Capítulo 34

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Estávamos entrando no trem, meu 5º ano começaria, eu estava com saudades de Draco, não vejo a hora de vê-lo, quero saber sobre tudo que aconteceu nesse meu tempo fora. Eu e Daphne entramos na cabine onde a nossa casa ficava e sentamos
- Como será que eles estão?
- Como assim Daphne?
- Será que estão diferentes? Já faz muito tempo que não vemos eles amiga
- Não sei - dou de ombros - a gente mudou um pouco então
- É, talvez el...- somos interrompidos pela porta da cabine abrindo e olhamos na direção
- Katherine, você voltou - fala o loiro sorrindo
- Mas é claro Draco, achou que eu nunca mais fosse voltar? - brinco
- Talvez - ele vem na minha direção e me dá um forte abraço - senti tanta sua falta prima - se afasta e se senta do meu lado - olá Daphne
- Draco - ela acena - como vai?
- Bem
- A não pode começar a contar tudo que aconteceu nesse tempo e com detalhes - digo
- Tudo bem - levanta as mãos em rendição - o que querem saber?
- Como está meu tio e minha tia? - eu pergunto
- Ah eles estão bem - fala meio nervoso - sentiram falta de você. Até ouvi meu pai comentando com minha mãe - ele ri - as coisas não são as mesmas sem você
- É, eu também sinto saudades deles - falo ainda olhando suspeito pra ele
- É sobre a volta de você-sabe-quem? - pergunta a garota na minha frente e o loiro remexe no banco desconfortável
- Não sei de nada, o ministério confirma que essas suspeitas são mentira. O Potter quase foi preso por usar magia em frente a um trouxa
- Uau, conte mais - digo
- Parece que ele estava enfrentando um demendador e usou o patrono, mas é meio impossível pois eles ficam apenas em Askaban, enfim ele foi julgado mas Dumbledore ajudou ele então ele vira para a escola. Um absurdo, como ele é privilegiado
- Sim - digo apenas isso
Vamos conversando o caminho todo, depois de algum tempo chega Blasio, Theo, Parkinson e todos engatam em assuntos diversos. Já eu? Estou pensando porque meu primo estava nervoso e incomodado com algumas coisas que perguntamos, preciso saber o que há de errado.
***
Eu estava no dormitório sozinha, tinha acabado de jantar e minha colega de quarto decidiu ficar na comunal com os outros. Eu vou mandar uma carta a meus tios para saber como
vai as coisas
"Tios, como vocês sabem cheguei de viagem ontem e já estou em Hogwarts, deixo a conversa sobre como foi na Espanha pra outra hora. Gostaria de saber como vocês estão e se há algo a ser contado a mim! Estou com saudades.                      
Katherine"
Dei a minha coruja para que entregasse e fui dormir
***
Estávamos todos no salão comunal conversando, havíamos acabado de sair da aula de transfiguração. Draco ainda estava estranho, parecia que me escondia algo e eu estava irritada já, tinha algo acontecendo ou que havia acontecia e eu iria descobrir caso ele não me contasse. Era perceptível sua mudança de humor e de jeito, ele parecia mais sério que o normal e mais receoso
- Ah Daphne pelo amor, você sempre faz a mesma coisa toda vez - comenta Blasio que me tira dos meus pensamentos - é só eu falar de algum ficante seu que me dá um soco no braço. Isso dói sabia - exclama bravo
- Pra aprender a parar de falar da minha vida amorosa - ela diz
- Que no caso é inexistência, vamos concordar - eu falo sem olhar pra ela - aí - olho feio pra ela quando me joga uma almofada
- Minha vida amorosa é ótimo - continua a mesma
- Claro, qual o nome do seu namorado mesmo em? - pergunta Theo rindo
- Tá - ela revira os olhos - não tenho namorado mas estou ótima ficando com vários garotos
- Não namora porque ninguém te quer - fala Pany ironicamente
- Falou a que tá muito bem namorando - digo sorrindo cinica - a não esqueci que seu negócio é correr atrás do meu primo igual cadela no cio mas no fim acabar transar com outros garotos
- E você? Fala de mim mas é outra que não está namorando - fala como se fosse me afetar e eu gargalho fazendo ela ficar confusa
- Não é por falta de opção querida, se eu quiser tem vários que me querem. É por opção, diferente de você eu não quero me relacionar e não vejo necessidade pra tal ato. Simples - pauso - e não ache que dizendo coisas do tipo vai me afetar Parkinson porque nem se você quisesse conseguiria - levanto uma sobrancelha
- Quem é que não quer se apaixonar e ter um homem apaixonado por você? - ela pergunta
- Eu - falo simples - achei legal pessoas apaixonadas coisas fofas e algum dos meus amigos começarem a namorar apoiarei e achei lindo mas não pra mim. Amor não é coisa pra mim, em minha opinião amor é pros fracos, amor é um ponto fraco nosso e algo bom pros nossos inimigos. Amor é perda de tempo, só faz com que tenhamos mais problemas
- Eu não acho - diz Theo e todos concordam
- Bom, o problema é de vocês, um dia concordaram comigo quando se apaixonarem e acontecer de o amor da vida de vocês morrerem ou forem sequestrados. O inimigo acha modos de nos afetar e desestabilizar e nada melhor do que um amor. Sou uma pessoa calculista e nunca me desespero ou me desestabilizo, gosto de pensar em cada passo que dou e quero continuar assim - digo por fim
- Tudo bem, não vamos querer fazer você mudar de ideia - fala Blasio
- Até porque não conseguiriam - fala Daphne
- É, ninguém faz ela mudar de ideia - comenta Draco - as vezes chega a ser irritante a forma como você é confiante e não se afeta por qualquer palavra que for - diz me olhando
- Sou assim - dou de ombros - mesmo que me afete nunca vão perceber. O segredo de tudo é a expressão fácil, continue séria, sem demonstrar sentimento algum mesmo que estava se corroendo por dentro
- Não consigo fazer isso - fala Pany cruzando os braços
- Evidente que não Parkinson, você não consegue esconder qualquer mínimo sentimento - comento - nenhum de vocês na verdade, é fácil ler cada um - olho diretamente pro meu primo - principalmente quando estão me escondendo algo - ele engole em seco
- Na...não tem ninguém escondendo nada - fala gaguejando no começo
- Faça me o favor Malfoy, sei que tem algo desde o momento em que sentou do meu lado na cabine. Estava nervoso e inquieto diante de algumas perguntas minhas
- Como você sempre sabe de tudo que droga - ele diz
- Como eu disse, sou observadora e vocês não conseguem esconder as coisas, seja no modo de falar, modo de agir, no modo como se mexem quando estão desconfortáveis com algo, no olhar que diz muita coisa e também nas expressões faciais. Eu estudo cada movimento das pessoas por isso nunca me subestimem
- Já deveriam saber que ela é esperta gente - diz Daph - conheço ela a vida toda e eu mesma sei que não dá pra esconder nada dela, eu sei que ela é assim, deveriam se conformar - fala quando vê todos sem falar nada, ainda espantados
- Porque não me perguntou desde o trem o que eu estava escondendo? - pergunta o loiro
- Porque algo me diz que será melhor outra pessoa me contar que você - ele concorda - e que por algum momento você não quer falar sobre o assunto e vou respeitar tal vontade
- Obrigado - apenas confirmo com a cabeça
- Então como vai saber se ele não vai contar - pergunta Blasio confuso
- Não é um segredo dele
- Como sabe? - pergunta Parkinson curiosa
- Porque segredos dele ele jamais esconde, eu vivi minha vida inteiro com Draco, ele confia em mim pra contar os piores pensamentos que já passou em sua cabeça - ele dá um leve sorriso - e se não quer contar não é algo sobre ele. Mandei uma carta a meu tio ontem, imagino que saiba até amanhã o que está acontecendo - ele arrega os olhos
- Como sabe que Lucius vai te contar, se é algo tão ruim como você aparenta que seja - fala Theo
- Porque Lucius nunca me esconde nada - ficam surpresos - não fiquem assim, ele sempre me conta tudo, confia em mim também por pior coisa que seja. Se não me contou ainda é porque esperou eu perguntar - dou de ombros
- Seu tio é meu diferente com você - fala Pany - dá pra ver como ele age quando você está perto é bem diferente
- Sim, mas não deixa de amar Draco, pode não demonstrar mas ele faria qualquer coisa por você - falo olhando pro loiro no final - bom, eu irei pro dormitório se caso chegar alguma carta me entreguem

A Herdeira Lestrange ~ Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora