capítulo 4

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Harry passou a manhã seguinte explorando o campus, memorizando cada canto. Quando teve certeza de que conhecia tudo a sua volta, deixou o terreno da escola para uma longa corrida. Pouco a pouco seguiu seu caminho de volta. Teve uma hora para se exercitar e almoçar, antes de se encontrar com os outros no estádio, e se assegurou de chegar com antecedência o suficiente para trocar-se em privado.

Quando os outros chegaram, Harry já os esperava na quadra. Ele observou Cedrico empurrar Draco em direção ao gol. Draco ria de algo, mas Harry não pode ouvir o que Diggory dizia a ele. Dino e Blaise espalharam bolas pelo chão, na linha do primeiro quarto. Zabini rolou duas para Harry, que as espalhou ao seu redor, no meio da quadra.

Eles começaram os exercícios, alguns dos quais Harry já havia praticado no dia anterior. Os exercícios aumentaram gradualmente em dificuldade. Harry fez uma cara feia cada vez que Draco defendia seus lançamentos de bola.

Ele se sentia aliviado por nem Dino e muito menos Blaise terem marcado, mas Cedrico havia acertado quase um terço de seus lançamentos. Era um showzinho meia boca do ex-campeão nacional, mas, também foi intensamente humilhante, uma vez que Cedrico crescera jogando como canhoto. Vê-lo encarar Draco como destro foi suficientemente ousado; vê-lo pontuar foi surreal.

Cedrico os expulsou da quadra em uma pausa para água, depois de uma hora e meia de treino, mas em vez de seguir os defensores e Harry até o vestiário, ele ficou com Draco, continuando o treino.

Harry o observou sobre o ombro.

– Eu vi primeiro –, disse Blaise.

– Pensei que tivesse o Erik –, disse Harry.

– Eu sei, mas Cedrico tá na lista – respondeu Blaise. Quando Harry franziu a testa, Blaise explicou. – É uma lista de celebridades com as quais eu quero fazer sexo. Cedrico é o meu número três.

Harry fingiu entender e mudou de assunto.

– Como ninguém perde contra as Raposas tendo Draco no gol?

– Ele é bom, não é? Mas Draco ficou de fora a maior parte do ano passado. – Blaise deu de ombros. – O treinador não precisava de um terceiro goleiro quando assinou com a gente, então Draco esquentou o banco de reserva até novembro. Então o CRE ameaçou revogar nosso status da Primeira divisão e despedir o treinado se o time não começasse a ganhar mais vezes. O treinador subornou Draco a salvar nossa pele com uma boa garrafa de álcool.

– Subornou? – Ecoou Harry.

– Draco é talentoso – disse Blaise novamente, – mas ele não se importa se ganhamos ou perdemos. Se quiser que ele se importe, dê a ele algum incentivo.

– Ele não pode jogar assim, sem se importar.

– Agora você tá parecendo o Cedrico. Você vai descobrir da forma mais difícil, igual ao Diggory. Ele deu a Draco uma baita dor de cabeça nesta primavera. – Blaise falava caminhando em direção ao vestiário. Dino foi à frente deles, para o bebedouro, e Blaise apoiou-se contra a parede, olhando para Harry. – Draco ficou sem jogar por um mês inteiro, e disse que quebraria os próprios dedos se o treinador o fizesse jogar com Cedrico de novo.

Imaginar Draco destruindo voluntariamente seu talento fez o coração de Harry apertar.

– Mas ele tá jogando agora.

Blaise tomou alguns goles rápidos no bebedouro, assim que Dino saiu da frente e passou uma mão sob sua boca.

– Só por causa do Cedrico. Ele voltou a jogar, só que usando a mão direita, e Draco não estava muito atrás dele. Até então, eles brigavam feito cão e gato. Agora, olhe bem. Eles praticamente trocam pulseirinhas da amizade, e eu nem se quer conseguiria enfiar um pé-de-cabra entre eles se minha vida dependesse disso.

All For The Game - (adaptação drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora