson- A Aposta Onde histórias criam vida. Descubra agora