Capítulo 4

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Nesse dia acordei cedo, olhando pela janela e percebendo um céu limpo

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Nesse dia acordei cedo, olhando pela janela e percebendo um céu limpo. Sorri. Mesmo com a merda de tarefa que eu tinha, estaria um belo dia. É, eu não gostava muito de tirar das comunidades o que elas lutaram tanto por ter, mas eram as ordens do homem, fazer o quê? Além disso, eu tinha um jogo para jogar... e ganhar.
Vesti minha jaqueta e coloquei o chapéu, prendendo os óculos na blusa. Peguei as luvas sem dedos e coloquei, pegando depois na arma e colocando no cinto, junto com uma faca. A rifle estava no caminhão, por isso deveria chegar. Enfiei as botas nos pés e estava pronta.
Abri a porta do quarto e quase trombei em Negan, de braço erguido. Ele sorriu e baixou o braço. Seus olhos me percorreram desde a cabeça até os pés.
- Ruivinha, se você aceitasse meu acordo, eu seria o homem mais feliz nesse mundo de merda.
Sorri, o rosto da inocência. - Nossa, acordou romântico hoje. Que gracinha, vejam só. - Ergui as mãos e ajeitei seu lenço vermelho, fazendo com que ele passasse a lingua pelos seus lábios. - Mas você sabe que nem morta eu seria uma dessas vadias a quem você chama de esposas. - Dei um tapinha no peito dele e coloquei as mãos na cintura. - Vai me deixar passar? Preciso comer para depois reunir minha equipe e sair.
- Arrepiei todo. Adoro quando você fica no controlo desse jeito.
Revirei os olhos. - Nossa senhora. - Murmurei.
- Preciso apenas de uma coisa. - Ele entrou, me fazendo dar dois passos para trás, e fechou a porta.
Eu odiava quando Negan entrava no meu quarto, minha mente já imaginava o que ele poderia fazer ali dentro e eu me odiava por saber que talvez eu não impedisse. Nossa Sam, para já com essa doideira!
- Gregory está... digamos... confuso com quem manda, sabe? - Ele falou, acabando com meus pensamentos de merda.
- Percebi faz tempo. O que você quer que eu faça?
Negan sorriu. - Adoro isso, mulher de poucas palavras e mais ação. Continuando, preciso que, caso seja necessário, mostre a ele quem manda. De verdade.
Assenti. - Considere feito. Agora, posso tomar meu café da manhã, ou terei de ir com minha barriga roncando?
Negan soltou uma gargalhada estrondosa e abriu a porta do quarto. Estendeu o braço para mim, para que eu colocasse o meu.
Sorri e passei por ele, o deixando de braço no ar, sozinho. Sorri, de costas para ele. Ele não iria me domar assim tão fácil.
Entrei com Negan no refeitório e atraimos vários olhares de Salvadores. Continuei andando como se ninguém estivesse ali, tentando não ligar para eles. Peguei minha comida, deixando Negan aterrorizando um homem, e fui sentar na frente de Carter.
- Nossa, chegando com o homem. Tá ficando importante.
- Cala a boca, Carter. Não tem nada ali, além de um homem que pensa que é dono do mundo.
Carter sorriu. - Mas eu acho que você até gosta.
Coloquei um pedaço de aveia na colher e virei na direção dele, fazendo força com o dedo e depois largando. O pedaço voou e foi bater no rosto dele.
- Da próxima vez será com uma arma.
- Ah, você não vai me matar, Sam. - Ele acabou de limpar o rosto. - Sou o único que mantém essa cabeça no lugar. Sou eu quem impede você de sair atacando esse povo aqui.
Suspirei, naquele ponto ele tinha razão. Carter nunca seria minha escolha para sobreviver num apocalipse zumbi, não antes de um realmente acontecer, mas agora ele era meu pilar para essa merda toda. E ele sabia.
- Chega de conversa de menina e vamos embora.
Enquanto saía do edifício, com Carter do meu lado, senti ele aproximar seu rosto de mim.
- E você é o quê? Menino?
Soquei o ombro dele, rindo, e saimos no pátio.
Carter iria comigo no caminhão, dois dos nossos homens levariam uma pick up e os outros três levariam um caminhão mais pequeno. Nesse dia, Negan queria causar um susto em Gregory e tinha até me entregado uma lista adicional.
Os meus guardas estavam nos carros, esperando, e Carter tocou no meu ombro. - Preparada, comandante Wolf?
- Cala a boca. - Murmurei enquanto ele subia no caminhão.
Ergui o braço, mandando meus homens ligarem os carros e começarem a sair do Santuário. Iriam me esperar do lado de fora e eu iria liderar a fila.
- Aproveita seu cargo, vadia.
Olhei para trás e vi Simon. Sorri.
- Pelo menos eu sei o que estou fazendo e para quem trabalho. E com certeza não quero o lugar dele. - Fiz sinal coma cabeça na direção de Negan, junto do edificio.
Simon parou de sorrir. - Não estou tentando nada.
- Uhum. Me engana que eu gosto, Si. - Comecei andando até o caminhão.
- E não me chama de Si! - Gritou ele.
Sentei no caminhão, fechei a porta e coloquei o braço para fora da janela, mostrando meu dedo do meio.
Escutei Negan rindo. - Ela não é ótima?

- Continuo achando que tem merda vindo por aí. - Falou Carter.
Continuei dirigindo, olhando a estrada, e dei de ombros.
- Que seja. Estou pensando em acabar com tudo rapidamente.
Senti Carter me olhando, mas fiquei calada, esperando.
- Seríamos nós de novo?
Assenti. - Seríamos nós de novo. Os que sobreviveram ao Negan.
- Já está bom pra mim poder vir com você. Vigiar quadrantes é aborrecido.
Sorri e olhei ele rapidamente.
- Merecemos mais, Carter.
Ele se mexeu e vi ele olhando pela janela, com o braço de fora.
- É Jared.
Olhei ele, confusa. - Hã?
- Não lembra? - Ele me olhou. - Meu nome é Jared.
Dei de ombros. - Você era policial, sempre foi o Carter depois que cresceu. E sempre será.
Ele riu e assentiu. - É justo. - Me olhou de canto. - Wolf.
Rimos juntos e me senti melhor, pensando em tudo o que tinha para fazer se quisesse me livrar do Negan.

Chegamos em Hilltop e parei junto dos portões, apertando a buzina duas vezes. Deixei o braço de fora da janela, enquanto a outra mão segurava o guiador. Quando um guarda me olhou, levantei a mão que estava de fora, em jeito de saudação. Os portões abriram e eu acelerei.
- Como funciona? - Perguntou Carter.
- Por norma, sei que os outros é mais na força e gritaria. Eu tento não fazer isso. A não ser que seja necessário. Hoje você não sai do meu lado. - Parei o caminhão e abri a porta, olhando Carter. - Vai conhecer o Gregory. - E pulei do caminhão.
Um homem com uns belos olhos azuis se aproximou de mim, olhando meus homens que se agrupavam atrás de mim.
- Equipa nova?
- Pode orientar eles? Para pegar as coisas? - Perguntei.
- Claro. - Ele fez sinal para os homens e me olhou. - Volto já.
Carter ficou olhando a comunidade e depois me olhou. - Tudo isso?
- Uhum. Aquele é o Jesus. Braço direito de Gregory. É mais fácil conversar com ele do que com o líder. Mas ele deve estar chegando.
- Certo. E eles sabem o que viemos buscar?
- Metade de tudo. Sempre.
- Nossa.
Jesus se aproximou e olhou Carter. Sorri.
- Carter, esse é o Jesus, Jesus esse é o Carter. - Falei e depois encarei aqueles olhos. - E... tem mais.
Levei a mão ao bolso dos jeans e retirei a lista que Negan me dera, entregando a ele. Jesus leu e me olhou, surpreso.
- Sam...
- Seu líder desafiou o meu líder. - Dei de ombros.
Jesus suspirou. - De novo. Tudo bem, vou chamar o Gregory.
- Não será necessário. - Falei, odiando a ideia de falar com ele, mas vendo o líder aparecer por cima do ombro de Jesus.
Fiz sinal para ele e Jesus olhou.
Gregory me sorriu, colocando as mãos no casaco e puxando para ficar melhor. Olhou Carter durante bastante tempo, detendo seu olhar na arma que ele segurava, e depois de novo para mim.
- Sam, é bom te ver de novo. Temos tudo pronto.
- É... É bom mesmo, não tenho tempo a perder.
- É... exatamente. - Gregory olhou Carter de novo e depois Jesus, e percebeu a lista. - O que é isso?
Jesus entregou a ele e vi o líder mudar de cor. Sorri.
- É para levar tudo isso. - Me aproximei dele. - Hoje.
Gregory me olhou, com raiva e medo, tudo junto naquele olhar de verme.

BirdieOnde histórias criam vida. Descubra agora