capítulo 1 parte 2

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- Vá se foder - xingou Harry. - De onde você roubou a raquete?

- Peguei emprestada. - Draco atirou a raquete para Harry. - Aqui está.

- Harry - chamou Slughorn, pegando Harry pelo braço para ajudá-lo. - Por Deus, você está bem?

- Draco é um pouco mal-humorado - disse Sirius, aproximando-se entre Harry e Draco.

Draco não teve problemas em ler aquele aviso silencioso. Ele ergueu as mãos, encolhendo os ombros exageradamente, e se retirou para dar mais espaço a Harry. Sirius o observou ir antes de olhar para Harry.

- Ele quebrou alguma coisa?

Harry pressionou as mãos cuidadosamente em suas costelas e respirou, sentindo a forma como seus músculos gritavam em protesto.

Ele tinha fraturado ossos o suficiente, no passado, para saber que tinha tido sorte desta vez.

- Estou bem treinador, vou embora, me deixe ir.

- Não terminamos -, interveio Sirius.

- Treinador Black -, começou Slughorn.

Sirius não o deixou terminar.

- Nos dê um segundinho?

Slughorn olhou de Black para Harry, depois o soltou.

- Eu vou estar lá fora.

Harry ouviu seus passos enquanto saia.

Houve um chacoalhão quando ele chutou o canto da porta para fora de seu caminho e a porta dos fundos se fechou com um rangido agonizante.

- Já dei a minha resposta, não vou assinar com você.

- Você não ouviu a minha oferta -, disse Black. - Eu paguei três passagens de avião só para vê-lo, o mínimo que você poderia fazer é me dar cinco minutos, não acha?

A pressão de Harry baixou tão rapidamente que o mundo se inclinou. Ele deu um passo de distância de Black, uma busca desesperada de equilíbrio e espaço para respirar. Sua bolsa esportiva bateu em seu quadril e ele passou a mão pela alça, precisando de algo para segurar.

- Você não o trouxe aqui?

Sirius o olhou fixamente.

- Isso é um problema?

Harry não podia dizer a verdade, então disse:

- Eu não sou bom suficiente para jogar com um campeão.

- É verdade, mas é irrelevante - disse uma nova voz, e Harry parou de respirar.

Ele sabia que era melhor não se virar, mas já estava fazendo.

Ele deveria ter adivinhado quando viu Draco, mas não queria pensar nisso. Não havia razão para um goleiro encontrar um atacante em potencial. Draco só estava lá porque Cedrico Diggory nunca saia sozinho. Cedrico estava sentado no espaço de entretenimento, ao longo da parede traseira. Ele empurrou a TV de lado, dando-se mais espaço e cobriu o seu redor com papéis. Ele assistira a todo esse espetáculo e, a julgar pela expressão fria em seu rosto, não se impressionou com a reação de Harry.

Passaram-se anos desde que Harry esteve na mesma sala que Cedrico, anos desde que eles viram o pai de Harry esquartejar um homem gritando em cem pedaços. Harry conhecia o rosto de Cedrico bem mais que o seu próprio, consequência de ver ele crescer na mídia de mil ou mais milhas de distância. Tudo nele era diferente.

Tudo era o mesmo, de seus cabelos escuros e olhos verdes ao número "dois" tatuado em sua bochecha esquerda. Harry olhou aquele número e quis vomitar.

All For The Game - (adaptação drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora