Um poço de doçura

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Será que agora vem o perdão?
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                           EDY P.O.V

Minha mãe está insuportável! Fica encarando Gerson de uma forma, como se tivesse nojo dele.

Me fez milhões de perguntas, só por curiosidade mesmo porque ela não se importa comigo, Gerson saiu da mesa, foi colocar a Clér na cama e só ficou eu e ela.

- A sua irmã… Também está casada? Tem uma casa que parece um palácio. - Perguntas e mais perguntas.

- Não, ela namora com um jogador de futebol e de vez em quando fica lá. - Digo.

- Está com um homem, morando juntos, mas não está casada. - Esse negócio de casar virgem me dá ranço, comigo não daria certo, o cara teria me agredido depois da lua de mel e me largado.

- Estava com um homem, morava juntos, mas não era casada e preferiu largar as filhas para ficar com ele. - Acrescento referindo a frase à ela.

- Eu até tento conversar com você garota, mas você sempre vem me julgando. - Esbraveja.

- A senhora favor abaixar o tom, porque eu tenho um bebê recém-nascido, acabei de me recuperar de uma hemorragia e estou cansada. - Digo.

- Me perdoa filha… Não foi minha intenção falar tudo aquilo para você e muito menos te bater. Eu estava com muito ódio, você escondeu muitas coisas de mim. - Fala.

- O que ia adiantar se eu te contasse? Você nem se importava, sabia que eu estava com raiva do que aconteceu e mesmo assim nem sequer ligou para conversar comigo e minha irmã que não tinha nada a ver.

- Eu sei, eu sei. Mas aquele homem fez minha cabeça, me disse um monte de coisa terrível sobre você e eu acreditei.
- Eu disse, e ainda assim preferiu ficar com aquele homem.

- Me perdoa filha, eu deveria ter ajudado você quando precisava, imagino que tenha passado por momentos difíceis e agora passou de novo e eu não quis te salvar. Sou uma mãe horrível, confesso. Sinto uma inveja enorme de você, por ter conseguido tudo que eu um dia queria, ter um homem que me ame, assim como o seu te ama. - Ela para e olha nos meus olhos.

- Eu vejo que ele te ama e ama seus filhos, depois de tudo você realmente merece toda essa felicidade. Sua filha é carismática e carinhosa assim como você e isso vale ouro.

- Eu te perdoou, a senhora não precisa de homem para ser feliz, se não está dando certo, não tente mais, seja feliz sozinha consigo mesmo. - Digo e ela sorri.

- Tudo bem, obrigado pela dica. E quando quiser visitar sua antiga casa, você pode ir e levar sua família junto, a Regy também. Meu coração fica mais aliviado em saber que você me perdoou. - Sim, eu aceitei o perdão da minha mãe, nunca imaginei que seria fácil assim. Sei que aquele vagabundo fez a cabeça dela e me fez sofrer muito, mas eu não tenho nada com o que me preocupar, aliás eu estou muito bem de vida. Estou com o homem que me ama, tenho uma família maravilhosa, amigos e um trabalho.

Terminamos a janta e não conversamos muito, até porque ela é fechada e não gosta de falar de mim, diferente de mim que quando começo a falar não paro, Gerson estranhou o silêncio na sala mas depois expliquei o que aconteceu e ele ficou feliz por mim, minha mãe até se soltou um pouco e conversou com ele dizendo para cuidar bem da mais nova dela e ele olhou para mim e sorriu, cafajeste, mãe cuidado que esse meu marido não vale nada, se empolgou demais e começou a contar o que aconteceu comigo e como eu era desastrada quando estava com ele, falou diversas coisas até quando fiquei nove meses escondendo a grávidez dele.

Ela contou também da minha infância e queria saber o que Gerson fazia antes de ter me conhecido, ele disse um monte de baboseiras só para não dizer que era um garanhão que se achava e pegava todo mundo, quer dizer algumas partes são mentiras, confesso. Já estava muito tarde então fomos todos dormir, todos não né, por que o Átilla tinha acordado e eu teria que amamentá-lo de novo!

- A minha sogra é até gente boa. - Preto diz já deitado na cama.

- Ela é quando quer… - Digo.

- Verdade, quem você puxou? Sua mãe é muito séria, a sua irmã puxou ela.

- Eu não sei, acho que fui adquirindo esse dom com um tempo.

- Você é a mais fofa, carinhosa e educada  que conheço. - Diz de forma irônica.

- Tão ignorante! Uma ogra! Respondona, bruta e sem coração. - Corrige.

- Eu não sou assim, eu sou um amor de pessoa! - Falo e jogo um pano nele.

- Agora que você está comigo, você é um amor de pessoa! Porque antes, eu não tinha praticamente nem saúde mental com tanta coisa que você me jogava na cara. - Começou o chilique outra vez, coloco o Átilla no berço e me deito abraçando Preto.

- Queria que tudo aquilo que passamos, acontecesse de novo. A sua aposta maluca, os foras que você me dava, eu insistindo em você sem saber o porquê! O nosso primeiro beijo e Ah! Aquele dia no carro, no nosso primeiro encontro, que você escorregou o pé na buzina e fez um barulhão! Bons tempos! Claro, tirando a parte ruim que não são muitas. - Ele que acha que não teve parte ruim, mas agora vou lembrar ele.

- Não teve parte ruim? Eu levei uma bolada no nariz, você estava bêbado, fui presa, tu me viu grávida e bom eu ia morrer no hospital. - Digo.

- Isso é por conta da sua teimosia, mas a bolada no nariz foi épico! Se não fosse aquela bolada, se eu não estivesse bêbado e você não fosse presa… Nós não teríamos ficado juntos tantas vezes! - Diz e passa a mão no meu cabelo.

- Ah, Lembranças! Como é bom relembrar! A minha vida virou um filme de comédia romântica depois que tu apareceu. - Continua.

- A minha só era comédia mesmo! Não queria pagar tanto mico assim na frente de um homem que estava me querendo, achei que ia fugir, mas não, continuou indo atrás de mim! Louco.

- Eu faria tudo de novo só para isso acontecer e eu me lembrar todos os dias da forma que nos conhecemos! Vamos contar nossas histórias para nossos filhos e eles vão ficar muito feliz em saber que nós se aventuramos demais, mas vamos retirar a parte que largamos a Clér com a tia e o tio dela e fomos para Paris e em seguida para a África!

- Verdade, ela não pode saber que fomos pais irresponsáveis! Mas poxa… Gê, nós fomos para lá de última hora, nem deu tempo para aproveitar. - Digo decepcionada.

- Quem sabe um dia voltamos para lá, como se fosse uma segunda lua de mel em? Uma desculpa… - Sorrio.

- Se nos casasse novamente, não teria desculpa nenhuma! Mas você não quer! -  Ele diz e pega a minha mão e beija meu dedo com a aliança e entrelaça nossas mãos.

- Aiai Preto, impossível explicar a nossa química maluca. - Começou tudo dando errado e no final deu tudo certo.
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A minha começa dando tudo errado e termina igual o começo! Dando tudo errado! Kkkkkk

Gerson- A Aposta Onde histórias criam vida. Descubra agora