CAPÍTULO 8

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Madison

Eu estava no táxi, quase chegando em casa. Minha preocupação era grande, e o medo por não saber o que tinha acontecido também. Vi de longe luzes vermelhas e azuis na frente de casa, e quando o táxi estacionou pude ver dois carros da polícia e uma ambulância, e ali meu medo aumentou.

Meu irmão estava sentado na calçada, abraçado com os joelhos e com a cabeça baixa, acredito que chorando. Um dos policiais se aproximou dele e disse algo que eu não consegui entender. Puxei uma nota de 20 dólares e entreguei pro taxista.

-- Pode ficar com o troco.-- eu disse rapidamente antes de sair do carro e correr na direção do meu irmão.

-- Ei ei mocinha, se afasta por favor.-- disse o policial que estava com o Jason.

-- Tudo bem, ela é minha irmã.-- Jas respondeu pro cara, que imediatamente se afastou e nos deixou sozinhos.

-- O que aconteceu? Cadê a mamãe? Me responde Jason, fala alguma coisa.-- por um momento eu achei que tudo aquilo era um exagero e nada demais tinha acontecido, até que o Jason começou a chorar. Minha vista estava embaçada porque meus olhos se enchiam de lágrimas a cada palavra que saia da minha boca. Eu estava completamente desesperada por respostas, então eu vi duas pessoas saindo da minha casa enquanto carregavam uma maca com alguém. Corri para ver quem era, e quando me aproximei pude ver o rosto da minha mãe, e o vestido branco e azul que ela usava havia ganhado uma mancha grande e vermelha. 

-- O que aconteceu com ela? Alguém por favor pode me responder?-- eu gritava com as pessoas ao meu redor, pedindo por uma explicação, mas parece que ninguém me escutava. Minha visão começou a escurecer e eu senti meu corpo leve como uma pluma, e ai senti o impacto das minhas costas tocando o chão.

Abri meus olhos, mas não fazia ideia de onde eu estava. Minha cabeça não estava processando as coisas muito bem. Eu não lembrava de como tinha ido parar ali, naquele local que até então para mim era desconhecido. Alguns minutos se passaram e meus pensamentos começaram a ficar mais claros. Eu estava deitada em uma cama de hospital, à minha frente tinha uma porta, e quando eu olhei pro lado vi uma agulha no meu braço, e quase desmaiei. Morro de medo de agulhas, tenho sorte que quando aquela ali foi espetada em mim eu estava desacordada. Ao que parece eu tive que tomar soro, e acredito que desmaiei e depois vim parar aqui.

Depois de pensar um pouco, lembrei o motivo do desmaio. Minha mãe, toda ensanguentada, deitada naquela maca, quase sem vida. Me desesperei novamente, e comecei a arrancar a agulha e outras coisas que eu nem sei o que eram que estavam grudadas em mim. Fui até a porta e quando toquei na maçaneta alguém a girou e entrou no quarto. Era a Maddie. Ver o rosto dela naquela situação apavorante em que eu estava era confortante. 

-- Pode se deitar agora mocinha!-- ela me disse em tom autoritario enquanto apontava para a cama. Eu a abracei bem forte, quase a deixei sem ar. Ela retribuiu o abraço e depois disse mais uma vez para eu me deitar.-- Eu vou chamar a enfermeira, já volto.

-- Espera!-- eu disse.-- Não me deixa aqui sozinha, por favor, eu to com tanto medo Maddie, do que pode ter acontecido com ela.-- comecei a chorar e ela se aproximou de mim.

-- Ei.-- Maddie disse levantando o meu queixo.-- Ela está bem, muito bem aliás! Os médicos disseram que a recuperação dela vai ser difícil, porém rápida se ela se cuidar direitinho. Não se preocupa, ok? Vai ficar tudo bem.-- ela me beijou, e depois saiu do quarto para avisar a enfermeira que eu tinha acordado. 

Eu me apaixonava cada vez mais por aquela garota.

A enfermeira chegou e disse que eu podia ir para casa. Eu perguntei se eu poderia ver a minha mãe, mas ela disse que no momento minha mãe tinha sido encaminhada para a sala de cirurgia.

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