capítulo 6 parte 2

30 6 2
                                    

Demorou um tempo, mas Cedrico finalmente relaxou. A beirada dos olhos molhada, enquanto absorvia cada grama de força que Draco poderia lhe dar. A confiança inabalável que ele tinha em Draco era incrível. O motivo dele acreditar que um anão psicótico poderia protegê-lo contra uma família distorcida como os Nott's, Harry não sabia. Ele pensou que deveria ficar impressionado, mas tudo o que sentia era amargura. Ele engoliu em seco contra a agitação em seu estômago e desviou o olhar.

Sirius os observou um minuto mais, depois assentiu com a cabeça.

- O CRE fará o anúncio oficial no final do mês. Eles concordaram em esperar até que vocês estivessem aqui, onde é mais fácil protegê-lo. Isso não significa que vocês devam ser descuidados. Albus - o reitor da universidade, Albus Dumbledore, Harry - ele reeditou ordens, os repórteres ficarão fora do campus quando não tiver escolta policial neste verão. Haverá duas vezes mais policiais ao redor do campus, e eu preciso que salvem os números de telefones uns dos outros para caso de emergências. Compreendido?

Harry não tinha um celular, mas se juntou aos outros, dizendo:

- Sim, treinador.

A sala ficou em silêncio, e Harry não pode aguentar mais.

- Mais alguma coisa, Treinador, ou estamos liberados?

- Isso é um problemão -, disse Hermione. - Muda tudo. Você não entende.

- Harry descobriu quando Cedrico também soube -, disse Sirius. - Já tive essa conversa com ele, então ele entende muito bem. E não, não há mais nada. Remus, eles são todos seus. Faça com eles o que quiser.

Harry levantou-se e dirigiu-se para a porta sem olhar para trás. Hermione tentou chamá-lo de volta para seu exame, mas Remus a tranquilizou.

Luna o alcançou, lá fora.

- Infelizmente, com essa notícia, significa que Draco não vai poder lhe dar uma carona de volta -, disse ela. - Cedrico precisa dele agora e isso supera qualquer acordo entre vocês dois. Se você não se importar em esperar um pouco, você é mais do que bem-vindo em voltar com a gente. Há muito espaço na caminhonete de Ron.

Harry queria dizer não, mas o que saiu foi:

- Por que Cedrico confia tanto em Draco?

Luna sorriu.

- Porque ele sabe que pode.

- Com tanta coisa em jogo - pressionou Harry, como se ela não entendesse o que estava acontecendo tão bem quanto ele.

Talvez não. Talvez ela não pudesse entender o que Cedrico estava arriscando e o que ele enfrentaria se Draco falhasse. Ela não era como eles. Ela era normal, ou tão normal quanto as Raposas esperavam ser. Gangues e rixas sangrentas eram coisas de filmes. Harry odiou o fato de ela não poder entender, mas odiou mais o que fez.

- Com tanta coisa em jogo ele realmente acha que Draco é o bastante?

Luna estendeu a mão para ele.

- Harry - disse ela, tão suavemente que ele se perguntou se ela tinha o escutado. - Harry, por favor, espere por nós.

- Não -, disse Harry, dando um passo para trás. - Eu sei o caminho. Obrigado.

Ele rolou seus papéis formando um tubo e correu para longe. Ela não chamou por ele, mas ele sentiu seu olhar. Assim que chegou ao estacionamento, acelerou o ritmo da corrida.

A corrida não fez nada para acalmar a inquieta ansiedade que lhe corroia o estômago. Chegou ao dormitório com a sensação pior do que quando deixou o estádio. Ele tentou distrair-se com suas coisas, mas acabou andando de um lado para o outro com sua bolsa vazia em suas mãos. Na quinta vez, ele não aguentou mais. Caiu de joelhos e puxou sua cômoda, descarregando apressadamente seus poucos trajes para poder chegar ao seu cofre. Ele deu um soco no código e abriu a fechadura de combinação, precisando ver seu fichário. Virou-a do inicio ao fim, checando e contando tudo.

All For The Game - (adaptação drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora