Capítulo 38

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Alguns minutos depois Dolohov volta com uma mulher muito parecida com a menina que estava confusa, sem entender nada. Eu estava na frente de Dalila então ela não havia visto a filha apenas eu e abre um sorriso quando me vê
- Katherine, querida, como está? O que esta acontecendo aqui? - pergunta confusa
- Anastácia, que bom que se justou conosco, estávamos apenas esperando você - saio da frente da filha dela que chorava
- O que aconteceu? Dalila, filha - ela corre pra menina
- M...ma...mãe sai da...quii - fala
- Não, ninguém vai embora, não ainda - me viro pra garota - crucio
- Ahhhhhhhh - ela grita
- Pare, pare, porque está fazendo isso? - a mãe pergunta
- Apenas porque sua filha não cumpriu com o nosso acordo. Incarcerous - cordas prendem a mulher que tenta se soltar - sua filha me arrumou um pequeno problema e isso é uma coisa que odeio
- O que vai fazer com ela, por favor, solte-a
- Com Dalila? Não, com ela nada, mas com você por outro lado - sorrio cruel - crucio
As duas agora gritavam e choravam, implorando pra parar, implorando pra não machucar a outra, uma coisa inútil. Draco nem olhava pra cena, ele é sensível com essas coisas
- Draco, querido - chego perto dele e faço carinho em seu rosto para acalma-lo - você pode pegar um copo de água pra mim? - pergunto com uma voz carinhoso. Eu tenho um amor muito grande por ele, carinho de irmão, não gosto de vê-lo desse jeito nervoso
- Sim, claro, só água? - ele sorri de leve entendendo que eu não queria água mas sim deixar ele sair um pouco pra pegar ar
- Aham - dou um beijo em sua bochecha - apenas isso - ele concorda com a cabeça, sai e eu suspiro
- Obrigada - fala minha tia sorrindo pra mim e eu a olho confusa - ele estava desconfortável, não gosta disso - apenas concordei
- Não deveriam agir assim, ele tem que aprender, ainda verá muito disso e também terá que fazer - meu tio diz
- Vamos esperar mais um pouco. Quanto mais adiar melhor, ele não é igual nós dois tio
- Mas deverá ser - diz firme
- Eu sei - suspiro - nas férias eu quero ajudá-lo com isso, treiná-lo, quem sabe trazer alguns trouxas e ensiná-lo
- Seria bom - ele diz
- Também acho - fala o homem que não sei o nome - uma ótima ideia, deveria fazer isso não só com ele mas como outros que não conseguem
- Não ligo pros outros não conseguirem e sim pra Draco e Daphne, são os únicos que me importo - dou de ombros - eles precisam aprender que se eles não fizerem, alguém vai fazer com eles e a Ordem não está nem aí se eles não torturam ou não matam ou não querem isso, apenas vão matá-los sem dó, eles precisam saber que é sobrevivência, é necessário - me viro pra minha amiga - se quiser se juntar a Draco e eu
- Sim, séria bom
- Ótimo, passe as férias na mansão o que acha
- Por mim tudo bem, se não for incomodar - olho pros meus tios
- De maneira nenhuma, adoraríamos sua companhia Daphne - fala minha tia
- E seus outros amigos - pergunta "Joseph" e eu olho confusa - Zabini, Nott e uma outra garota
- Ah eles - faço um aceno de mão - não são meus amigos, apenas colegas e não me importo com eles. Como eu disse os únicos amigos que considero e me importo são Draco e Daphne o resto nunca será nada pra mim. Não é como se eu fosse matá-los ou algo do tipo, gosto deles mas nada de mais
- Entendo - apenas diz isso
Enquanto conversávamos as duas mulheres ainda gritavam e choravam, Draco apareceu depois com um copo de água e eu bebi um pouco e dei um pouco pra minha amiga
- Tudo bem, isso já tá ficando chato entediante, além de já está ficando tarde então vamos acabar logo com isso - desfaço o feitiço das duas
- Por favor, não a mate - diz a menina
- Lamento mas quem não cumpriu o combinado foi você e eu não vou matá-la - ela suspira - você vai - sorrio cruel
- O q...q...ue - ela gagueja
- Isso mesmo querida, você vai
- Não, por favor, não a faça fazer isso, não deixe esse peso pra ela, matar a própria mãe - a mais velha fala
- Katherine - meu primo me chama exitante - não acha que é de mais não?
- Claro que não - respondo
- Eu achei uma ótima ideia. Cruel e ótima - diz o desconhecido e eu sorrio pra ele
- Já usou uma maldição imperdoável Dalila? - pergunto curiosa e ela nega - que chato. Não sei se sabe mas pra você matar alguém, você tem que querer assim como torturar, ambos precisam que a pessoa queira
- Mas eu não quero machucar minha própria mãe. Não vai da certo - ela diz
- Claro que vai. Façamos assim - entrego minha segunda varinha e ela me olha confusa - vamos pegue-a - ela pega - aponte para sua mãe e diga crucio - ela nega - se não fizer eu juro que será pior. Eu vou torturar ela por horas e horas, deixar ela no porão da mansão por dias sofrendo de dor e esperando até que ela atinge um período sem volta e enlouqueça - ela arrega os olhos - poupe-a de tanto sofrimento, apenas alguns minutos, só quero ver como você se sai
- Cru..ci...cru - ela gagueja e treme
- Ah pelo amor garota, vamos
- Você torturaria sua mãe? - ela pergunta firme me encarando e eu rio. Garota corajosa
- Tem certeza que não foi pra casa errado? Se daria bem na Grifinoria, corajosa mas meio suicida, só pode ser maluca. Não, uma porque ela está em Askaban e outra porque ninguém nunca me obrigaria a machucar minha mãe - dou de ombros - são cenários diferentes querida, eu nunca passaria por isso mas caso acontecesse minha mãe não é alguém delicada e indefesa igual a sua - sorrio de canto - ela é bem perversa - sussurro rindo
- Ela realmente é alguém adorável - escuto o castanho falar e o encaro com os olhos semicerrados. Eu já estava suspeitando e formando hipótese de quem seria e eu havia chegado em um resultado interessante
- Mas mesmo assim você não faria, nem com seus tios ou com Draco - ela ignora o comentário de antes e eu a olho mortalmente - só quero dizer que não dá pra fazer isso com quem amamos - eu mexo desconfortável - não ama eles? - ela questiona
- Cale-se, você não tem que querer dizer nada.Eu estava ficando irritada - já deu a hora de todos aqui irem pra casa, eu juro que se você não lançar um crucio nela agora eu vou matá-la da pior forma possível e você vai ouvir os gritos
- Não, não - a mulher mais velha chorava - por favor - num fio de voz pede
- Como vai ser Dalila? Eu adoraria ver ela sendo morta por uma cobra - ela treme e eu vou andando pelo quarto - é meu animal favorito obviamente porque representa minha casa, além delas serem espertas e sorrateiras - sorrio de lado - mas eu não tenho uma e mesmo que eu tivesse - pauso dramaticamente fazendo uma cara triste - eu não sou ofidioglota, realmente uma pena - olho pro desconhecido - conhece alguém que fala senhor desconhecido? - pergunto cínica
- Não - fala da mesma forma que eu - ouvi uma vez que o Lord das Trevas possuía tal dom
- É? Nossa, que interessante, soube que ele fez amizade com uma cobra em uma das suas viagens em busca de poder, bem no começo de tudo depois que deixou seu emprego - ele me olha surpreso
- Nossa não sabia, bem surpreendente
- Sim, surpreendente - falo séria tentando ler suas expressões que estavam indescritíveis é isso nunca aconteceu. Ficamos nos encarando por um tempinho até Draco pigarrear - bom, acho que você conhece bem mais do assunto que eu - ele levanta a sobrancelha- tenho certeza que sabe mais do que diz - dou as costas - eu até esqueci de você - falo pra menina e aponto minha varinha que peguei de sua mão e apontei para a mulher do seu lado - não existe apenas a morte por uma cobra não é, como vai ser posso matá-la dolorosamente ou vai colaborar?
- Tudo bem - entrego a varinha - eu sinto muito mãe, mas assim é melhor, vai ser apenas 1 minutinho, eu sinto muito mesmo. Eu te amo - fala chorando e eu a olho impaciente
- Ande logo, quanto drama garota
- Crucio - a mulher cai no chão gemendo de dor e eu sorrio
- Isso, está vendo. Fácil, fácil
Ficamos em silêncio por 2 minutos e aí ela tira o feitiço
- Já está bom, por favor, agora nós deixe ir embora
- Ir embora? Sua mãe não vai embora daqui, pelo menos não viva
- Você disse que só queria ver como eu me saia e que isso a pouparia de sofrimento, que não ia matá-la - fala desesperada
- Oh eu não disse nada de não matá-la, apenas que eu serei boazinha, uma morte rápida e sem dor - suspiro - eu sou tão boa e piedosa não acham? - pergunto pra todos
- Com certeza Milady - fala Dolohov pela primeira vez e eu sorrio
- Obrigada Arnold - aponto minha varinha pro mulher - vamos acabar logo com isso que eu quero dormir
- Não, por favor, não - ela gritava
- Porra garota não grita, que falta de educação ficar gritando na casa dos outros uma hora dessas. Eu tenho cara de quem quer ouvir? - pergunto irritada
- Por favor - ela sussurra - é a minha mãe
- Nossa, eu não sabia - falo com tédio - apontou o óbvio idiota
- Eu não conto a ninguém, só nos deixe ir
- Eu já ouvi isso antes e não funcionou - volto a apontar minha varinha pra mulher e a olho - últimas palavras?
- Filha, só quero que saiba, que eu te amo muito sim? Que você sempre vai ser minha filinha preciosa que tenho muito orgulho. Não se culpe por nada disso, você não é culpada querida, eu sempre vou estar com você no seu coração. Cuide do seu pai e de você. Eu te - a interrompo
- Avada Kedavra - a mulher cai morta e a menina grita chorando - nossa quantas palavras cafonas, estou enojada com tanta demonstração de carinho em tão poucas palavras de merda - rio e me viro pra todos - vamos fazer 1 minuto de silêncio em homenagem a mulher
Todos ficamos um tempo em silêncio e aproveito pra colocar minha cabeça em ordem e ver se tenho certeza de quem é aquele homem que no momento estava prendendo a risada pelo momento que eu pedi. Passa esse tempo e eu começo rir, não, gargalhar
- Isso foi hilário, ótimo, eu a matei e eu peço um minuto de silêncio em sua memória, fantástico
- Kath - minha amiga me chama, ela não falava a muito tempo estava apenas observando ela estava um pouco embriagada então por conta da festa e da bebida que ela tomou - o que vai fazer com a garota?
- Não entendi o que quis perguntar - falo
- Se ela abrir a boca de novo sobre quem matou a mãe - dessa vez quem fala é meu tio
- Ela não fará isso, ela já sabe do que eu sou capaz e que não estou blefando - a olho - se contar pra alguém eu mato seu pai, depois seus avós, tios, primos, amigos, até não sobrar ninguém e você ficar sozinha em um orfanato com trouxas de merda - ela se encolhe - eu não tenho experiência com isso mas dizem que é o inferno - me viro - estou certa? - pergunto pro homem a minha frente que fica levemente surpreso mas depois faz uma cara de falsa confusão
- Perdão? - ele pergunta ainda sorrindo
- Não estou querendo dizer que já tenha ido pra algum lugar do tipo, não, claro que não, porque iria não é. Só estou lhe perguntando o que acha
- Com certeza é um lugar horrível senhorita Lestrange - fala sorrindo
- Eu imaginei - pondero - passar a vida toda lá apenas esperando para alguém tirar você, uma pequena esperança e no fim talvez você se surpreenda e conheça seus verdadeiros laços e quem realmente é, podendo assim se ver livre, não é? - meus tios estava tensos e eu os olhei com os olhos semicerrados e então sorri verdadeiramente pois eu sabia o motivo do nervosismo - porque estão nervosos? - pergunto pra eles
- Não estávamos nervosos - fala minha tia um pouco tensa - apenas não estamos entendendo aonde quer chegar com esses questionamentos
- Oh não, lugar nenhum - sorrio fraco - não precisam se alarmar, está tudo bem - me viro pro enfim homem que descobri ser e estava sorrindo - touché
- Eu só quero ir embora, por favor, eu já posso ir? - a menina pergunta
- Eu já tinha esquecido de você de novo, céus, como eu sou desatenta, estava entretida descobrindo coisas interessantes - pauso - bem, eu realmente não ligo pra mim mas eu tenho que manter minha família a salvo e eu não posso arriscar novamente pois agora não sou só eu que estou em jogo - ela me olha confusa - império
- O que vai fazer? - pergunta meu primo e eu apenas ignoro e volto a menina
- Você não poderá entregar nenhuma das pessoas que estão aqui tirando a mim - todos me olham sem entender - nunca poderá contar que Lucius Malfoy, Narcisa Malfoy, Draco Malfoy e Daphne Greengrass estavam presentes e sabiam de algo, nem que tudo isso aconteceu na casa da última. Caso tente quero que mate seu pai e que esteja sempre ciente que a culpa é sua por dizer sobre eles - ela pisca ainda chorando
- Katherine mas e você? Deveria ter citado seu nome, ela pode dizer sobre você - fala meu primo preocupado
- Mas aí não teria graça Draco, eu preciso ficar fora pra caso ela faça isso eu mate, bom, todos que ela conhece e estando incluída não acontecia isso. Mas de qualquer forma acho que não vai acontecer pois ela não abrirá o bico, bom, acho que você não se importa deu não ter colocado seu nome não é? - pergunto para o homem que não inclui tirando Dolohov que era insignificante e ele nega com a cabeça - também como eu colocaria você nisso sem nem saber seu nome - falo debochada - além do mais não acho que você terá algum problema com isso ou tenha alguma imagem pra plantar, sua lista de delitos é bem grande e você é alguém - pauso e sorrio de canto - diferente e especial, não é
- Você sempre sabe tudo? - me pergunta rindo
- Provavelmente. Bom Dalila eu irei pedir a Dolohov que te leva pra casa, seu pai deve estar preocupado, mantenha as aparências pra ninguém suspeitar de nada, sua mãe deve aparecer em algumas semanas, enfim, eu entrarei em contato com seu pai pra ajudar no funeral - o homem que eu citei levanta - podem ir e obrigada pela ajuda Arnold
- Sempre que precisar Milady - faz uma reverência de novo - vamos - pega no braço da menina e aparata, logo em seguida eu desabo na cama
- Eu dei uma leva dormida mas acordei com alguns gritos - resmunga Daphne e eu rio
- Minha nossa olha, aonde está meus modos - falo me levantando da cama, arrumando meu vestido e me dirigindo ao homem que me encarava
- Não se preocupe - diz indiferente
- Claro que eu deveria, o que mamãe iria falar sobre isso? Ela me esganaria, com toda a devoção dela e o respeito - agora eu sorrio de orelha a orelha com a cara de espanto do casal, a confusão dos outros dois e o sorriso do outro - Do que tá falando Kath - pergunta o loiro mais novo
- Mamãe ficaria alarmada sobre como agir, reverenciar, falar - eu rio - e eu aqui caída na cama nem ligando. Que horror - falo cínica
- Sua mãe o conhece? - o mesmo pergunta
- Sim, claro que sim Draco - reviro os olhos - sério que ainda não entendeu? - ele me olha confuso
- Sua prima é alguem extremamente inteligente Malfoy, com certeza uma pessoa rara e única - o recém citado diz
- Eu ainda não entendi - ele comenta
- Claro que não - reviro os olhos de novo
- Eu ainda tô tentando raciocinar mas acho que a culpa é do sono e da bebida senão já teria entendido - comenta Daphne bocejando
- Sabia a muito tempo? - pergunta meu tio
- Hm, sim, suspeitei que fosse alguém discreto e que queria estar aqui mas ninguém poderia saber por isso os efeitos ilusórios, é alguém cruel se me permite dizer - ele gargalha - estava realmente gostava do que viu aqui que eu sei - falo brincando - vocês estavam diferentes o tempo todo, agindo muito formalmente, meio tensos - me dirigi ao casal - já Draco no entanto não sabia de nada - me virei pra ele - achou mesmo que o nome dele era Joseph
- Ué, achei, foi o que disseram - nego rindo
- Mas algo que me despertou mais foi chamar minha mãe de adorável - eu rio - ela pode ser tudo menos isso, não com você, não com Joseph, não com alguém qualquer o que me vem á uma lista pequena de pessoas a quem eu penso com certeza que ela seria adorável, sua devoção a ele chega a me comover
- Como eu disse, bem esperta - ele diz
- É, foi fácil jogar algumas indiretas, coisas sobre sua vida, ver como você reagia e respondia mas o estopim foi meus tios sempre nervosos com as perguntas. Então bingo, eu havia descoberto. Vamos concordam também que você é alguém difícil de ler. Caralho, você foi a primeira pessoa com quem eu não consigo fazer isso, chegou a ser frustrante, sem nenhuma expressão, nenhum movimento, nenhuma emoção, era fato que só alguém como você conseguiria então isso ajudou um pouco
- Alguém como eu precisa ser assim
- De fato, realmente precisa, o trabalho exige isso não é
- De fato, mas não sou apenas eu - ele dá um passo à frente - observei muito você Katherine, como eu disse você é alguém única, muito parecida comigo. Só demonstra aquilo que quer, aquilo que você quer que os outros saibam ou vejam, suas expressões são iguais às minhas, sempre imparcial, inexpressiva, calma, mesmo diante de algum problema. Você também é difícil de ler - ele estava bem perto agora e eu olhava fixamente nos seus olhos falsos cor de mel e ele deu uma desviada olhando pro meu corpo - a primeira pessoa que eu não consigo fazer tal coisa e também foi frustrante pra mim
- Poderia ter tentado entrar na minha mente
- Você também poderia - ficamos uns segundos apenas nos encarando
- De fato, mas assim não teria graça - sorrio de lado - e você?
- No meu caso eu apenas me limitei a não ter uma tentativa fracassada - levanto a sobrancelha - alguém como você, tão inteligente como você, com uma mente brilhante e perversa - rio verdadeiramente - não seria ingênua e tola a ponto de não saber oclumência e estar com todas as barreiras postas. Você é alguém calculista e sabiá, sempre está preparada como pude perceber. Não deixaria ser levada por um erro tão bobo como não saber fechar a mente. Pelo que já vi você sabe de muitas coisas, sobre muitas pessoas, até mesmo coisas minhas, do meu passado, não deixaria qualquer um entrar e saber não é? Realmente intrigante - diz por fim
- Touché - inclino a cabeça - bom, como você mesmo disse poupou uma tentativa fracassada e eu realmente sei de coisas que vocês nem imaginam e sobre seu passado - suspiro - sei mas coisas do que gostaria de admitir - fico muito séria lembrando sobre a cicatriz de Potter - até mesmo coisas que talvez você ainda não saiba - ele me olha curioso
- Como por exemplo?
- Nada que interfiro muito no resultado da guerra, ainda não é necessário saber, como eu disse eu guardo muitas coisas pra mim e apenas no momento certa as pessoas deverão saber - olho pra ele - sinto muito - falo sincera pela primeira vez pra alguém que não é minha família ou Daphne
- Pelo que? - todos no quarto pareceram surpresos com meu pedido
- Sei como deve ser não saber de algo, ainda mas pra alguém como você, calculista que sempre está a um passo de tudo eu sou assim também e odeio não saber de algo mas como eu disse você saberá em breve - ele apenas acena
- Aceito seu pedido de desculpas
- Não foi bem desculpas - brinco arrancando-lhe um sorriso
- Um sinto muito é bem parecido - ele também brinca e eu sorrio - pelo visto não é alguém de se desculpar
- Não mesmo. Sabe bem que você poderia, não sei, talvez dá um jeito no problema prisioneiros de Azkaban não é - falo com uma cara de inocente e ele ri gostosamente o que soa como música pros meus ouvidos
- Eu ficaria honrado eu resolver esse problema pra você se é isso que quer - meus olhos brilhavam e eu sabia - na verdade eu já estava planejando isso, comentei com seu tio a meses sobre você receber uma surpresa
- Em mim a meses? - perguntei sorrindo de canto - sou uma pessoa tão interessante assim
- Sim, com toda certeza - ele fala olhando um pouco pra minha boca e de canto de olho pros meus seios e sinto um leve arrepio no meu corpo pelo modo intenso que ele olhava mesmo os olhos não sendo deles - além de me beneficiar ainda irei lhe agradar os tirando de lá, um combo perfeito
- Quer tanto me agradar assim? - brinco mas ele responde sério
- Você nem imagina - fico intrigada
- M E N T I R A - fala pausadamente Daphne e desviamos o olhar - mentira, céus - ela levanta e fica mais séria - agora que entendi - nós dois rimos - como eu devo agir mesmo? - ela pergunta baixo pra mim mas todos escutam
- Daphne, amiga, eu acho que isso é o efeito da bebida, você fica meio animada demais - comento
- Que nada, eu tava quase dormindo até, mas depois disso eu ate perdi o sono - ela ri e era nítido que estava levemente embriagada - é um prazer te conhecer - ela estende a mão - digo, uma honra de conhecer - ela recolhe a mão - não, é, eu devo fazer uma reverência? Mas eu nem sou um deles ainda
- Caralho Daphne, porra - exclamo meio irritada - puta merda dá pra se acalmar
- Tudo bem acho que exagerei não é?
- Sim, um pouco senhorita - ele comenta com um sorrio quase imperceptível - apenas aja normalmente, hoje estou apenas como Joseph mesmo que sua amiga tenha estragado meu disfarce
- Oh, sinto muito - digo falsamente
- Eu tô com sono - a loira diz - vou dormir - ela deita na cama e se vira
- Bom acho que esta na hora de irmos - fala meu tio - vamos Draco - esse ainda continuava nos encarando sem entender e eu me divertia com suas expressões assim como o homem em minha frente
- Uhum - ele murmura em resposta
- Tenho que ir, foi um prazer te conhecer senhorita Lestrange, o que eu vi aqui foi fascinante, será ótimo ter você conosco assim como sua família, espero te ter em breve - ele fala a última frase com duplo sentido e uma voz sexy e eu achei que iria suspirar mas apenas pisquei e voltei a postura mas não passou despercebido por ninguém no quarto
- Sim, sim, claro, é, foi um prazer te conhecer também, pode apostar que estarei com vocês.Você com certeza me terá - faço uma voz mais sexy também e vejo ele se arrepiar e sorrio com isso - milorde - termino e escuto ele arfar
- Puta merda - escuto Draco e rio
- Draco - repreende meu tio
- Desculpe, é que, só agora eu entendi e céus, você sabia? - ele se dirigi a mim
- Aham, você é lento em, foi o último precisei chamá-lo pra você entender - rio
- Vocês estavam conversando como se fossem amigos íntimos como eu iria imaginar que seria ele? - ele percebe agora e se vira pro homem que encara tudo com um sorriso divertido - milorde - faz uma reverência
- Não precisa disso hoje Draco, estou na forma de Joseph como eu me apresentei a você - eu gargalho
- Se apresentou como Joseph um amigo da família? - rio negando e ele concorda
- Seria uma ótima imagem não ela não tivesse sido descoberta
- De fato
- Tchau Katherine - meu primo me dá um beijo na bochecha ainda meio atordoado
- Tchau - ele sai com os pais que também me dão um beijo de leve - bom, até mais então
- Até em breve senhorita Lestrange - ele beija a minha mão - ficarei ansioso pra saber como me achará em minha aparência normal
- Não sabe como estou ansiosa também - digo por fim e ele sai do quarto me deixando com meus pensamentos e um sorriso no rosto. Aquele Lord desgraçado mexeu comigo mais do que eu gostaria de admitir

A Herdeira Lestrange ~ Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora