Uns dias depois...
- Como você está?
D.J me olhou, sentado no sofá, e sorriu.
- Já estive pior, isso daqui não é nada. Só uma dor no ombro por ter caído no chão.
Suspirei e sentei do lado dele, passando a mão pelo cabelo e apoiando os braços nos joelhos. Olhei ele de novo.
- E nosso amigão, lá? - Perguntou.
- Pffff. - Encostei para trás, e coloquei as mãos sobre a barriga. - Igual.
Eu e D.J tinhamos achado um sobrevivente na cidade. O imbecil tinha tentado nos matar, e acabou brigando com D.J e machucando ele, nada de grave, mas o suficiente para me irritar.
Prendemos ele e trouxemos para casa, largando ele numa cave que tinha na parte de trás, trancado.
Tentei retirar informações dele, mas o idiota se recusava a cooperar. Tudo o que eu percebera era que ele tinha um grupo, mas algo acontecera com o líder e era por isso que ele estava na cidade.
- Acha que ele está mentindo? Ou que vale a pena?
Suspirei. - Não sei. E se o grupo dele decide procurar e acaba aqui? Não tou afim de lutar de novo.
D.J riu. - Sei. Você, Sam, não quer lutar de novo. Uhum, eu percebi isso quando você quase arrebentou o cara na porrada.
- Cala a boca. - Bati no braço dele.
- Au, idiota. - D.J fechou os olhos, fazendo careta de dor.
Coloquei as pernas por baixo de mim e me aproximei dele, tinha esquecido seu machucado. Toquei no seu ombro devagar e mordi meu lábio.
- Desculpa. - Tentei não rir. - Esqueci.
- Deu para perceber. - Falou.
Vi ele ficar me olhando de uma forma estranha e tirei as mãos do seu ombro, colocando elas no meu colo.
- Que foi? - Perguntei.
- Nada.
- Nada? E ficou me olhando porquê?
Ele sorriu.
- Negan sempre teve dedo para escolher mulher bonita, mas com você eu acho que ele teve foi sorte.
Cruzei os braços. - Porquê?
- Além de bonita, você é esperta e uma sobrevivente incrível. - D.J olhou para baixo e depois de novo para mim. - Desculpa, foi mal. Eu deveria ficar calado.
Ele olhou para o lado e eu segurei o seu queixo e fiz ele me olhar.
- Não estamos no Santuário, pode falar. Eu não sou o Negan. - Suspirei e baixei a mão. - Eu tenho é de agradecer por ter você aqui. É bom não estar sozinha e ter alguém conhecido por perto.
Ele riu. - Mesmo que seja um cara que nem eu? Que vivia nas ordens do Negan?
Eu ri. - E eu não?
Rimos juntos e depois olhei ele de novo.
- É mas você era especial. - Falou.
Olhei o chão, sem jeito, e não querendo lembrar, pois isso me magoava.
Dei de ombros. - Que nada. Negan continuava tendo suas esposas. Eu era apenas mais uma.
- Ah qual é? Não me diga que acredita nisso? - Ele riu. - Ele te achava diferente. E tratava de forma diferente. Sam, você salvou a vida dele, queimou aquela roupa que ele te deu no início... Você era ele, mas numa versão melhorada.
Sorri e toquei na sua mão.
- Obrigada, de verdade.
Depois vi D.J com aquele olhar de novo e fiquei olhando ele. Mas que merda?
Então, de repente, ele avançou, segurou meu rosto e senti seus lábios nos meus. No início fiquei quieta, que merda ele estava fazendo? Mas depois lembrei de Negan e quis parar, mas ele nunca deixou de ver suas esposas por mim, então porque eu tinha de ser fiel?
Rodeei o pescoço dele com os braços e puxei para mais perto. Ele soltou um grunhido fraco quando seu ombro tocou no sofá, mas me beijou de novo.
Deitei para trás e coloquei as pernas em redor do seu quadril, deixando que ele se encaixasse no meio e que suas mãos percorressem todo o meu corpo.
D.J parou de me beijar e sua boca se apoderou do meu pescoço. Joguei a cabeça para trás e soltei um gemido, enquanto sua mão apertava a minha coxa.
Conseguia sentir ele no meio das minhas pernas, pronto, e sorri. Que diabos eu estava fazendo?
Puxei a camiseta dele e ele se afastou um pouco, tirando e jogando no chão, arrancando a minha em seguida. Deixei ele tirar todas as minhas roupas, entre beijos e gemidos, e vi ele me olhando. Me senti estranha, mas ele sorriu.
- Nossa senhora... - Ele murmurou, se apoderando da minha boca de novo.
Passei a mão pelo seu peito e fui descendo até chegar em seu membro, agora sem roupa atrapalhando, e completamente ereto. Segurei ele com a minha mão e D.J soltou um gemido abafado, e me apertou com mais força.
Senti sua boca descendo para o meu seio e movimentei a minha mão no corpo duro dele.
D.J rapidamente agarrou no meu pulso e afastou do corpo dele, colocando por cima da minha cabeça e falou com a boca encostada no meu pescoço.
- Pára com isso. - Murmurou. - Você não tem noção do que está fazendo, pois não?
Sorri e tentei levantar a cabeça, ele ergueu a dele e eu mordi seu pescoço bem devagarinho.
- Acho que tenho. - Suspirei.
- Ah é?
Senti ele se mexer em cima de mim e percebi ele segurando seu membro e depois, com cuidado, ele colocou ele dentro de mim.
Joguei a cabeça para trás, gemendo, enquanto D.J entrava e saía de dentro de mim, cada vez com mais força e mais rápido. Não demorou muito para eu soltar um gemido altíssimo, enquanto gozava com ele dentro de mim. Arranhei suas costas e ele gemeu fraco.
Depois saiu de dentro de mim e me fez girar, ficando de costas para ele. Senti sua mão agarrando minha cintura, enquanto a outra o colocava de volta dentro de mim.
Me penetrando cada vez com mais vontade, D.J agarrou meus cabelos e puxou para si, me fazendo levantar a cabeça. Senti sua outra mão no meu traseiro, apertando forte, e então, ele soltou o gemido mais delicioso do mundo e eu percebi que ele tinha terminado.
D.J largou meu cabelo, com a respiração acelerada, e saiu de dentro de mim. Me ajeitei no sofá e ele deitou do meu lado, colocando uma das mãos na minha cintura.
- Negan tinha tudo isso?
Eu ri e coloquei uma mão sobre o seu peito.
- Tinha mais.
Ele me olhou. - Sério?
- Uhum. - Mordi o lábio mas depois me aproximei dele e beijei seus lábios.
Adormeci rápido nessa noite, com os braços do D.J me envolvendo, protegendo.
Não iria pensar muito no que estava fazendo, ou no que tinha feito, pois isso iria me machucar. Mas depois minha mente me lembrou que Negan fazia isso comigo, ele dormia com as outras mulheres.
Tentei esquecer e sorri. Eu estava ali, agora. Eu estava viva e livre.
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Birdie
FanfictionSam, ou Samantha, Wolf é uma garota que sempre viveu sozinha, nunca precisando de ninguém e, com certeza, nunca se prendendo a ninguém. Mas quando o mundo fica um caos, com os mortos voltando a viver, Sam tem de enfrentar o apocalipse com o parceiro...