capítulo 2

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Fazia tempo que Harry havia perdido a conta de quantos aeroportos tinha visto. Seja qual for o número, era insano e ele nunca ficara confortável neles. Havia muitas pessoas o vigiando e voar com passaporte falso era sempre arriscado. Ele herdara as conexões de sua mãe, depois de sua morte, então sabia que o trabalho era bem feito, mas seu coração batia mais rápido cada vez que alguém pedia para verificar seus documentos.

Ele nunca havia estado no aeroporto Sky Harbor ou da Carolina do Sul, mas havia algo familiar em seu ritmo frenético. Ele ficou ao lado do portão norte, por quase um minuto, depois que todos os outros passageiros do seu voo saíram para seus destinos. A multidão em torno parecia à mistura habitual: turistas, empresários e estudantes voltando para casa no final do semestre. Esperava não encontrar alguém que o reconheceria, uma vez que nunca hávia estado na Carolina do Sul, mas não custava checar antes.

Finalmente, ele seguiu em frente por um corredor até as escadas de desembarque. À tarde de sexta-feira significava que o pequeno corredor estava lotado, encontrar a carona que o treinador Black o prometera foi mais fácil do que Harry esperava.

Foi o olhar certeiro de seu companheiro de equipe que captou o olhar de Harry quase certo para ele. Era um dos gêmeos. A julgar pelo olhar calmo em seu rosto, Harry fez sua aposta, não era Draco. Dino Malfoy era frequentemente referido como "o normal" dos dois, embora isso fosse geralmente seguido por um debate sobre se ele poderia ou não ser saudável, por compartilha genes com Draco.

Harry atravessou a sala para encontrá-lo.

Harry era o jogador mais baixo no time dos Cães Selvagens de Millport, mas agora ele era um pouco mais alto que Dino. O conjunto todo preto que Dino usava não o fez parecer mais alto, e Harry se perguntava como ele conseguia vestir mangas compridas em maio. Harry sentiu calor só de olha-lo.

- Harry -, disse Dino em vez de oi, e apontou: - Me de sua bagagem.

- É só isso.

Harry pegou a alça de sua bolsa e dependurou-a sobre o ombro. A bolsa era pequena o suficiente para ser uma bagagem de mão, e grande o suficiente para carregar tudo que Harry tinha.

Dino aceitou sem nenhum comentário e partiu. Harry o seguiu através do portão de vidro deslizante em uma quente tarde de verão. Uma pequena multidão esperava no semáforo, na faixa de pedestre, mas Dino os empurrou e seguiu em frente. Um barulho de freios grunhiu quando um táxi freou a um centímetro do corpo de Dino, que pareceu não notar, mais interessado em acender um cigarro entre seus lábios. Ele prestou ainda menos atenção nos xingamentos que o motorista gritou. Harry gesticulou em desculpa ao taxista e correu para alcançá-lo.

Um elegante carro preto esperava no estacionamento. Harry não sabia muito sobre carros, em geral, mas sabia que aquele deveria valer uma fortuna. Pensou por um momento que deveria haver um carro menor fora de vista, atrás dele, mas Dino destrancou o carrão com um botão em seu chaveiro.

- Bagagem no porta-malas -, disse ele, abrindo a porta do motorista e sentando-se de lado no assento para fumar.

Harry, obedientemente, colocou a mochila no porta-malas antes de subir no assento do passageiro. Dino não foi a nenhum lugar até fumar seu cigarro pela metade. Entrou no carro e fechou a porta. Um girar da chave na ignição fez o motor zumbir, e Dino olhou para Harry novamente. A sombra de um sorriso puxando o canto de sua boca foi uma expressão decididamente hostil.

- Harry Potter -, disse novamente, soado mais como um teste. - Aqui para o verão, hem?

- Sim.

Dino ligou o ar-condicionado no máximo e manobrou o carro no sentido inverso.

- Então somos cinco. Mas você vai ficar com o treinador.

All For The Game - (adaptação drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora