capítulo 8

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Harry acordou em uma cama desconhecida em um quarto igualmente desconhecido. Essa sensação desorientadora era compreensiva, depois de ter se mudado tantas vezes, por isso não foi motivo para alarme imediato.

O peso de um braço sobre ele era de alguém que seu corpo conhecia, mas de alguma forma parecia confuso. Havia algo errado, sua mente confusa não estava preparada para processar. Ele piscou fortemente contra a dor de cabeça martelando seu crânio. Sentia-se meio morto, embora não conseguisse entender o motivo.

Sua primeira tentativa de mover-se lhe deu uma forte dor nas costas, então relaxou nos lençóis. A espera aliviaria a dor de seu movimento repentino.

- Mãe? - disse ele, sussurrando quase inteligível.

A pessoa atrás dele havia compreendido, a julgar pelo tom irônico.

- Não exatamente.

Harry conhecia aquela voz.

De repente, os acontecimentos da noite anterior despertaram em sua mente: luzes de laser piscando, música, silhuetas e a voz de Draco em seu ouvido. Ele afastou-se, mas não muito longe. A dor fez com que afundasse no colchão. Blaise puxou seu cabelo, empurrando sua cabeça para fora da cama. Havia uma lata de lixo que Harry mal tinha percebido antes de se atirar nela. Blaise sussurrou palavras tranquilizadoras que Harry não conseguiu ouvir.

Assim que pode respirar novamente, Ele virou-se e empurrou Blaise com toda a força remanescente. Estava muito indisposto e fraco para conseguir empurrar ele para o outro lado da cama, mas o coturno, que ainda usava, deixaria hematomas nos braços e peito de Blaise.

- Ei, ei -, protestou Blaise, tentando desviar, - Está tudo bem. Aí! Poderia relaxar?

- Não toque em mim, porra - Harry gritou.

Blaise recuou e sentou-se na beira da cama.

Harry lutou para levantar-se, usando a cabeceira da cama e o criado mudo como suporte. Ficar em pé exigiu tanto esforço que teve que parar e tomar fôlego, uma vez que conseguiu.

- Ele acordou? - Alguém perguntou da porta.

Harry pegou o despertador e atirou no recém-chegado, que se abaixou a tempo. O despertador atingiu o batente da porta. Dino esperou até cair no chão antes de voltar para a porta. Harry pretendia procurar outra arma, mas mover-se tão rápido virou seu estômago do avesso. Pegou a lata de lixo, de novo, e se engasgou com tanta força que quase caiu.

- Onde está Draco? - perguntou Blaise, saindo da cama e aproximando-se ao lado de Harry.

- Ele e Cedrico foram buscar nosso almoço.

- Acho que o Harry não pode comer qualquer coisa.

- Ele pode ficar só olhando.

Blaise colocou uma mão cuidadosa no ombro de Harry.

- Vem. Vou pegar um pouco de água.

Harry a retirou, mas suas pernas recusavam a sustentar seu corpo. Por duas vezes Blaise lhe deixou levantar, antes de passar um braço em volta das costas de Harry e estabilizá-lo.

- Calma, agora só vou ajudá-lo até a cozinha, tudo bem? Sem gracinhas, eu prometo.

- Como se eu confiasse em você.

- Você não tem escolha -, disse Dino, indo à frente deles.

Blaise ajudou Harry pelo corredor até a cozinha e o colocou na mesa com um copo de água. A garganta de Harry queimava, mas ele recusou-se a beber. Ele encarou Blaise, que olhou para Dino por ajuda. Dino olhou de volta por cima de sua xícara de café, indiferente e inútil. Ele suspirou e voltou-se para Harry novamente.

All For The Game - (adaptação drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora