Capítulo 8

535 52 8
                                    

O conflito interno de Draco funcionou como um estimulante para Hermione. Godric a amaldiçoe, mas Hermione sentiu que tomou a decisão certa ao aceitar ajudar Draco. Ontem foi a primeira vez que viu o bruxo mostrar compaixão por alguém. Talvez Oliver fosse a chave que libertaria a alma de Draco.

Ela usou toda a manhã de sábado para estudar e colocar os trabalhos em dia. Enquanto almoçava, preparou uma lista mental do que poderia ensinar a Draco, mas teria que consultá-lo antes de fazer a lista definitiva.

Queria mostrar a ele o lado bom e leve da vida. Godric, não sabia porque estava tão entusiasmada para ajuda-lo, mas estava. Queria de verdade que ele visse que o mundo não era como o pai lhe havia ensinado. E as dúvidas de Draco mostravam que ele estava realmente disposto a tentar, então por que não dar uma chance?

Pegou o celular e discou para Amanda.

— Mandy, preciso do número de telefone um cara – Hermione precisou ouvir alguns minutos de provocações e insinuações antes que ela pudesse fazer sua mágica.

— Vou ver o que posso fazer por você, gata. E quero os detalhes do sexo selvagem depois.

— Mande um beijo pra sua mãe por mim. E aproveite o feriado. – a bruxa desconversou e desligou.

Alguns minutos depois uma mensagem de Amanda apareceu em seu visor.

***

— Você podia cozinhar de novo – Hunter reclamava para Draco.

— Eu só sei fazer pão, Hunter. E não sou seu... – ele ia dizer elfo doméstico, mas parou no meio da frase. - ...serviçal.

Hunter se limitou a rir sem tirar o nariz do pequeno aparelho em suas mãos.

— Então acho que vamos ter que pedir comida de novo. O quer comer... ah não! Eu tava ganhando – ele reclamou quando o celular tocou. – Alô?

— Hmm, alô. Hunter Turner? – a voz de Hermione respondeu.

— Sim, sou eu.

— Meu nome é Hermione Granger e eu preciso falar com o Draco. Será que pode me fazer essa gentileza?

— Claro, só um minuto. É pra você.

— Pra mim? – ele perguntou perplexo enquanto o amigo enfiava o celular em sua mão. Levou o aparelho ao ouvido incerto sobre como ele funcionava, mas não teve que pensar muito, a voz de Hermione logo alcançou seus ouvidos.

— Malfoy, sou eu. Queira saber se você não quer vir aqui em casa pra gente discutir o que você quer que eu te ensine. Você pode vir?

— Agora? – ele perguntou.

— Bem... sim. Por que? Está ocupado?

— Não... eu posso ir agora, acho.

— Legal – Hermione murmurou as coordenadas do seu prédio e apartamento e desligou.

Sob os protestos de Hunter, Draco foi encontrá-la.

Sem dificuldades, o bruxo encontrou o dormitório e respirou fundo uma vez antes de bater na porta. A voz de Hermione respondeu para que ele entrasse e ele o fez.

Sua primeira impressão foi que o apartamento de Hermione não era muito diferente do seu, apesar de ser definitivamente mais limpo. Cheirava à comida, macarrão talvez.

Draco demorou alguns segundos para localizar Hermione e a visão vez suas pernas fraquejarem. Ela estava sentada no balcão da cozinha, usando um short jeans e uma blusa cinza que deixava o ombro esquerdo a mostra. Havia algo escrito na blusa, mas na posição em que estava ele não conseguia ler. O cabelo de Hermione estava preso em um coque despretensioso e ela olhava para ele com divertimento.

Wonderland (Dramione)Onde histórias criam vida. Descubra agora